Tutankhamon
Tutankhamon tornou-se um dos mais famosos faraós do antigo Egito.
O mais famoso faraó egípcio, hoje, é, sem dúvida, Tutankhamon.
No entanto, antes da descoberta espetacular de seu túmulo quase intacto no Vale dos Reis, em novembro de 1922, Tutankhamon era apenas uma figura pouco conhecida da 18 ª Dinastia.
O Rei Menino
Aos dez anos de idade, Tutankhamon teve que começar a reinar um país poderoso e que havia acabado de sair de uma “revolução”.
O jovem menino era filho do espirituoso Akhenaton, sendo seu nome Tutankhaton, depois que entrou no poder os sacerdotes de Amon obrigaram-no a reinstituir o politeísmo e mudar o nome para Tutankhamon.
Era casado com sua irmã Ankhsepaaton, que também mudou o nome para Ankhsepaamon.
Tutankhamon queria permanecer com a sagrada religião do pai, mas era muito jovem e por conseguinte estava sendo manipulado pelos corruptos sacerdotes.
Porém, quando completou a maioridade, fez uma nova tentativa para estabelecer o monoteísmo, essa tentativa fora em vão e culminou com a prematura morte do jovem menino.
Por meio de uma conspiração palaciana, na qual Horenheb fazia parte,Tutankhamon recebeu uma pancada culminante na cabeça enquanto dormia.
A sua esposa, e irmã, foi obrigada a escolher um dos sacerdotes para casar novamante. Ahi, que mais tarde também foi morto por Horenheb.
Máscara mortuária
O corrupto clero de Amon, para abafar o caso, atribuiu a morte do menino uma doença rara e prepararam um funeral riquíssimo e luxuoso.
Sua tumba se encontra no Vale dos reis. Deve-se ao egiptólogo Howard Carter e também ao seu mecenas Lord Carnavon a descoberta da tumba do faraó menino, que surpreendentemente estava intacta.
Máscara mortuária de Tutancâmon
Tutankhamon
Quando e onde foi Tutankhamun nasceu?
Tutankhamon nasceu provavelmente em Akhetaten que foi a capital do Egito. Ele nasceu por volta do ano 1346 aC.
Com que idade Tutankhamon se tornou um faraó?
Ele tornou-se faraó com a tenra idade de nove anos em 1337 aC e reinou durante a Dinastia 18, quando o Império Egípcio estava no auge. Ele reinou de cerca de 1337-1328 aC.
Seu túmulo foi descoberto por uma equipe de arqueólogos britânicos em 1922, cerca de 3000 anos após sua morte.
Biografia
Tutankhamon foi o décimo segundo rei da dinastia egípcia XVIII (reinou de 1361-1352 aC).
Apesar de seu reinado foi relativamente sem importância, Tutankhamontornou-se o mais famoso dos faraós (reis egípcios) quando sua tumba cheia de tesouro foi descoberto no início do século XX.
Rei Tutankhamon governou o Egito como faraó por 10 anos até sua morte, aos 19 anos, por volta de 1324 aC.
Apesar de seu governo ter sido marcado pela inversão das reformas religiosas tumultuosos de seu pai, o faraó Akhenaton, o legado de Tutancâmon foi amplamente negada por seus sucessores.
Tutankhamon nasceu em 1343 aC.
Tutancâmon foi inicialmente conhecido como Tutankhaten, que significa “imagem de vida de Aten”.
O pano de fundo do rei Tut abrange um dos períodos mais caóticos da história do Egito Antigo.
Foi o momento em que a vida de todos os antigos egípcios foram viradas de cabeça para baixo.
O pai de Tutankhamon foi Akhenaten que ficou conhecido como o rei herege.
As idéias religiosas de seu pai mudou radicalmente o antigo Egito de uma religião politeísta, adorando vários deuses, ao monoteísmo que era a adoração de um único deus – Aton descrito como o disco solar.
Os antigos egípcios adoravam os mesmos deuses para literalmente milhares de anos – o número de deuses que adoravam numeradas cerca de 2000.
Os antigos egípcios foram obrigados a abandonar os seus antigos deuses e Akhenaton usou o poder do exército egípcio para impor essas ideias e destruir a antiga religião e seu sacerdócio.
Toda a população de Tebas, a numeração mais de 20.000 pessoas, foram transferidos para a nova cidade de Armana que Akhenaton tinha construído como sua nova capital.
