segunda-feira, 29 de outubro de 2018

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Moisés, Ramsés II e o Êxodo



Não há a menor dúvida de que as narrativas da Bíblia despertam o interesse de milhões de pessoas. Primeiro por ser parte de uma tradição que influenciou diretamente três religiões: a judaica, a cristã e a islâmica. Segundo, por fazer referência aos povos da Antiguidade, cujo legado chegou até nós e moldou a nossa cultura ocidental. Por outro lado fica a dúvida para alguns, de como interpretar tais eventos: aos olhos da fé ou da razão? 
O estudo das religiões e dos mitos requer a perspectiva da compreensão de seus significados para as várias sociedades e civilizações. Para a estudiosa da História das Religiões, Karen Armstrong, os mitos se sobressaem nos momentos de profunda angústia do homem em relação aos problemas concretos da sua existência, os quais muitas vezes não podem ser solucionados de forma puramente racional. O mito busca, por meio das situações passadas, servir de modelo para que as comunidades e sociedades possam transpor determinadas etapas, sendo relembrados por meio de cerimônias ou ritos de passagem, os quais cumprem a tarefa de preparar os indivíduos para situações reais, como por exemplo, a possibilidade de uma guerra, os períodos de fome e o enfrentamento da morte. Da mesma forma que a ciência e a tecnologia, os mitos não estão desconectados do mundo real, pelo contrário, auxiliam o homem a viver de forma plena dentro do mesmo. Nesse sentido, os mitos não necessitam ser interpretados de forma literal ou vistos apenas pelo ponto de vista de serem verdadeiros ou não.
Por sua vez, para o historiador, os textos bíblicos constituem também uma importante fonte para o conhecimento histórico e como tal devem ser interrogados, analisados e confrontados com outras informações. O que mais se têm tentado fazer, por influência do cientificismo do século XIX, é a busca de vestígios arqueológicos, que pudessem amparar os fatos citados na Bíblia. Por outro lado, o estudo apurado dos textos bíblicos feito por eruditos, linguistas e especialistas em História das Religiões pode também trazer informações substanciais, inclusive sobre a influência das demais correntes religiosas da Antiguidade na formação da tradição monoteísta dos hebreus. Evidentemente, a fé em Deus é algo que cabe à individualidade de cada um, até mesmo do historiador. A analise dos fatos históricos, por sua vez, está inserida nos parâmetros metodológicos estabelecidos pela historiografia e do estudo das fontes.
Por falar em fontes, aí está o grande problema com relação aos eventos bíblicos, pois, quanto mais retroagimos no tempo, mais nos defrontamos com a escassez das mesmas, sobretudo as escritas. Em muitas situações, dispomos apenas da própria Bíblia. É o caso dos tempos em que ocorreu a presença dos hebreus no Egito, do Êxodo e da figura de Moisés (na imagem acima, estatua representando o personagem bíblico, esculpida por Miguel Ângelo e concluída em 1515). 



As narrativas bíblicas apontam que, por volta do ano 1.600 a.C., os hebreus deixaram a antiga Canaã (parte da atual Israel, como mostra o mapa acima) e foram viver em terras egípcias. Os hebreus? É complicado afirmar que nessa época os hebreus constituíssem uma coletividade homogênea e que já estivessem seguindo o deus único, Iavé ou Jeová. Muito provavelmente tratava-se de um conjunto de tribos, talvez as 12 tribos citadas no Antigo Testamento (primeira parte da Bíblia). As terras de Canaã comportavam também outras populações de origem semita, que não eram necessariamente parte das famílias hebraicas, mas que conviviam no mesmo território, conhecidas de forma geral como cananeus. Possivelmente, algumas delas também tenham se deslocado para o reino dos faraós.



As condições naturais do Egito, com as cheias do rio Nilo, proporcionavam uma agricultura desenvolvida para a época. A construção dos canais de irrigação aprimorou essa atividade e, com certeza, pode ter atraído outras populações para aquele reino, em busca de alimentos. De acordo com o Antigo Testamento, os hebreus teriam permanecido lá por quase 400 anos e com o tempo acabaram sendo escravizados. A situação teria atingido o seu pior momento nos reinados dos faraós Seth I e de seu filho, Ramsés II, no século XIII a. C.. Com relação a este último monarca, relacionado por muitos estudiosos com a época do Êxodo, existem fontes materiais e documentais, inclusive a sua própria múmia (na imagem acima, a múmia de Ramsés II, no Museu do Cairo). Nenhuma dessas fontes, porém, relaciona esse faraó com os hebreus. Aliás, a própria Bíblia não cita o nome desse faraó. 



Alguns historiadores, inclusive, consideram que o Êxodo poderia ter ocorrido no reinado de algum outro rei egípcio, como Tutmés III, que reinou antes de Ramsés e promoveu a expansão do Egito em direção ao Oriente Médio. Como um evento da dimensão do Êxodo, que teria envolvido centenas de milhares de indivíduos, passou despercebido no próprio Egito, não sendo mencionado pelos escribas dos faraós? Exatamente isto é o que intriga os estudiosos e historiadores. O texto bíblico começou a adquirir forma escrita aproximadamente 700 anos após o evento ter ocorrido (na foto acima, o mais antigo fragmento de texto bíblico conhecido, escrito em folha de prata, referente ao Livro dos Números, datado do século VII a. C.). Como observamos anteriormente, isso não significa desprezar por completo as narrativas bíblicas, mas talvez coloca-las em sua devida dimensão e de acordo com o contexto histórico daquele momento.


As informações sobre a origem do povo hebreu também são imprecisas. Aliás, a referência mais antiga a respeito dos israelitas é uma inscrição encontrada no próprio Egito, datada do reinado do faraó Merneptah, que governou entre 1.224 e 1.214 a. C. e que foi sucessor de Ramsés II. Uma estela de pedra refere-se às campanhas militares desse rei egípcio em Canaã (atual Israel), onde viviam os israelitas, mencionados na segunda linha da inscrição, contada de baixo para cima (na imagem acima, a estela de Merneptah). Tal referência colocava os hebreus dentro de um conjunto de tribos de pastores espalhadas pelas montanhas de Canaã.


Mas, voltemos ao Êxodo. Os hebreus que viviam no Egito poderiam ter feito parte de um grupo ou estamento social inferior, conhecido pelo nome de Habiru ou Apiru. Do primeiro termo, talvez tenha surgido a palavra hebreu. Nessa condição, teriam sido obrigados a participar da construção do templo de Seth I (na imagem acima, a múmia de Seth I, pai de Ramsés II) e na nova cidade de seu sucessor, Ramsés II, o qual reinou entre 1.290 e 1.224 a.C.. Estes dois reis fizeram parte da XIX Dinastia de faraós que governaram o Antigo Egito. Nessa época, teria vivido Moisés. Quando de seu nascimento, o faraó teria decretado que todos os bebês hebreus recém nascidos deveriam ser afogados no rio Nilo. Contudo, Moisés teria sido recolhido das águas e salvo pela própria filha do faraó, crescendo na condição de príncipe da corte egípcia. O próprio nome Moisés, que significa "tirado das águas" é egípcio, lembrando o nome dos reis locais, como o próprio Ramsés. Adulto, Moisés liderou a luta para que seu povo pudesse sair da escravidão e retornar à terra de origem. 


De fato, Seth e Ramsés II foram grandes construtores (na imagem acima, detalhe dos colossos de Abu Simbel com 20 metros de altura, representando o faraó Ramsés II). Contudo, muitos egiptólogos (estudiosos do Antigo Egito) atribuem também a Ramsés o fato de ter usurpado as obras de reis anteriores, mandando raspar o nome dos mesmos. De qualquer forma, isso não tirou-lhe a fama de construtor de cidades e templos.