Os poderosos sacerdotes de Amon eram esperados para adorar o único Deus Aton. Akhenaton ordenou que todas as imagens de todos os outros deuses foram ordenados a ser destruído. A economia baseada templo tradicional, dirigida por sacerdotes de Amon, foi substituído pelo novo regime, dirigido por administradores locais e comandantes militares.
Túmulo de Tutankhamon
O túmulo de Tutankhamon foi descoberto no Vale dos Reis por Howard Carter em 1922.
O jovem rei morrera aos dezoitos anos de idade e o magnífico mobiliário do túmulo nos diz que provavelmente todos os túmulos de faraós eram igualmente mobiliados. Felizmente os ladrões de túmulos não tiveram êxito com este do jovem faraó da 18.ª Dinastia, e seu sarcófago permaneceu em segurança por mais de três mil anos.
Descreveremos sucintamente a descoberta de Carter. O túmulo estava muito bem fechado na rocha. No centro da câmara mortuária havia quatro santuários ricamente decorados, um dentro do outro. No seu interior havia um enorme sarcófago de quartzita amarela com uma tampa de granito róseo. Deusas guardiãs primorosamente esculpidas postavam-se nos quatro ângulos. Dentro do sarcófago de pedra, que estava coberto de inscrições religiosas, havia diversos ataúdes folheados a ouro. Dentro do terceiro, que era de ouro, estava a múmia de Tutankhamon. Sobre o ataúde havia uma coroa de flores que ainda conservava todo seu colorido. E mais, jóias fantásticas, estátuas, peitorais e amuletos de ouro, contas, espelhos de prata, anéis e colares com pingentes de ouro na forma de flores de lótus.
Entre os muitos móveis luxuosos havia camas, cadeiras, bancos, mesas retiradas do palácio, o maravilhoso trono de ouro de Tutankhamon, vasos de alabastro, cetros, arcos e flechas, leques de plumas de avestruz, um painel que era o retrato do jovem rei e sua rainha com o símbolo de Aton e uma taça e uma lâmpada a óleo, de alabastro. As paredes e os tetos do túmulo eram revestidos de cenas religiosas, pinturas representativas de alguns dos deuses, sendo a mais extraordinária a de Osíris.
As coloridas inscrições apresentam grande beleza. Um elegante barco de alabastro repousava no túmulo, ostentando suas cabeças de íbis na proa e na popa. À meia-nau havia um quiosque delicadamente esculpido, cuja cúpula era sustentada por quatro colunas.
O conteúdo do túmulo revela a mestria artística egípcia no seu apogeu. Cada objeto real é uma obra-prima de magnífico acabamento.
Os artefatos encontrados nesse túmulo deveriam ser motivo de assunto sobre arte.
Tutankhamon
Tutankhamon
Tutankhamon não foi assassinado, revela tomografia
Os resultados de um exame tridimensional de raio-X realizado na múmia Tutankhamon não endossam a teoria de que o faraó menino foi assassinado. Contudo, os cientistas não conseguiram resolver o mistério que ronda a causa de sua morte, há 3 mil anos. As conclusões do estudo foram divulgadas nesta terça-feira.
Enquanto alguns membros da equipe de pesquisadores acreditam que ele pode ter morrido de uma infecção resultante de uma fratura na coxa, outros rejeitam a idéia. Para esses, o ferimento pode ser um dano à múmia causado por arqueólogos.
Apesar de não encontrar uma conclusão definitiva, o chefe do trabalho defende que o caso seja encerrado. Ele afirmou, ainda, que a tumba do faraó, que morreu em 1.352 a. C, aos 19 anos aproximadamente, não deve ser perturbada novamente.
Historiadores especulavam que Tutankhamon havia sido assassinado, uma vez que morreu muito jovem e que o Egito atravessava turbulências religiosas e políticas nesse período da História.
Não sabemos como o rei morreu, mas temos certeza agora que ele não foi assassinado. Talvez ele tenha morrido sozinho – declarou Zahi Hawas, presidente do Conselho Supremo de Antigüidades do Egito, em entrevista. O caso está encerrado. Não devemos perturbar mais o rei.
Tutankhamon
Em 1328 a. C., o governo do Egito recaiu sobre um dos soberanos mais famosos da História, o célebre Tutankhamon, uma personagem que exerce sobre a Humanidade um verdadeiro fascínio desde o momento em que foi descoberto o seu túmulo, no ano de 1922.