Para pressionar o faraó, Moisés e Aarão, seu irmão, lançaram as pragas sobre o Egito, a fim de demonstrar os poderes do Deus hebreu. Novamente aqui a dúvida dos historiadores. Os papiros e inscrições não mencionam essa série de pragas, embora a possibilidade de que tais acontecimentos pudessem ocorrer no Egito, fosse verificada. Na descrição das pragas, o texto bíblico remete à alguns aspectos da ecologia do Egito Antigo, como por exemplo, os reveses que poderiam acompanhar as enchentes do rio Nilo, o excesso de lodo trazido pelas águas e os pequenos animais fugindo das inundações, como escorpiões, cobras e rãs, os quais tentavam alcançar os terrenos mais altos (na foto acima, a técnica de construção dos canais de irrigação, usada no Egito até hoje). Essas enchentes, fora dos padrões habituais, poderiam influenciar as colheitas, em função da demora para as águas baixarem e ter início a semeadura. Uma colheita ruim poderia, inclusive, prejudicar a imagem do faraó perante os seus súditos. De acordo com os textos bíblicos, a última dessas pragas atingiu o primogênito de Ramsés II, fazendo com que ele atendesse aos pedidos de Moisés. Os cálculos complexos, realizados por especialistas, apontam o ano de 1.250 a.C., como tendo sido a época do Êxodo, que coincide com o reinado desse conhecido faraó, o qual governou por mais de 60 anos.
Após o rei do Egito permitir que os hebreus retornassem a Canaã, Moisés acabou ele mesmo conduzindo a retirada de seu povo, levando-o até uma massa de água conhecida como "Mar dos Juncos", que muitos identificaram como sendo o Mar Vermelho. O mar se abriu e os hebreus o transpuseram. Posteriormente, Moisés conduziu os israelitas até as encostas do monte Sinai, na península do mesmo nome, que separa a África do Oriente Médio, onde recebeu as leis divinas ou "Tábuas da Lei", contendo os 10 Mandamentos. Os hebreus estabeleceram, nesse momento, a aliança com Deus ou Iavé e empreenderam, durante 40 anos, o retorno para Canaã. 
Do ponto de vista histórico, muitas dúvidas podem ser lançadas sobre os relatos do Êxodo. A primeira diz respeito aos hebreus terem sido escravizados. A escravidão no Antigo Egito era uma forma de trabalho suplementar, uma vez que grande parte das obras eram realizadas pela própria população camponesa, que prestava serviços ao Estado. O escravismo antigo só se desenvolveu de forma plena na Grécia e no Império Romano. Outro aspecto diz respeito à logística exigida para um deslocamento populacional no deserto, envolvendo centenas de milhares de pessoas, algo impensável naquela época. O Mar Vermelho pode não ser o local da travessia, que poderia ter sido feita pelo istmo do Sinai (onde hoje está o canal de Suez), na época o "mar dos juncos". Do ponto de vista religioso, a unidade dos hebreus em torno de seu único Deus somente seria alcançada séculos depois, nos tempos dos reis David e Salomão. 



A unidade política do tempo da monarquia é a que apresenta mais evidências arqueológicas, que podem permitir aos estudiosos analisar os fatos, além daquilo que é descrito no Antigo Testamento (na foto acima, uma inscrição em aramaico, do século IX a.C., que contém a mais antiga referência à dinastia do rei David). 
Por outro lado, a época do Êxodo foi uma fase de grandes deslocamentos populacionais no Oriente Médio. O conflito dos egípcios com os hititas (que viviam na Ásia Menor, onde hoje é a Turquia), a chegada dos "povos do mar" (procedentes de algum ponto do Mediterrâneo), que ameaçaram o Egito após o reinado de Ramsés II. Os invasores filisteus, que se estabeleceram na Palestina e se tornaram vizinhos dos hebreus e dos cananeus (daí vem a origem do nome Palestina, "terra dos filisteus"), trouxeram dificuldades para o estabelecimento de uma unidade política entre as tribos hebraicas. Isso sem contar a ascensão dos assírios, no norte da Mesopotâmia, que viriam a dominar o Oriente Médio. 
Enfim, a perspectiva de que sejam encontradas evidências materiais e documentais para o Êxodo, fora dos textos bíblicos, são muito remotas. Por sua vez, os textos bíblicos também lançam luzes sobre as origens da primeira religião monoteísta da Antiguidade. A pureza nas crenças religiosas era algo muito distante da realidade dos hebreus, no século XIII a. C.. O nome Israel, por exemplo, pode ser uma referência à antiga divindade "El", adorada pelos cananeus. Nesse sentido, o Êxodo têm um significado como marco fundador para os antigos israelitas e na sua luta para se estabelecer na Palestina, que envolveu também o enfrentamento de Iavé com outras divindades locais, como "Baal" e "Asherá".
Se, na condição de historiadores, fizermos uma leitura "ao pé da letra" do texto bíblico, muitas dúvidas ficarão sem resposta. Por sua vez, lembramos novamente que os mitos têm relação íntima com as dificuldades enfrentadas pelos indivíduos, para buscarem a sua afirmação enquanto povo ou nação. No caso dos hebreus, isso não foi diferente......

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Os Deuses Egípcios surgiram no antigo Egito, a cerca de 3.000 a.c., em princípio, politeísta. a mitologia egípcia apresentava a criação do universo a partir de divindades, as quais recebiam o nome de Neter.Essa nomenclatura é associada às formas primordiais, como Nun, que é uma representação sem gênero referente ao líquido cósmico que deu origem ao universo.
Para os egípcios, a formação de tudo em si se deu devido a variações de um único Deus, o qual era caos, e os demais deuses seriam as representações auto criadas desse único Deus.


A mitologia egípcia varia muito dentro da região que demarcava o Antigo Egito.
Muitos especialistas acreditam que isso se deva à influência dos Sacerdotes locais que davam mais ou menos importância para aspectos especiais ou mesmo que lisonjeavam mais aquele local.
Apesar disso, é muito comum que em todas as cosmogonias (relatos míticos de origem do universo) apareçam grupos de deuses egípcios mais importantes, ou ao menos primordiais, e Rá sempre mantém seu papel muito relevante.

As fontes históricas no estudo da mitologia dos Deuses Egípcios

As fontes para o estudo da mitologia egípcia são variadas, desde templos, pirâmides, estátuas, túmulos até textos.
Em relação às fontes escritas, os egípcios não deixaram obras que sistematizassem de forma clara e organizada as suas crenças.

deuses egípcios

Em geral, os investigadores modernos centram-se no seu estudo em três obras principais, o Livro das Pirâmides, o Livro dos Sarcófagos e o Livro dos Mortos

Principais deuses egípcios

Ra

É o deus do Sol do antigo Egito. Seu principal culto era na cidade de Heliópolis, onde era identificado com o deus solar local, Atum.
Através de Atum, ou como Atum-Ra foi visto como o responsável pela origem da Enéade de Heliópolis (dos outros deuses egípcios).
Ele foi associado com outras inúmeras divindades como Amun-Re, Re-Horakhty, Khnum-Re, Sobek-Re entre outras. Ele era visto como o deus que governava a terra o céu e o submundo.
Ra geralmente é representado por um falcão com um disco solar na cabeça e a serpente (uraeus).
Segundo alguns estudiosos, foi apenas na quinta dinastia que ele se tornou uma das principais divindades do antigo Egito.
Imagem: Reprodução

Amon

É o deus supremo do antigo Egito durante o novo reino. Era o deus principal da cidade de Tebas (atual Luxor) e constituía a tríade de Tebas com sua esposa Mut e seu filho Khonsu.
Amon era representado de várias formas, como homem com cabeça de animal ou apenas homem ou ainda então como animal. Alguns animais eram associados a Amon, como o ganso e o carneiro (uma raça com chifres longos).
Imagem: Reprodução

Nut

É a Deusa que representava o céu. Ela era mostrada em forma de uma mulher em arco com o corpo todo estrelado formando o céu celeste e seu irmão GEB, deus da terra era mostrado na parte inferior ao seu corpo, simbolizando ambos o céu e a terra.
No meio dos dois estavam seu pai Shu, o Deus do ar, que nas representações separa ambos os irmãos.
Imagem: Reprodução

Osíris

É o deus dos mortos. Ele foi um dos deuses egípcios mais populares do Antigo Egito e seu culto remonta às épocas remotas da história egípcia.
Nos textos das pirâmides ele é o filho do deus da terra Geb e sua mãe é a deusa do céu Nut. Marido de Ísis e pai de Hórus, ele presidia o julgamento dos mortos, onde a pesagem do coração do morto era feita contra o peso da pena da deusa Maat.
Em toda a história do antigo Egito, diversos templos foram dedicados a Osíris o que mostra o tamanho de sua popularidade.
Imagem: Reprodução

Ísis

É a deusa da maternidade e da fertilidade, que se manifesta como mãe e esposa ideais. Para os egípcios, Ísis tinha uma grande magia que poderia influenciar o céu a terra e o submundo.
As origens do seu culto são incertas, mas alguns estudiosos acreditam que ela possa ter se originado no delta do Nilo. Os primeiros textos referentes a Ísis são da V dinastia egípcia.
Imagem: Reprodução

Hórus

É o deus Falcão, senhor do céu e símbolo da realeza egípcia.
Houveram vários títulos para o nome de Hórus ao longo da história e alguns estudiosos acreditam que podem ser aspectos diferentes de ver a divindade, mas geralmente são tratados como divindades diferentes.
O mais popular é Hórus, filho de Ísis que na mitologia egípcia trava uma verdadeira batalha contra seu tio Seth, para vingar a morte de seu pai Osíris.
Ele é um dos deuses mais importantes do panteão egípcio. Geralmente é representado tanto como um falcão ou como um homem com cabeça de falcão.
Imagem: Reprodução

Anúbis

É o deus do embalsamamento e guardião das necrópoles. Na mitologia egípcia, Anúbis foi quem embalsamou o deus Osíris (que aparece mumificado em suas representações).
Sua principal função era de preparar a múmia para a viagem ao submundo.
Um dos deuses mais antigos do panteão egípcio e geralmente representado com cabeça de chacal ou cachorro.
Sua primeira aparição remonta aos textos das pirâmides, onde era o deus supremo dos mortos, com o passar dos tempos essa função foi cedida a Osíris.
Imagem: Reprodução

Bastet

É a deusa Gato adorada por todos no antigo Egito. No início era vista como a deusa-leão já que representações mostravam ela com cabeça de leão.
Ela aparece nos textos das pirâmides do faraó Unas como sendo a protetora do soberano.
Bastet era vista como a senhora do Oriente e Sekhmet (a deusa leão) era vista como a senhora do Ocidente.
Geralmente é representada como uma mulher com a cabeça de um gato segurando um Sistrum (instrumento musical) e um Égide (espécie de escudo protetor) ou apenas em forma de um gato.


É correto afirmar que a imagem representa:

O ano de 1816 ou ano sem verão


vulcão
O ano de 1816 entrou para a história como o "ano sem um verão " um ano muito difícil que também foi cunhado como "Ano da Pobreza", "o verão que nunca foi" ou "ano não era verão" entre outros. Todos esses nomes se referem a um ano em que severas anormalidades climáticas reduziram significativamente as temperaturas durante todos os meses. As consequências foram realmente desastrosas.
Ele acredita-se que a anomalia foi causada por uma combinação de um inverno vulcânico, causada por uma erupção vulcânica, o Monte Tambora em 1815, considerada a maior erupção conhecida em mais de 1.300 anos, ea queda histórico de atividade solar .
A explosão do vulcão Tambora jogou milhões de toneladas de poeira na atmosfera. Essa incursão na atmosfera reduziria consideravelmente a luz solar, algo que se traduzia em temperaturas ainda mais baixas.
As consequências foram imediatas. Durante o mês de maio, o gelo queimou completamente as plantações que haviam sido plantadas. Além disso, durante o mês de junho, uma grande nevasca deixou inúmeras mortes humanas em seu rastro.
O verão estava realmente frio e chuvoso, algo que destruiu completamente as plantações do norte da Europa e também do nordeste dos EUA. Este desastre agrário causou longos períodos de fome.
Tendo em mente que a Europa estava se recuperando das Guerras Napoleônicas , não é de surpreender que essa escassez de alimentos tenha reduzido bastante a população.
Mas não apenas a Europa ou a América eram os lugares afetados por essa mudança climática. Na China, as temperaturas durante o verão e o outono também foram extraordinariamente baixas, com consequências negativas para a produção de arroz. Em frente a um panorama de terras devastadas pela geada, bem como as nevascas de verão em lugares com clima tropical, as perdas humanas também aumentaram durante o ano nesta parte do mundo

Pompéia e a erupção do Vesúvio


Os imperadores romanos

Imagem: Reprodução
O primeiro imperador de Roma foi Julio César Otaviano Augusto, que imperou entre 27a.C. e 14 d.C. Mais conhecido como Otaviano Augusto ou somente Otávio Augusto, este imperador pertenceu à dinastia Júlio-Claudiana, e nasceu em 23 de setembro de 63 a.C. e era sobrinho neto de Júlio César, que foi quem lhe ensinou a trabalhar na política romana. Otaviano Augusto organizou diversas expedições militares e pacificou algumas regiões. Estimulou, ainda, na economia, a agricultura, dividiu a capital imperial em 14 províncias, facilitando, assim,a cobrança dos impostos, e também o censo militar.
Foi o primeiro imperador a ser proclamado “Augusto” pelo senado, ou seja, um “deus”. Nesses casos, o culto aos imperadores era iniciado durante sua vida, mas continuava por sua família após a sua morte. Faleceu em 19 de agosto de 14 d.C.
Tibério Cláudio César Augusto Germânico foi imperador de 10 a.C. a 54 d.C. tendo nascido em 1 de agosto de 10 a.C. Ele foi o primeiro imperador romano não nascido na Itália, e atuou na construção de canais e aquedutos, tendo ainda pavimentado, durante seu império, estradas para trazer uma comunicação melhor e mais eficiente entre as províncias que ficavam mais distantes do Império. Foi ele, também, quem ergueu o posto de Óstia, além de suas conquistas militares sendo a mais importante delas a Britânia, que é a atual Grã-Bretanha. No ano de 54 d.C. foi envenenado por sua esposa e mãe do Imperador Nero, Agripina. Foi deificado após sua morte.
Nero Cláudio Augusto Germânico imperou de 54 d.C. a 68 d.C., nascido em 15 de dezembro de 37 d.C. Foi governante em uma época de grande esplendor do Império, mas atuou cancelando todos os éditos do imperador anterior, Claudio. Usou, assim como os outros imperadores, de muita violência visando acabar com revoltas em províncias. Não foi um grande conquistador, mas foi capaz de melhorar suas relações com a Grécia. Durante seu Império, houve o incêndio que destruiu parte de Roma em 64 d.C., mas alguns historiadores questionam sua responsabilidade no ocorrido, pois segundo informações da época, ele estava em Anzio, e somente retornou à Roma ao saber do ocorrido. Cometeu suicídio no dia 6 de junho de 68 d.C. em Roma, e deu fim à dinastia Júlio-Claudiana.
Tito Flávio Vespiano foi imperador entre os anos de 79 d.C. e 81 d.C., e nasceu no dia 30 de dezembro de 39 d.C. Teve um reinado bastante curto, mas ficou conhecido pela destruição do Templo de Jerusalém, e também pela dispersão dos judeus pelo mundo. A destruição foi mandada por ele para que houvesse um fim nas revoltas da Palestina.
Durante seu reinado também ocorreu um incêndio em Roma, além de uma peste e a erupção do Vesúvio, mas teve ainda assim uma boa reputação com a população. Ficou conhecido como “o novo Nero” por sua crueldade e intolerância, mas também ficou conhecido como “As delícias do gênero humano”. Esse último em decorrência da grande quantidade de benefícios que proporcionou ao povo de Roma. Foi ele, por exemplo, que concluiu a construção do Coliseu que trazia diversão ao povo. Faleceu no dia 13 de setembro de 81 d.C., e deixou um enigma em uma frase “cometi apenas um erro em minha vida”, que movimentou diversos historiadores.
Imagem: Reprodução
Marco Úlpio Nerva Trajano reinou como imperador entre os anos de 98 d.C. e 117 d.C., sendo o primeiro a nascer na Itálica, no ano de 53 d.C. Considerado um excelente general, administrador detalhista e disciplinado, Trajano acreditava e afirmava sempre que os imperadores tinham que ser como “simples cidadãos” e teve seu reinado marcado pelo alagamento da fronteira do império a Leste. Foi também com ele que o Império Romano atingiu sua máxima expansão e teve a implementação de um programa de obras públicas, visando melhorar as condições de saúde e de higiene da população. Foi sucedido por Adriano, seu sobrinho, após seu falecimento em 117 d.C.
Públio Élio Trajano Adriano, sobrinho de Trajano, mencionado acima, governou desde a morte do tio até 138 d.C. Também um excelente administrador, teve seu reinado marcado pela construção da Muralha de Adriano, que ficava na região da atual Grã-Bretanha. Esta marcou durante séculos a fronteira entre Escócia e Inglaterra, e garantiu a defesa dos romanos contra ataques dos povos do Norte. Seu reinado terminou com seu falecimento.
O imperador seguinte foi Diocleciano, de 284 d.C. a 305 d.C., e não se sabe ao certo a data de seu nascimento, assim como o local. Este imperador instituiu em Roma a diarquia e a tetrarquia, acreditando que somente um homem com seus talentos não seria o suficiente para defender o Império. Isso, a partir de 286 a 305. Foi ele quem dividiu o Império Romano em Ocidental e Oriental, e cada uma delas foi governada por um “Augusto”, e mais tarde entregaria dois territórios nas mãos de césares, que ajudariam os augustos no governo. Abdicou do trono quando doente e faleceu no ano de 311 d.C.
O imperador entre os anos de 306 d.C. e 337 d.C. foi Flávio Valério Aurélio Constantino, mais conhecido como Constantino Magno. Foi considerado o primeiro imperador cristão da história, mas favorecia o cristianismo e o paganismo da mesma forma. Faleceu em 337 d.C. 
Pompéia e Vesúvio
A catastrófica erupção do Vesúvio em 79 dC, em 24 de agosto, deixou preso 25.000 habitantes na época vivia na cidade de Pompéia , a cidade que foi sepultado sob as cinzas, com alguns dos edifícios mais maravilhoso da Roma antiga.
Os assentamentos pré-romanos já viviam nesta área do vale abaixo do Vesúvio por muitos séculos antes da chegada do grande império. Esta região da Campania tem uma história comercial muito longa, refletida nas incursões e influências etruscas e gregas. Pompeia foi tomada pelos romanos durante o Consulado de Sila. No entanto, em 79 aC, o Vesúvio entrou em erupção em meio a grandes tremores de terra, enterrando Pompéia e Herculano sob uma manta de cinzas por mais de 1700 anos.
Nenhuma outra escavação arqueológica como a de Pompéia conseguiu ilustrar tão vividamente a vida cotidiana do mundo antigo. Plínio, o Jovem, considerou Pompeia como uma das terras mais belas do mundo, cercada por terras férteis, que produziam vinho em abundância. Na época da erupção, 25.000 habitantes viviam em Pompéia. Sua vida diária foi preservada de maneira perfeita pelas cinzas.
Pompeia era uma espécie de microcosmo de milhares de outras cidades e vilas romanas do império. As escavações foram capazes de refletir até mesmo aquelas pintadas nas paredes de alguns dos edifícios. As cinzas congelaram a vida na cidade, que permaneceu intacta por mais de 17 séculos. De particular interesse com as numerosas pinturas murais encontradas que ilustram a maneira como os romanos trabalhavam e viviam.
Apesar de não ocorrer a erupção até ao dia 24 de agosto de 79 aC, a região sofreu sismos e tremores prolongados pré-catástrofe semanas. Plínio, o Jovem, em uma carta ao historiador Tácito , descreve os esforços de seu tio Plínio, o Velho, um almirante da frota, para resgatar amigos da base da montanha.
A grande explosão ocorreu como uma enorme nuvem ou um grande guarda-chuva, segundo o próprio Plínio, o Jovem, testemunha da catástrofe. Muitos habitantes, abrigados em suas casas, morreram à espera de ajuda. Outros, como Plínio, o Velho, morreram como resultado do ar quente que envolvia a cidade, tornando-a insuportável.
Pompéia se tornou, ao longo dos anos, o refúgio mais interessante da vida da Roma antiga. Seus restos permaneceram intactos, o que nos mostra o estado em que a cidade estava após a erupção do Vesúvio. Um legado da história que se torna um verdadeiro tesouro para a humanidade