Uma tal fama deve-se precisamente ao feliz achado arqueológico, sem dúvida o mais interessante do século XX, que permitiu trazer luz do dia os maravilhosos tesouros originalmente destinados a acompanhar o divino soberano na sua viagem ao Além.
O faraó mais famoso do mundo nem sequer chegou a ter tempo para demonstrar se possuía as qualidades que fazem com que qualquer pessoa seja considerada única e extraordinária: não foi um guerreiro valente, nem um estratega hábil, nem sequer um excelente homem de Estado. O seu reinado foi breve e o destino não lhe deu oportunidade para desempenhar o papel de monarca. O jovem soberano abandonou a vida terrena quando tinha entre dezoito e vinte anos, após empunhar o ceptro durante pouco mais de uma década.
Tutankhamon, o único faraó que ainda descansa tranquilamente em Vale dos Reis – importunado apenas pelos milhares de visitantes que todos os anos vão admirar com os sus próprios olhos a pequena câmara funerária do seu túmulo – era, na verdade, um mancebo de rosto muito belo que, por ser tão jovem, não teve oportunidade de desenvolver a experiência necessária para dirigir um grande império como era o egípcio. Contou com a ajuda de colaboradores valiosos como o vizir Ai, mais tarde também faraó, a quem competia tornar as decisões importantes em nome do soberano.
O jovem rei viveu durante um período de grande esplendor da história do povo egípcio, quando a luta se centrou em fazer regressar o país s antigas tradições, abandonadas durante um curto período de tempo de Aton.
A primeira mudança que se verificou relativamente aos anos de reinado de Akhenaton foi a mudança de nome do jovem rei que, de Tutankhaton, ou seja, «Imagem viva de Aton» passou a ser Tutankhamon «Imagem viva de Amon». Motivada por este clima de inovação, t,abém a esposa do faraó, a rainha Ankhesenpaaton alterou o nome que lhe haviam dado os pais, Akhenaton e Nefertiti, pelo de Ankhesenamon. Parece que o faraó tinha a intenção de aproximar a monarquia ao clero de Amon e, depois de morrer Akhenaton, sentiu-se novamente livre para expressar as suas ideias religiosas.
Talvez para apagar a recordação do período amarniano vivido entre parênteses heréticos, o jovem rei – considerado embora com bastantes reticências – filho de Akhenaton e da nobre dama Kia, costumava citar o soberano Amen-hotep III em alguns dos sue documentos oficiais, à semelhança do que fazia seu pai.
Mas, como numa inscrição Tutankhamon chama bisavô e não avô a Tutmés IV, o pai de Amen-hotep III, os historiadores chegaram a pensar que pudesse tratar-se apenas de uma paternidade simbólica, adoptada sobretudo por motivos religiosos. Tutankhamon decidiu abandonar a cidade de Akhetaton para voltar para Tebas, a cidade que voltou a ser capital religiosa do império, passando Mênfis a ser sede administrativa do Estado.
O restauro de Tutankhamon não ficou por aqui. através de um documento que se chama Estrelas do Restauro, datado do primeiro ano de reinado do faraó, sabe-se que se empenhou em devolver o primitivo esplendor aos templos das antigas divindades egípcias que, no período anterior à sua ascensão ao poder tinham sido completamente abandonadas. Os lugares sagrados dedicados aos deuses estavam transformados em ruínas e, como tal, os súbditos do rei receberam directivas muito concretas para restaurarem as edificações, tendo os monumentos atenção similar. Com efeito, Akhenaton ordenou a destruição de muitas estátuas dos deuses e, sob o ceptro de Tutankhamon, foram construídas novamente à imagem do novo soberano. Muitas destas maravilhosas obras de arte que nos permitiram conhecer os rasgos faciais do jovem rei seriam usurpadas por Horemheb, o último faraó da XVIII Dinastia que também se apropriou das Estrelas do Restauro.
Entre as obras que Tutankhamon mandou realizar merecem referência especial as decorações murias levadas a cabo no interior do templo de Luxor, exactamente na grande sala hipostila que foi construída por Amen-hotep III. As cenas imortalizadas pelos artistas da corte de Tutankhamon representam a festa de Opet, uma das manifestações religiosas egípcias mais importantes. No decurso da cerimónia, celebrada uma vezpor ano, o deus Amon deixava o templo de Karnak para visitar a sua esposa que residia no santuário de Luxor. Também estes relevos foram mais tarde usurpados por Horemheb.