PRISIONEIRO DE FESTO
Alguns dias mais tarde, Agripa rei de Cálcis, em companhia de Berenice, sua irmãcom quem vivia, foram passar uns dias com Festo em Cesaréia. O Governador querendo saber a opinião do rei, descreveu-lhe o caso de Paulo. Festo acrescentou que os judeus “somente tinham certas contestações no tocante as suas crenças e a respeito de um certo JESUS, já morto, e que PAULO afirma estar vivo. Quanto a mim, embaraçado diante de tal debate, perguntei-lhe se queria ir a Jerusalém para ser julgado lá. Mas Paulo interpôs apelação, a fim de que sua causa fosse reservada ao julgamento do augusto imperador; ordenei que fosse mantido preso até que eu o envie a César.” (At 25,19-21)
Agripa manifestou o desejo de ver Paulo.
No dia seguinte, Pórcio Festo, o rei Agripa e Berenice, se instalaram no grande salão, que também ficou repleto de judeus, e mandaram chamar Paulo. Ele delicadamente pediu permissão para fazer a sua própria defesa. Respondeu Agripa: “Tens permissão de pleitear a tua causa.” (At 26,1)
Estendendo a mão, o Apóstolo fez sua defesa de maneira brilhante, como em outras oportunidades, realçando o acontecimento de sua conversão e o poder de DEUS.
Neste momento, Festo levantou-se e gritou: “Está louco, Paulo; as muitas letras te fizeram perder a cabeça”. (At 26,24)
Respondeu o Apóstolo: “Não estou louco, excelentíssimo Festo, mas falo palavras de verdade e bom senso.” (At 26,25)
E voltando-se para o rei, perguntou: “Crês nos Profetas, rei Agripa? Eu sei que tu crês.” (At 26,27)
O rei respondeu a Paulo: “Ainda um pouco e por teus raciocínios fazes de mim um cristão!” (At 26,28)
E Paulo disse: “Por pouco ou por muito, queira DEUS fazer que não somente tu, mas todos aqueles que hoje me escutam, tornem-se como eu, exceto essas algemas.” (At 26,29)
E o rei se levantou, assim como o Governador, Berenice e os que estavam sentados com eles. Falavam entre si: “Este homem nada fez que mereça a morte, nem as cadeias.” (At 26,31)
Agripa disse a Festo: “Poder-se-ia soltar este homem, se não houvesse apelado para César.” (At 26,32)

ENVIADO A ROMA

No Outono do ano 60, o Governador Festo enviou Paulo e outros prisioneiros, sob a escolta do centurião Júlio, com destino a Roma. A frágil embarcação embora viajasse próximo ao continente, enfrentou uma difícil tempestade no Mar Mediterrâneo, entre a Grécia e a Itália. Só depois de quatorze dias de muito sofrimento, conseguiram lançar o barco numa pequena enseada, encalhando-o propositalmente, porque ele já estava com sua estrutura de madeira parcialmente destruída. A população da embarcação com mais de 270 homens, sem demora, pularam na água para se salvarem, utilizando tábuas do próprio barco como bóia ou nadando para a terra. Pensavam que tinham chegado na Itália, mas depois descobriram que era a ilha de Malta.
Permaneceram cerca de três meses, esperando que o tempo melhorasse e que chegasse ao porto uma embarcação que pudesse transportá-los.
Durante os 90 dias em que passaram em Malta, Paulo embora timidamente (porque era um prisioneiro) aproveitou para evangelizar o povo. Num pequeno povoado da ilha, um senhor idoso estava acamado com febre e disenteria. Paulo foi vê-lo, orou e lhe impôs as mãos, ele ficou imediatamente curado. A notícia espalhou! Diante disso, outros doentes da ilha também vieram procurá-lo e foram todos curados.
Por ocasião da partida para Itália do Apóstolo e de todos que ali estavam, em agradecimento, os nativos e habitantes da ilha os cumularam de atenções e os proveram do necessário para a viagem.

CHEGADA A CAPITAL DO IMPÉRIO

Os irmãos cristãos de Roma, informados sobre a chegada de Paulo, foram ao encontro dele no Foro de Ápio e nas Três Tabernas. O Apóstolo vendo os irmãos, deu graças a DEUS e criou mais coragem para enfrentar o cativeiro. Num regime especial de custódia, as autoridades romanas permitiram-lhe residir numa casa particular, que a Comunidade Cristã de Roma alugou. Nela, Paulo se encontrava e conversava normalmente com as pessoas. Só não podia se ausentar da residência. A casa era vigiada diariamente por um soldado.
Depois de dois anos de cativeiro, de 61 a 63, o seu processo terminou sem uma sentença condenatória e ele foi colocado em liberdade, sendo Imperador de Roma, o terrível Nero (54-68).
Assim que foi colocado em liberdade não permaneceu muito tempo em Roma. É possível que tenha viajado para evangelizar a Espanha, porque este era um antigo desejo. (Rm 15,24.28)

NERO INCENDEIA ROMA

No ano 64, o Imperador Nero mandou incendiar um bairro da cidade de Roma, a fim de presenciando ao incêndio, se inspirasse para escrever um poema épico (um poema extraordinário, fora do comum). Contudo, o incêndio teve consequências dramáticas, se alastrou e destruiu quase quatro bairros, deixando desabrigados milhares de pessoas. Em face do resultado danoso e irresponsável, ele e seus asseclas precisavam tomar alguma providência, e então, colocaram a culpa nos cristãos para cobrir o abominável desatino. E por essa razão, a partir do ano 64, Nero empreendeu uma busca impiedosa contra os cristãos: homens, mulheres, velhos e crianças, eram presos e encarcerados, eram lançados aos leões na arena e devorados pelas feras, outros eram envoltos em betumem, amarrados em postes e incendiados para iluminar o palco tétrico das covardias que aconteciam no Coliseu Romano.
Paulo ao deixar a Espanha, percorreu as Igrejas do Oriente. Nomeou Tito, Bispo de Creta (Ti 1,5) . Em Êfeso, nomeou Timóteo, Bispo de Êfeso. (1 Tim 1,3).
Em Nicópolis, passou o inverno, mas sentiu uma vontade irresistível de voltar a Roma. Tito e Lucas, estavam em sua companhia. Por necessidade de atendimento aos núcleos cristãos, Tito foi enviado a Dalmácia. (2 Tim 4,10)

PRISÃO, CONDENAÇÃO E MORTE

Assim sendo, voltou a Roma na primavera do ano 67, somente acompanhado por Lucas.Empenhou-se no trabalho de reconstituir a Comunidade, dizimada pelas perseguições cruéis e covardes de Nero. Segundo a Tradição, Paulo encontrou pousada na margem esquerda do Rio Tibre, perto da ilha Tiberina. No local de sua última residência, ergue-se uma antiga Capela dedicada a sua memória “San Paolo alla Regola”. Aqui o Santo foi preso, acusado de chefiar a seita cristã. Neste segundo cativeiro, sua situação ficou completamente inversa da anterior, pelo fato de pesar sobre os cristãos a acusação de terem incendiado Roma. Por essa razão, arrastava pesados grilhões e era tratado “como malfeitor”. (2 Tim 2,9) Estava completamente isolado, porque os amigos de Roma não conseguiam visitá-lo facilmente; Êubulo, Pudente, Lino e Cláudia só podiam procurá-lo com muita precaução.
O caso de Paulo devia ser julgado pelo Tribunal Imperial. Nessa época, Nero percorria a Grécia disfarçado em comediante, mas deixou em Roma, como substituto o terrível Élio. No primeiro Interrogatório permitiram ao Apóstolo fazer a sua própria defesa, da acusação de cumplicidade no incêndio de Roma. Mas ninguém o ajudou, senão DEUS. (2 Tim 4,16-17) Contudo, deve ter se saído bem, pois a audiência foi suspensa sem qualquer condenação.
No calabouço, reuniu suas forças restantes e escreveu a sua derradeira carta ao estimado discípulo Timóteo (a Segunda Epístola a Timóteo), a quem cuidava como um filho e o nomeou executor de seu testamento. Tinha esperança de vê-lo ainda uma vez, mas tinha receio de que fosse demasiado tarde. Todavia, na missiva pede que ele venha o mais depressa possível e que trouxesse Marcos em sua companhia. Pede também uma velha capa que deixara em Trôade. A friagem do calabouço estava minando rapidamente a sua saúde.
No outono do ano 67 foi agendada a realização da Segunda Sessão do Tribunal. Paulo não tem ilusões, sabe que esta Sessão terminará com sua entrada no reino dos Céus: “Combati o bom combate, concluí a minha carreira, guardei a fé. De resto, me está reservada a coroa da justiça, que o SENHOR, justo juiz, me dará naquele dia” (2 Tim 4,7-8).
O segundo Interrogatório terminou com a sentença de morte.
Certa manhã, o velho Apóstolo foi levado por um grupo de lictores ao longo da Via Ostiense. Seguiram pela Porta Trigemina, passaram ao lado da Pirâmide de Céstio e também pelo terreno aonde hoje se encontra a Basílica de São Paulo Extramuros com o seu túmulo. A seguir os carrascos que o levavam, deixaram a estrada e entraram á direita pela pastagem até o local onde ele foi executado. Hoje naquele lugar, existe a Piazza Tre Fontane. Uma lenda romana conta que no momento da execução, se aproximou do Apóstolo uma cega, chamada Petronila, que lhe ofereceu um véu para vendar-lhe os olhos. (Numa antiga porta de bronze da Basílica de São Pedro, no Vaticano, observa-se um relevo que mostra São Paulo devolvendo à cega Petronila o véu que ela lhe havia oferecido. Quando a jovem colocou o véu sobre os seus olhos, recobrou milagrosamente a visão. ) No local da execução, a cabeça do Apóstolo tombou decepada por um vigoroso golpe de espada. Os lábios de Paulo de Tarso que só pronunciaram palavras ungidas por CRISTO, se fecharam para sempre.
De acordo com a opinião mais comum, Paulo sofreu o martírio no mesmo dia e no mesmo ano que o Apóstolo Pedro. Todavia, alguns estudiosos disputam se foi no mesmo dia, mas não duvidam que aconteceu no mesmo ano. A testemunha mais antiga, São Dionísio, o Corinto, afirma que as execuções foram de fato, no mesmo dia, em locais diferentes.
A conversão de Paulo de Tarso é comemorada no dia 25 de Janeiro e sua festa, é celebrada pela Igreja, no dia 29 de Junho, junto com a Festa de São Pedro Apóstolo.

As Epístolas escritas por Paulo de Tarso e o Livro dos Atos dos Apóstolos escrito por São Lucas, traçam um retrato notável e surpreendente de São Paulo. É uma alma apaixonada que se consagra sem limites a um ideal. DEUS é tudo em sua vida e a ELE, serve com disposição e lealdade absoluta. Trabalhos, fadigas, sofrimentos, privações, perigos de morte, nada lhe importa, desde que possa cumprir a missão pela qual se sente responsável. Nenhum empecilho poderá separá-lo do amor de DEUS e de CRISTO. A circunstância de seu chamado pelo SENHOR lhe inspirou imensas e santas ambições: quando confessa sua solicitude por todas as Igrejas; quando declara haver trabalhado mais que os outros; quando piedosamente exorta os fieis a imitá-lo. Não por orgulho humano, mas em face de uma legítima altivez de um humilde santo: ele se considera o último de todos, por ter sido o perseguidor de CRISTO e por isso mesmo, atribui unicamente à graça do CRIADOR as grandes coisas que aconteceram por seu intermédio. Encerrado nas prisões, ele não se desesperava. Lembrava-se das palavras do SENHOR que lhe antecipava sofrimentos e aflições que teria de passar, por causa do Nome de DEUS. Por isso, elevava-se a um plano que lhe permitia consolidar as suas amplas perspectivas da fé, alcançando uma profunda paz interior, ao mesmo tempo em que era amparado pelo SANTO ESPÍRITO, no permanente combate contra todas as tribulações. O Apóstolo nos faz compreender, que a felicidade não se encontra em nossas débeis mãos, nem se mede pelos nossos méritos pessoais tão insignificantes. Antes, ela procede de um ato de amor eterno e de uma escolha da graça Divina. Foi o CRIADOR que nos escolheu e não fomos nós que O escolhemos. Escolheu cada um de nós desde a eternidade, e essa escolha guardou-a por assim dizer como um segredo, no interior do Coração Divino, até o dia em que nos chamou à existência e à luz da fé. Por esse ato eterno, o SENHOR fez de Paulo o seu Grande Apóstolo, o Apóstolo dos Gentios, que soube agradecer ao “chamado Divino” com seu empenho e sua maior dedicação, da mesma forma que sempre soube responder ao Amor de DEUS, com o seu modesto, mas sincero amor, até o último instante de sua vida.
A pregação de Paulo é o verdadeiro “querigma” apostólico, ou seja, ele proclama o CRISTO Crucificado e Ressuscitado conforme as Sagradas Escrituras. Sua pregação , embora tenha falado aos gregos e judeus, foi direcionada à conversão dos pagãos de todas as raças, na linha universalista inaugurada em Antioquia. Ao longo de sua existência sentiu bem próxima a presença de JESUS: primeiro, na ocorrência de sua conversão próxima a Damasco e depois, em diversas ocasiões, quando foi favorecido com revelações e êxtases.
Nas pregações, ele desprezava os artifícios de linguagem, procurando ser simples, direto e autêntico, não se preocupava com o poder da eloquência humana para alcançar êxito na sua missão, mas entregava tudo ao poder da Palavra de fé, em muitas ocasiões confirmada pelos sinais do ESPÍRITO SANTO.
Embora as Epístolas de São Paulo não sejam Tratados de Teologia, mas resposta e soluções, para situações concretas que ocorriam nas Comunidades Cristãs que ele fundou e sabiamente soube orientar, serve para além delas, a todos os fieis de CRISTO. São ensinamentos preciosos e luzes que esclarecem e fundamentam pontos da doutrina cristã, sobretudo colocando em agradável evidencia, a TERCEIRA PESSOA DA SANTÍSSIMA TRINDADE, o DIVINO ESPÍRITO SANTO. A teologia de Paulo não foi elaborada encima de tratados de religião e nem construída somente sobre o acontecimento de sua conversão. Mas se desenvolveu conforme uma linha continua, sempre em evolução, sob a inspiração e o impulso do DIVINO PARÁCLITO, que verdadeiramente dirigiu todo o seu apostolado.
A seguir apresentamos uma minuciosa explicação sobre as Cartas do Apóstolo, na mesma ordem em que foram escritas, as quais se encontram no NOVO TESTAMENTO. Recomendamos em primeira instância, a leitura das Epístolas de São Paulo com disponibilidade, a fim de que os preciosos ensinamentos sejam compreendidos e tenham a oportunidade de serem fixados na mente e no coração. Assim, com o objetivo de ajudar o entendimento na leitura das Missivas, o APOSTOLADO DOS SAGRADOS CORAÇÕES oferece uma edificante interpretação das mesmas, em cada link correspondente. Clicando nele, terá o ensejo de conhecer um esclarecimento teológico sobre o conteúdo daquela missiva escrita por São Paulo.
ORAÇÃO (Pe. J. U. Leua)

DEUS Eterno e Todo Poderoso, pela intercessão de São Paulo Apóstolo, possamos obter de Vós as bênçãos e as graças que mais necessitamos para a nossa vida e sermos colaboradores na Evangelização dos povos. Convertei nossos corações, à semelhança de São Paulo Apóstolo, para que, fortalecidos e confiantes, possamos anunciar JESUS CRISTO Vivo e Ressuscitado. Guardai a nossa fé e acolhei os nossos propósitos. Por NOSSO SENHOR JESUS CRISTO que convosco vive e reina na unidade do ESPÍRITO SANTO. Amém.