O jovem rei também mandou construir monumentos na Núbia: um templo em Faras, outro em Kaua, tendo de igual forma ordenado a conclusão dos leões de Soleb, cuja construção fora iniciada por ordem de Amen-hotep III.
Tutankhamon viria a falecer cerca do ano de 1318 a. C. por causas ainda desconhecidas. Alguns especialistas sugerem a hipótese de uma conspiração palaciana tecida pelo vizir Ai na ânsia de agarrar o poder, uma teia em que o divino soberano terá sido provavelmente a principal vítima. De acordo com estas hipóteses a morte do faraó Tutankhamon teria sido causada por traumatismo craniano. No entanto, a existência de uma ferida já cicatrizada no crânio do defunto faraó faz com que estas suspeitas sejam infundadas.
Outras dúvidas recaem sobre a sepultura do rei. O pequeno e inacabado túmulo não deveria estar destinado ao soberano, mas sim a outra personagem da corte, provavelmente ao seu sucessor Ai. A morada eterna destinada ao faraó Tutankhamon deveria ser a que os trabalhadores escavavam nessa altura no Vale Ocidental e não se encontrava ainda pronta quando este faleceu. Os familiares do soberano, assim como os funcionários reais, viram-se obrigados a preparar à pressa o funeral real, ao mesmo tempo que acomodavam o local para o sono eterno do faraó.
Hoje em dia pensa-se que terá sido o próprio Ai – que, entretanto, passou a ser soberano do Egito – o responsável pela decisão de sepultar o seu antecessor no pequeno túmulo situado no Vale dos Reis, a sepultura que inicialmente tinha sido destinada a dar guarida aos restos mortais do ancião.
Tutankhamon
Tutancâmon, ou Tutankhamon, ou melhor, Tut-ankh-Amon era um faraó da 18ª dinastia quase que desconhecido, cujo nome tinha sido riscado das listas reais. Morreu por volta de 18 anos de idade, em 1352 a.C.
Acredita-se que Nebkheperure Tutancaton tenha sido filho de Amenófis IV (Akhenaton) e sua esposa Neferneferuaten Nefertiti. Sabe-se com certeza que ele viveu no período amarniense, em que a capital do Egito foi transferida para Amarna e a religião adquiriu caráter monoteísta.
Aos dez anos de idade, Tutancâmon teve que começar a reinar um país poderoso e que havia acabado de sair de uma “revolução”. O jovem menino era filho do espirituoso Akhenaton, sendo seu nome Tutancaton; depois que entrou no poder os sacerdotes de Amon obrigaram-no a reinstituir o politeísmo e mudar o nome para Tutancâmon. Era casado com sua irmã Ankhesenaton, que também mudou o nome para Ankhesenamon.
Eles se casaram muito jovens e as cenas e objetos encontrados na tumba mostram o casal em casa, caçando e pescando juntos, e há até cenas de carinho entre ambos.
Trono de ouro: uma das 5000 peças encontradas na tumba do faraó Tutancâmon
Envolta em mistério que se perpetua nos nossos dias, Ankhesenamon perde seu amado e fica a mercê de uma corte com fome de poder, pois a jovem rainha havia tido dois abortos e não tivera mais filhos com Tutancâmon . Os dois pequenos fetos foram embalsamados e depositados na tumba do jovem pai faraó.
Ankhesenamon vendo sua posição real em perigo, escreveu uma carta ao rei Hitita Suppiluliuma, pedindo que enviasse um de seus filhos para que ela pudesse desposá-lo, tornando-o faraó do Egito.
A proposta era tentadora, mas como os Hititas sempre foram grandes rivais do Egito na Antiguidade, foi estranho que Ankhesenamon tomasse tal atitude, a não ser que estivesse realmente desesperada.
Segue abaixo trecho da carta encontrada em fragmentos de documentos Hititas:
“Meu esposo está morto. Eu não tenho filhos. Ele dizem que vós tendes muitos filhos. Se puderes envia-me um de seus filhos e eu farei dele meu esposo .”
O rei Suppiluliuma achou que a carta poderia ser algum tipo de truque. Porque a rainha do tão poderoso Egito estaria se curvando ao seu maior inimigo?
A rainha torna a escrever mais uma vez ao rei Hitita:
“Se eu tivesse um filho, acredita que eu estaria escrevendo a um rei de uma terra estrangeira? Aquele que foi meu esposo está morto. Eu não tenho filhos; não quero tomar nenhum de meus servos como meu marido. Eu escreví somente a seu país e a nenhum outro. Dizem que tendes vários filhos, então envia-me um deles e farei dele o rei do Egito.”
Suppiluliuma finalmente confiou em Ankhesenamon . Enviou então seu quarto filho, Zannanza, para que desposasse a jovem egípicia. Sabe-se somente que o príncipe hitita tinha por volta de vinte e poucos anos, porém ele nunca chegou a terra do Egito. Seu pai recebeu uma carta após alguns dias de sua partida dizendo que Zannanza havia sido assassinado.
O que aconteceu depois?
Só sabemos que Ay, o Sumo-Sacerdote, sucedeu Tutancâmon como rei.
Após toda essa trama palaciana o que sabemos sobre a nossa rainha Ankhesenamon?
O que chegou até nós foi a figura da rainha nas poucas cenas na Tumba de Ay, o que sugere que ela se casou com ele realmente, apesar de Ay já possuir uma primeira esposa e ser como se fosse um servo para a rainha, como Ankhesenamon menciona na carta ao rei hitita.
E depois?
Bem, ela desaparece misteriosamente da história do Egito, não há inscrições em papiros ou em tumbas e templos da época… Nada.
Isso nos faz crer na hipótese de que ela tenha sido morta e que Ay a usou para chegar ao trono.
Mas toda essa trama não lhe rendeu grandes resultados: o velho Ay morreu após três anos no poder. Após sua morte, ele foi substituído pelo chefe militar Horemheb, que, antes, fora General e Conselheiro de Tutancâmon. Ele usurpou os monumentos de Tutancâmon, dos quais raspou o nome do seu predecessor para colocar o seu. Após 26 anos de reinado, cedeu a seu vizir Ramsés I, pai de Set I, avô de Ramsés II.
AS TUMBAS
Os primeiros faraós haviam erguido sobre seus túmulos verdadeiras montanhas de pedra – as pirâmides – já que os egípcios acreditavam que era muito importante que o corpo descansasse em local especialmente preparado para esse fim. Também se tornava necessário fornecer múmia tudo o que fosse necessário a sua viagem para o além, e no caso de personalidades poderosas ainda se colocavam ricos tesouros. Assim, a própria ostentação do monumento era a causa da sua perdição, pois se tornava alvo de saques e destruição.
No início da XVIII dinastia, não existia no Egito uma só tumba real que não tivesse sido violada, o que representava um problema para o faraó que desejasse planejar sua última morada. Por isso, Tutmés I (1545-1515 a.c.) resolveu recorrer à discrição. Para tanto escolheu um vale que possuía proteção natural com difícil acesso que ficou mais tarde conhecido como o Vale dos Reis.
Os faraós que ali procuravam sua vida eterna ficavam sob a proteção de uma montanha com a forma de pirâmide.
O primeiro túmulo foi escavado em rocha viva pelo arquiteto Ineni, que assim relatou sua tarefa nas paredes da capela funerária:
” Supervisionei os trabalhos da tumba de Sua Majestade; só eu, ao resguardo de todos os olhares, ao resguardo de todos os ouvidos.”
Esses trabalhos eram executados por um exército de trabalhadores que com suas famílias residiam numa vila ali perto criada, Der-el-Medina.
Tutmés lançara uma novo plano de habitação aos ricos monarcas de sua dinastia, bem como aos da XIX e os da XX, assim, foram todos enterrados nesse vale.
Decadência
A construção de túmulos secretos não salvou as múmias dos faraós da profanação, pois os ladrões adquiriram experiência e agiam depressa. Durante milênios, bandos organizados procuravam e encontravam os tesouros dos faraós. Portanto, quando no começo do século XIX os arqueólogos começaram as escavações científicas no Vale dos Reis, encontraram somente tumbas saqueadas.
Descoberto pelo arqueólogo inglês Howard Carter em 1922, o túmulo do faraó Tutankhamon é um dos maiores achados arqueológicos da história. A tumba em si não é grande, sendo composta de pequenas salas anexadas, mas a quantidade de artefatos encontrados é de valor inestimável. É a única do Vale dos Reis que ainda abriga a múmia do faraó. Desde a década de 80, no entanto, está fechada ao público.