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

conhecido como Constantino Magno ou Constantino, o Grande 
nascido, 272 — 22 de maio de 337), foi um imperador romano, proclamado Augusto pelas suas tropas em 25 de julho de 306, que governou uma porção crescente do Império Romano até a sua morte.
Constantino derrotou os imperadores Magêncio e Licínio durante as guerras civis. Ele também lutou com sucesso contra os francos e alamanos, os visigodos e os sármatas durante boa parte de seu reinado, mesmo depois da reconquista da Dácia, que havia sido abandonada durante o século anterior. Constantino construiu uma nova residência imperial em Bizâncio, chamando-a de Nova Roma. No entanto, em honra de Constantino, as pessoas chamavam-na de Constantinopla, que viria a ser a capital do Império Romano do Oriente durante mais de mil anos. Devido a isso, ele é considerado como um dos fundadores do Império Romano do Oriente
.
Constantino I
Imperador romano
0 Constantinus I - Palazzo dei Conservatori (2).JPG

Fragmento de uma estátua monumental de Constantino, que combinava partes em mármore com outras em bronze, representando-o sentado e vestido de couraça. Erguida na chamada Basílica de Constantino, em Roma, foi projetada por Magêncio e completada por Constantino; atualmente está nosMuseus Capitolinos.
Reinado
25 de julho de 306  29 de outubro de 312 (aclamado como Augusto no Ocidente, oficialmente nomeado Césarpor Galério com Severo como Augusto, por acordo com Maximiano, recusou a relegação a César em 309)
29 de outubro de 312 — 19 de setembro de 324 (Augusto do Ocidente em disputa, principal Augusto no Império)
19 de setembro de 324 — 22 de maio de 337 (imperador do império unificado)[1]
Consorte
Minervina, dissolvido por morte ou divórcio antes de 307,
Antecessor(a)Constâncio Cloro
Sucessor(a)
DinastiaConstantiniana
Nascimento27 de fevereiro de 272[2]
Naísso (moderna NišSérvia)
Morte22 de maio de 337 (65 anos)
Nicomédia (atual IzmitTurquia)
EnterroIgreja dos Santos ApóstolosConstantinopla
Filho(s)
Com Minervina:

Com Fausta:

Fausta
PaiConstâncio Cloro
MãeHelena
Caio César
Cônsul do Império Romano
ConsorteLívila
DinastiaJúlio-claudiana
Nome completo
Caio Vipsânio Agripa (nascimento)
Caio Júlio César (adoção)
Nascimento20 a.C.
Roma
Morte21 de fevereiro de 4 (23 anos)
Lícia
EnterroMausoléu de AugustoRoma
PaiMarco Vipsânio Agripa (biológico)
Augusto (adotivo)
MãeJúlia
Caio César (em latim20 a.C.21 de fevereiro de 4 (23 anos)), nascido Caio Vipsânio Agripa  foi um general romano da gente Júlia eleito cônsul em 1 d.C. juntamente com Lúcio Emílio Paulo. É famoso por ter sido neto do imperador Augusto, filho de Marco Vipsânio Agripa, braço direito do imperador, e Júlia, a Velha, sua única filha. Caio e seu irmão mais novo, Lúcio César, foram criados pelo avô como filhos adotivos e co-herdeiros do Império Romano. Por conta disto, Caio César teve uma carreira política acelerada: com autorização do Senado Romano, Caio César foi eleito cônsul sem antes ocupar os cargos de questor e pretor, posições obrigatórias para senadores ordinários como parte do Em 1 a.C., Caio recebeu o comando das províncias orientais e, durante seu mandato, firmou um tratado de paz com Fraates V da Pártia em uma ilha do Eufrates. Logo depois, foi eleito cônsul. Em agosto de 2 d.C., Lúcio César faleceu em Massília, na Gália Narbonense e, aproximadamente dezoito meses depois, Caio morreu na Lícia. Apesar de casado com uma prima em segundo grau, Lívila, antes de sua morte, os dois não tiveram filhos. Depois da morte de Caio e Lúcio, Augusto adotou seu enteado e seu último neto sobrevivente, Tibério e Agripa PCaio Vipsânio Agripa nasceu em Roma em 20 a.C., filho de Marco Vipsânio Agripa e Júlia, a Velha. Através de sua mãe era parte da dinastia júlio-claudiana e parente de todos os imperadores júlio-claudianos. Pelo lado da mãe, era o neto mais velho do imperador Augusto. Era também cunhado de Tibério através de sua meio-irmã Vipsânia Agripina e concunhado de Cláudio através de sua irmã Agripina, a Velha, casada com Germânico. O último imperador da dinastia, Nero, era seu sobrinho-neto e neto de GermânicoEm 17 a.C., seu irmão Lúcio César nasceu. Imediatamente depois, Augusto adotou os dois e nomeou-os seus herdeiros[3]. Com o pai adotivo, os dois passaram a ser instruídos nos assuntos administrativos do Império ainda muito jovens e, como cônsules eleitos, os dois foram enviados às províncias para aprender. Augusto ensinou Caio e Lúcio a ler, nadar e outros elementos fundamentais da educação clássica, esforçando-se especialmente em ensiná-los a imitar sua letra[4]. No verão seguinte à adoção, Augusto patrocinou a realização da quinta edição dos Jogos Seculares, ligando os jogos à adoção no anúncio de uma nova era de paz —
Tito Flávio Domiciano, conhecido como Domiciano, reinou sob o Império Romano de 14 de outubro de 81 até seu assassinato em 18 de setembro de 96. Foi o último imperador da Dinastia Flávia, que reinou sobre o Império desde o ano 69, abarcando o reinado de seu pai, Tito Flávio Vespasiano (69-79), de seu irmão mais velho, Tito (79-81) e finalmente o seu próprio (81-96), dando início à Dinastia Ulpio-Aelia, que começaria com a nomeação de Nerva no mesmo dia da morte do imperador.

Os triunfos do irmão Tito marcaram a juventude e o início de sua carreira, já que aquele alcançou considerável renome militar durante as campanhas na Germânia e na Judeia nos anos 60. Seu pai Vespasiano foi coroado imperador em 21 de dezembro de 69, depois de um intenso ano de guerras civis, conhecido como o Ano dos Quatro Imperadores. À época que seu irmão gozou de poderes semelhantes aos do pai, Domiciano foi recompensado com honras nominais que não implicavam responsabilidade alguma.

Por ocasião da morte de Vespasiano, em 23 de junho de 79, Tito o sucedeu pacificamente, porém o reinado terminou abrupta e inesperadamente com sua morte por enfermidade ocorrida em 13 de setembro de 81. No dia seguinte Domiciano foi proclamado imperador pela Guarda Pretoriana. Seu reinado, que duraria 15 anos, seria o mais longo desde o de Tibério.

Fontes clássicas o descrevem como um tirano cruel e paranoico, situando-o entre os imperadores mais odiados ao comparar sua vileza com as de Calígula ou Nero.

Todavia, a maior parte das afirmações acerca dele tem sua origem em escritores que lhe foram abertamente hostis: Tácito, Plínio o Jovem e Suetônio. Exageraram a crueldade do monarca ao fazer adversas comparações com os Cinco Bons Imperadores que o sucederam. A historiografia moderna o descreve como um autócrata impiedoso porém eficiente, cujos programas pacíficos, culturais e econômicos foram precursores do próspero século II em contraste com o turbulento crepúsculo do século I.

O imperador foi assassinado em consequência de uma conspiração palaciana urdida por cortesãos. Suetônio oferece uma detalhada descrição do homicídio, afirmando que o líder dos conspiradores era o fidalgo imperial Partênio. Este oficial se havia inimizado com o imperador em seguida à execução de seu secretari,o Epafrodito.

Os autores materiais do crime foram um liberto de Partênio, chamado Máximo, e Estevão, mordomo da sobrinha do imperador, Flávia Domitila. Não se definiu com total certeza a participação da Guarda Pretoriana, liderada por Norbano e Petrônio Segundo, embora se saiba que este último tinha conhecimento do complô.
conspiradores. No entanto, a fé e a devoção que esta mulher sentia pelo marido, inclusive depois de sua morte, faz com que sua participação na conjura seja muito pouco provável.

Dión sugere que o assassinato teria sido um ato improvisado. Entretanto, os escritos de Suetônio implicam a existência de uma conspiração bem organizada. Na véspera do ataque, Estevão simulou uma lesão no braço esquerdo a fim de poder levar uma adaga debaixo das vendas com que cobria a fictícia ferida. No dia do assassinato foram cerradas as portas dos quartos dos serventes imperiais. O pessoal do imperador levara a espada que este ocultava debaixo de seu travesseiro. Segundo uma predição astrológica, o imperador acreditava que morreria ao meio-dia. No dia assinalado pelo astrólogo, perguntou a um mancebo a hora. O jovem, incluído no complô, lhe respondeu que era mais de meio-dia.



Inscrição com o nome de Domiciano apagado, comprovando sua damnatio memoriae

Aliviado, o imperador se dirigiu a seu gabinete onde tinha planejado firmar alguns decretos. De repente, Estevão, intendente de Domitila, acusado de malversação, dele se aproxima, pois lhe havia pedido uma audiência a fim de denunciar uma conspiração em curso. Introduzido em sua câmara, enquanto Domiciano lia a correspondência, fere-o no baixo ventre.

Estevão e o imperador continuariam lutando no chão até que o restante dos conspiradores conseguisse dominá-lo e assestar-lhe várias punhaladas. Um mês antes de cumprir 45 anos, Domiciano morria assassinado. Sem qualquer cerimônia, seu corpo foi arrastado e o cadáver cremado. Consumido pelo fogo, as cinzas foram misturadas com a de sua sobrinha Júlia e depositadas no Templo Flávio. Suetônio afirmou a existência de uma série de presságios que haviam previsto sua morte.

O Senado proclamou Nerva como o novo imperador no mesmo dia. Após a designação, o Senado emitiu um damnatio memoriae, literalmente “condenação da memória” sobre Domiciano: moedas com sua efígie, bustos e estátuas em sua homenagem foram fundidos, seus arcos derrubados e seu nome eliminado de todos os registros públicos. Ainda que a sucessão tenha se efetivado de maneira muito rápida, manteve-se latente o apoio das forças armadas ao recém falecido imperador. Por ocasião de seu falecimento, os militares pediram a sua deificação, e como medida de reparação exigiram a execução dos assassinos de Domiciano, a que Nerva se negou.

Otaviano Augusto

Imperador Otavio Augusto
Otaviano Augusto, imperador romano.
Caio Júlio César Otaviano Augusto foi imperador de 27 a.C a 14 d.C.
Otaviano Augusto (ou Otávio Augusto) foi o primeiro imperador romano e pertenceu à dinastia Júlio-Claudiana. Nasceu na cidade de Roma em 23 de setembro do ano de 63 a.C e era sobrinho-neto de Júlio César que lhe ensinou os caminhos da política romana.
Organizou expedições militares na Récia, Panônia, Hispânia, Germânia, Arábia e África. Também pacificou as regiões dos Alpes e Hispânia e anexou as regiões da Gália e Judeia.
Na economia estimulou a agricultura e saneou as finanças de Roma e da península itálica. Também dividiu a capital imperial em 14 províncias para facilitar a cobrança de impostos e do censo militar. Igualmente, cobriu as construções romanas de mármore a fim de aumentar o esplendor do capital.
Otaviano foi o primeiro Imperador a ser proclamado "Augusto", pelo Senado Romano, ou seja, um deus. O culto ao imperador se iniciava em vida e era continuado pela família do falecido após a morte. Otaviano se identificou tanto com este título que muitos pensam se tratar de um segundo nome. Também o mês de agosto tem este nome em sua homenagem.
Otaviano Augusto morreu em 19 de agosto de 14 d.C, na comuna italiana de Nola.

Cláudio

Tibério Cláudio César Augusto Germânico foi imperador de 10 a.C. a 54 d.C.
Nasceu na província de Lugduno, na Gália, em 1 de agosto de 10 a.C e foi o primeiro imperador romano que não nasceu na Itália. Teve uma infância difícil devido aos problemas físicos que tinha como a gagueira e isso o manteve afastado de uma possível sucessão imperial.
Cláudio subiu ao trono imperial em 41 d.C., após a guarda pretoriana ter assassinado o seu sobrinho Calígula.
Apesar de padecer de problemas físicos, Cláudio governou o Império Romano de maneira competente. Construiu canais, aquedutos, pavimentou estradas a fim de melhorar as comunicações com as províncias mais distantes do Império. Também ergueu o porto de Óstia.
Quanto às conquistas militares, durante o seu reinado foram anexadas as províncias da Trácia, Judeia, Lícia, Nórico e Panfília e Mauritânia. No entanto, a conquista mais importante foi a Britânia (atual Grã-Bretanha).
Apesar da sua crueldade para com os senadores e equestres (a mais baixa aristocraciaromana), organizou as finanças do Estado e conseguiu manter a paz em Roma.
Em 54, Cláudio foi envenenado por Agripina, sua esposa e mãe do futuro imperador Nero. Após sua morte foi deificado pelo Senado Romano.

Nero

Nero Cláudio Augusto Germânico foi imperador do ano de 54 a 68.
Nasceu na cidade de Anzio (na atual Itália) no dia 15 de dezembro de 37. Nero tornou-se governante numa época de grande esplendor do Império Romano, mas segue sendo uma figura polêmica.
Nos cinco primeiros anos de seu governo, Nero cancelou todos os éditos publicados pelo Imperador Cláudio, pois o considerou um administrador incompetente. Tal como seus antecessores, usou a violência para sufocar as revoltas que aconteciam nas províncias imperiais.
Quanto às guerras de expansão, ao contrário de seus antecessores, Nero não foi um grande conquistador e empreendeu apenas algumas incursões militares na região da atual Armênia. Por sua vez, aproveitou para melhorar, através da diplomacia, as relações com a Grécia.
Alguns historiadores debatem a competência deste imperador para administrar o Império. Afinal, muitas de suas resoluções tinham influência de sua mãe, Agripina, e seu tutor, Lúcio Sêneca.
Um episódio que marcou a trajetória de Nero foi o incêndio que destruiu parte da cidade de Roma, no ano de 64. Porém, de acordo com alguns historiadores, não é certa a responsabilidade de Nero pelo incidente, pois o imperador estava em Anzio naquele momento e retornou à Roma ao saber que a cidade ardia.
Aqueles que apontam Nero como culpado baseiam-se nos relatos do político e historiador Tácito. Este afirma que o Imperador teria ficado cantando e tocando lira enquanto a cidade queimava.
Enquanto não se tem certeza da autoria do atentado, o fato é que Nero culpou e ordenou perseguição aos cristãos, acusados por ele de serem os responsáveis pelo incêndio. Muitos foram capturados, crucificados e jogados no Coliseu para serem devorados pelas feras. Posteriormente, os historiadores cristãos só aumentaram a lenda de imperador cruel e implacável com os cristãos.
Além deste, outros episódios colaboraram para a fama de imperador violento e desequilibrado. No ano de 55, Nero matou o filho do ex-imperador Cláudio e em 59, ordenou o assassinato de sua mãe Agripina.
Nero se suicidou em Roma, no dia 6 de junho de 68, colocando fim à dinastia Júlio-Claudiana.

Tito

Tito Flávio Vespasiano foi imperador de 79 a 81 d.C.
Nasceu em Roma em 30 de dezembro de 39. Apesar do seu curto reinado ele ficaria conhecido por ter sido o responsável pela destruição do Templo de Salomão, em Jerusalém, e a dispersão dos judeus pelo mundo.
Três desastres naturais ocorreram durante o seu reinado: um incêndio em Roma, uma terrível peste e a erupção do Vesúvio que engoliu Pompeia. Entretanto, nem esses fatos diminuíram a boa reputação que obteve junto à população durante seu reinado.
Tito, foi alcunhado de ser “o novo Nero”, pela sua fama de cruel e intolerante, acabou chamado de “As delícias do gênero humano” por conta dos benefícios feitos ao povo. Um deles foi a conclusão do Coliseu de Roma que garantia diversão, ainda que sangrenta, para os extratos mais pobres da população.
Para aplacar as revoltas da Palestina mandou destruir o Templo do Rei Salomão, símbolo da unidade do povo de Israel. Isto levou ao começo da diáspora judaica e o fim do Estado judeu até a criação do Estado de Israel.
Ao falecer, em 13 de setembro de 81, teria dito uma enigmática frase: “cometi apenas um erro em minha vida”. Vários estudiosos especulam a que erro o imperador se referia. Teria sido não matar o irmão Diocleciano, seu maior rival? Jamais saberemos.
Após sua morte, o Senado Romano o declarou deus e seu culto se espalhou por Roma.

Trajano

Marco Úlpio Nerva Trajano foi imperador de 98 a 117.

Nasceu no ano 53, na Itálica (atual Santiponce, na Espanha) sendo o primeiro imperador romano a nascer nesta província.Foi considerado um excelente general, um administrador detalhista e disciplinado e afirmava que todos os imperadores deveriam ser “simples cidadãos”.