CURIOSIDADES
Tutancâmon parece ter sido enterrado às pressas em local secreto. O pequeno túmulo, composto de um corredor e de três câmaras, cada uma do tamanho do quarto de um apartamento atual, estava tão atulhado de móveis e objetos de arte que Carter levou quase três anos para chegar à múmia.
Três equipes de peritos – egípcios, franceses e norte-americanos – reconstruíram modelos separados mas semelhantes de como seria o rosto do faraó utilizando imagens de tomografia computadorizada. Os franceses e os egípcios sabiam quem estavam recriando, mas a equipe dos Estados Unidos não foi informada de onde vinha o modelo do crânio analisado.
Busto de madeira encontrado na tumba
Modelo Reconstruído
A múmia de Tutancâmon foi retirada da tumba em janeiro pela primeira vez desde sua descoberta, há mais de 80 anos. Um grupo de cientistas recebeu autorização para passar o faraó por uma sessão de tomografia computadorizada que ajudará a revelar alguns mistérios. Um deles é a causa de sua morte.
Alguns arqueólogos acreditam que Tutancâmon tenha sido assassinado porque objetos em sua tumba indicam que seu sepultamento foi feito às pressas. A tomografia poderia revelar sinais de um eventual golpe, por exemplo, além de ajudar a esclarecer a idade que ele tinha quando morreu (hoje estimada em 17 anos). Uma imagem de raio X tirada em 1969 mostrou fragmentos de ossos no crânio da múmia, mas não permitiu concluir se isso foi a causa da morte. A tomografia oferece nova esperança porque é mais precisa e é capaz de construir imagens tridimensionais.
A hipótese de assassinato surgiu pelo fato de Tutancâmon ter sido o último faraó da dinastia. Após sua morte, ele foi substituído pelo grande sacerdote Ay, e depois pelo chefe militar Horemheb que, após 26 anos de reinado, cedeu a seu vizir Ramsés I.
Em uma das cenas do mural que decora a câmara onde se encontra a tumba, uma das poucas pinturas encontradas no local, pode-se observar o sacerdote, que é identificado pelo uso da pele de animal, praticando o ritual da abertura da boca. Para os arqueólogos isso é bem incomum, pois esse ritual só era efetuado pelo herdeiro do trono.
O que é abertura da boca?
É um ritual que serve pra devolver os sentidos ao morto antes da sua viagem a outra vida… Que estranho,não? Mas a religião do antigo Egito tem os seus encantos.
A MALDIÇÃO DA TUMBA EXISTE ?
A maldição da tumba da múmia do faraó Tutancâmon, que supostamente teria matado muitas das pessoas envolvidas na abertura da tumba do faraó há 80 anos, é um mito.
O British Medical Journal descobriu que, ao contrário da lenda que se criou em torno da múmia de Tutancâmon, a maior parte dos presentes durante a abertura de sua tumba, em 1922, viveu por muito tempo.
“O mito foi quase que certamente gerado por jornais rivais que foram afastados da descoberta do século, quando direitos exclusivos foram dados ao The Times de Londres”, afirmou o autor da pesquisa, Mark Nelson, da Universidade Monash, em Melbourne.
De acordo com o arqueólogo Howard Carter, que liderou a equipe que descobriu a câmara funerária, 25 pessoas estavam presentes quando a tumba foi aberta.
Eles encontraram a múmia do faraó completa com uma máscara de ouro e um tesouro de artefatos de ouro.
A descoberta foi notícia em todo o mundo e fez a arqueologia virar notícia de capa pela primeira vez. Mas quando o patrocinador de Carter, Lord Carnarvon, morreu algumas semanas após a abertura da câmara, nasceu a lenda da maldição. O lord na verdade morreu em conseqüência de uma picada de mosquito e sua saúde nunca foi boa depois que sofreu um grave acidente de carro na Alemanha.
Akhenaton
O Sol de Amarna
Akhenaton
Segundo filho de Amenhotep III com Tiya, o faraó Akhenaton é considerado, por uns, como visionário, revolucionário e idealista; por outros, apenas como herético. Poeta e reformador das artes, a verdade é que ele foi responsável por um dos mais importantes momentos da História do antigo Egito.
É por seu intermédio que pela primeira vez a história da humanidade registra a adoção de um deus único, ou seja, é o primeiro momento conhecido em que o homem adota a figura do monoteísmo. Seu deus Aton era representado fisicamente pelo disco solar.