O seu reinado foi marcado pelo alargamento das fronteiras do império a Leste, com a conquista da Dácia (atual Romênia), Arábia, Armênia e Mesopotâmia.
Desta maneira, o Império Romano atingiu sua máxima expansão como se pode ver no mapa abaixo:
Imperio Romano máxima expansão
O Império Romano sob o poder do Imperador Trajano.
Apesar de passar grande parte do seu governo comandando as tropas que guerreavam, Trajano ainda teve tempo de Implementar um vasto programa de obras públicas em Roma que visava o melhoramento das condições de higiene e saúde. Mandou construir o Fórum de Trajano e a Coluna de Trajano, em Roma. Igualmente, promoveu a terceira perseguição contra os cristãos.
Faleceu em 117 sendo sucedido por Adriano, seu sobrinho e protegido.
Conheça a Arquitetura Romana.

Adriano

Imperador Adriano
Estátua do Imperador Adriano com uniforme militar
Públio Élio Trajano Adriano governo o Império romano de 117 a 138.
Nasceu em Itálica, atual Espanha, no ano de 76. Foi considerado um talentoso administrador e sua obra mais famosa é a Muralha de Adriano, na atual Grã-Bretanha, onde até hoje se podem contemplar vestígios.
Reformou a administração imperial através do Édito Perpétuo, publicado em 131. Esta compilação judicial regeu o império até ao tempo de Justiniano, no século VI.
No campo militar abandonou as campanhas de Trajano na Mesopotâmia e preferiu adotar uma política defensiva.
No atual Reino Unido, mandou construir no ano 112 a Muralha de Adriano. Com 120 km de comprimento, esta obra foi concluída no ano 126 pelos próprios soldados, que construíam e combatiam simultaneamente. A muralha marcou durante séculos a fronteira entre a Inglaterra e a Escócia a fim de garantir a defesa dos romanos contra os ataques dos povos do norte.
Adriano faleceu em 138, em Roma.

Diocleciano

Caio Aurélio Valério Diócles Diocleciano foi imperador de 284 a 305.
Diocleciano não tem data certa de nascimento e normalmente se atribuem os anos de 243, 244 ou 245, como provável ano. Também o local de nascimento é incerto, mas estudos indicam Salona, na atual Croácia, como o local mais correto.
Diocleciano foi o responsável pela grande mudança administrativa do Império romano. Instituiu a diarquia e a tetrarquia, pois considerava que os talentos de um só homem eram insuficientes para a defender o Império. Assim foi governo sozinho 284 a 286 e fazendo parte da Diarquia de 286 a 305. Em seguida, ainda incluiria mais dois auxiliares, para governar o Império.
Dividiu o Império Romano em duas partes, ocidental e oriental, onde cada uma delas foi governada por um "Augusto". Em seguida, entregou dois grandes territórios nas mãos de dois "cesáres" que auxiliariam os "Augustos".
A Ocidental teria como capital Roma, no entanto Maximiano instalou-se em Aquileia ou Milão. Quanto à parte Oriental seria governada por Diocleciano em Nicomédia. Galério Maximiano reinaria da cidade de Sirmio (nos atuais Balcãs) e Constâncio Cloro, governaria a partir de Tréveros (território localizado hoje entre a França e Alemanha).
As decisões políticas deviam ser tomadas em comum acordo pelos Augustos e pela legislação comum a todo o império. O fato é que o Império Romano alcançou grandes dimensões e as rebeliões dos governadores provinciais e mesmo de generais se multiplicavam.
Uma delas foi a revolta do oficial romano Caráusio que havia se proclamado imperador na Britânia. Igualmente, acontecem rebeliões na Pérsia e no Egito. A fim de unificar o povo romano em torno a um inimigo comum promove a Perseguição de Diocleciano ou a Grande Perseguição aos cristãos.
Já velho e doente reúne oficiais e soldados e abdica do trono. Algumas fontes mencionam que ele estava sendo pressionado por César Galério para abandonar o poder. Seja como for, Diocleciano se retira da vida pública e morre no ano de 311 ou 312.

Constantino

Flávio Valério Aurélio Constantino foi imperador entre os anos de 306 a 337.
Também conhecido como Constantino Magno, nasceu na cidade de Naissus (na atual Sérvia) em 26 de fevereiro de 272. É considerado o primeiro imperador romano cristão da História, apesar de ter sido batizado no leito de morte, e favorecer o paganismo e o cristianismo de igual maneira durante seu reinado.
Com a morte do pai, em 306, foi aclamado imperador romano. Passou grande parte do seu reinado combatendo militarmente os povos germânicos que pretendiam ultrapassar as fronteiras do império romano.
Através do Edito de Milão, em 313, acabou com a perseguição romana aos cristãos. Constantino simpatizava com o cristianismo, porém não transformou a religião em oficial dos seus domínios. Aproveitou-se do crescimento da religião cristã, em quase todas as regiões do Império, para aumentar sua força política, ao mesmo tempo em que estimulava o culto ao deus Sol.
Em 7 de março de 321 foi promulgado o Édito de Constantino, legislação que defendeu o descanso aos domingos em homenagem ao deus-Sol (Sol Invictus). Desta maneira, agradava por igual a cristãos e pagãos.
Imperador Constantino
O imperador Constantino é venerado como sando pela Igreja Ortodoxa
Para resolver as primeiras divergências teológicas entre os cristãos, convocou o I Concílio de Niceia em 325, no qual participaram cerca de 300 bispos. Sob a influência de Constantino, o concílio definiu a natureza divina de Jesus, a fixação da data da Páscoa (passou a ser diferente da Páscoa judaica) e a promulgação da lei canônica. Ficou definido também que o domingo seria o dia de descanso dos cristãos.
Ampliou a cidade de Bizâncio de 326 a 330, transferindo a capital do império romano para o Oriente, nomeando-a Nova Roma. Após a morte de Constantino, ela seria chama de Constantinopla e em 1453, quando foi conquistada pelos turcos, recebeu seu nome atual: Istambul.
Faleceu em 22 de maio de 337 na cidade de Nicomédia (atual Izmit, Turquia).
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  • Império Romano
  • Roma Antiga
  • Civilização Romana

    Biografia: Caio Julio César - e o Império Romano.


    Caio Júlio César (102-44 a.C)
    Texto integral.
    Com a derrota de Cartago nas Guerras Púnicas (246-44 a.C), Roma passou a dominar o Mediterrâneo, e os líderes romanos começaram a acreditar que Roma tinha um “manifesto divino” para subjugar e comandar o máximo possível do mundo conhecido. Foi por meio de Caio Júlio César que Roma realmente cumpriu tal manifesto, estendendo as fronteiras do Império Romano além de onde chegara qualquer outro governante. Imortalizado em histórias, em versos e no teatro de Shakespeare, ele é tido como a encarnação do Império Romano, embora, durante sua vida, Roma fosse uma República e o cargo de imperador só passasse a existir após sua morte.
    César, filho de nobres, ingressou no exército romano e serviu na Ásia com dedicação e bravura, conquistando a Coroa Cívica, a mais valiosa das medalhas. Depois de retornar a Roma, ele entrou para a política, tornou-se tesoureiro de Estado aos 34 anos, pretor principal aos 39 e foi eleito para o Consulado aos 43 anos (o mais alto posto da Roma Antiga.
    Para aumentar o poder e a glória de Roma, assim como sua própria fama, César liderou uma expedição militar ao norte. Entre os anos 58 e 55 a.C, ele conquistou a Gália (atual França), e Helvética (Suiça) e a Bélgica. Também invadiu e dominou a maior parte da Bretanha e cruzou o rio Reno para combater germânicos.
    César retornou a Roma como herói, mas se achou num conflito político com Pompeu (106-48 a.C), general romano que havia tomado Jerusalém. Pompeu também possuía o posto de Cônsul Principal e César havia pedido o Consulado para si próprio. Mas entregaram o cargo a Pompeu.
    Pela lei, não era permitido aos generais trazerem seus exércitos para dentro da cidade de Roma. Pelo contrário, eles deveriam ser mantidos ao norte do Rio Rubicão. Em 49. a.C., porém, César infringiu a lei, atravessou o Rubicão e entrou em Roma para tentar um golpe. Ele depôs Pompeu e eliminou a República, convertendo-se em governante absoluto, como sempre havia sido seu desejo. Depois de consolidar o poder de Roma sobre a Grécia e de liderar uma campanha sobre a Síria e o Egito, ele voltou a Roma em 45 a.C. para ser declarado ditador perpétuo e governar como o maior de todos os conquistadores da História, - maior ainda que Alexandre, o Grande. César governou ditatorialmente por pouco tempo. Em 15 de março de 44 a.C., ele foi assassinado no Senado romano por uma conspiração liderada por seu filho adotivo, Marco Júnio Bruto (85-42 a.C).
    Júlio César alterou, e muito, o curso da história romana, - e, aliás, da própria Europa. Em Roma, ele havia desbancado a República e criado o posto de “imperador de fato”, que se tornaria oficial com a ascensão ao poder de seu sobrinho César Augusto, catorze anos após sua morte. Quando César iniciou sua ascensão ao poder, Roma era a maior força política do Mediterrâneo. Na época de sua morte, Roma também havia se tornado a primeira superpotência da Europa – e talvez do mundo
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