Fundou uma nova capital, à qual deu o nome de Akhetaton (Horizonte de Aton). Abandona a então capital Tebas, e vai com sua corte habitar a nova cidade-capital, que teve a duração de somente 12 anos aproximadamente.
Akhenaton reinou por cerca de 17 anos, vindo a falecer de forma até agora desconhecida. Embora alguns estudiosos afirmem que sim, até agora não há qualquer dado concreto referente a uma possível descoberta de sua múmia.
Com sua morte, acaba a reforma religiosa, que obteve repercussão no campo artístico e político.
Como conseqüência dessa nova concepção religiosa, o antigo Egito foi palco de uma profunda revolução dos tradicionais cânones artísticos de então, adotando características do realismo e do naturalismo. A partir desse momento, a imagem atlética do faraó é negada, passando então este a ser representado com suas características naturais, às vezes até de forma exagerada, beirando a caricatura. As cenas comuns retratadas referem-se àquelas do seu convívio cotidiano com a família, no palácio ou em adoração ao novo deus Aton.
Casado com Nefertiti, teve seis filhas, sendo que também lhe é atribuída a paternidade de Tutankhaton/Tutankhamon, que seria seu filho com a segunda esposa de nome Kiya.
Reinado
Corpo de Akhenaton
Considerando esse período de reformas, o que mais se destaca com relação às ações de Akhenaton, foi o fato de ele ter tentado popularizar, cerca de 1400 anos antes das idéias de Cristo serem conhecidas, o culto de um deus fundamentado no amor, fonte de vida, criador de toda a natureza. Era Aton, representado pelo disco solar.
Pouco se conhece a respeito da infância de Akhenaton, o “Filho verdadeiro do Rei”. Isso se justifica pelo fato de ele ter tido um irmão mais velho, Tuthmoses, “Filho maior do Rei”, que seria naturalmente escolhido como príncipe sucessor do seu pai no trono do Egito, não fosse a sua morte prematura, cuja razão desconhecemos. Seu irmão mais novo Amenhotep foi então imediatamente elevado à categoria de sucessor. Isto deve ter acontecido aproximadamente por volta do ano 30 do reinado de Amenhotep III, quando foi nomeado co-regente, no jubileu do festival Heb-Sed. Mudou, posteriormente, por volta do ano 5, seu nome para Akhenaton (O espírito útilizado por Aton). Passa a se apresentar então como o único representante do deus Aton aqui na terra.
Os primeiros anos foram passados em Tebas, mas por volta do ano 6, Akhenaton quebra a tradição político-religiosa, mudando a capital do Egito para um local nunca antes pertencido a outro deus, e constrói Akhetaton (O horizonte de Aton).
Aproximadamente no ano 15 do seu reinado nomeia Smenkhkare(Ankhkheperure) como co-regente, que se estabelece em Tebas.
São precárias as informações existentes sobre o desfecho desse período. Sabe-se que Nefertiti, por volta do ano 12, retira-se do cenário, indo residir no palácio chamado “Morada de Aton”, situado ao norte da cidade de Akhetaton. Alguns afirmam que teria sido exilada, não participando mais das atividades comuns do casal solar, tendo sido substituída por sua filha Merytaton. Não se conhece o ano de sua morte.
Também não temos informações seguras quanto ao fim de Akhenaton. Embora tenha sido encontrada sua tumba, em Akhetaton, atual El Amarna, desconhecemos qualquer informação sobre o paradeiro de sua múmia, não havendo nenhuma evidência que possa nos levar a pensar que tenha sido enterrado lá.
Alguns afirmam ser sua múmia uma das achadas na tumba 55 do Vale dos Reis, local que continha vários objetos datados do período amarniano. Ainda não existe uma opinião definitiva quanto a isso, embora evidências arqueológicas podem nos levar também a supor que Akhenaton tenha sido enterrado na sua tumba, pelo menos por certo período de tempo. Fragmentos de seu sarcófago de granito e um vaso canopo podem ser elementos importantes para atestar isso.
Existe um fato muito interessante relacionado a essa tumba: o ângulo de descida do corredor de acesso permite que a luz do sol penetre no seu interior, iluminando a câmara mortuária, onde o corpo do faraó estaria sepultado, dentro do sarcófago.
Tumba de Akhenaton em Amarna
Após a sua morte, seu sucessor foi seu genro Smenkhkare (Ankhkheperure), cujo reinado foi muito curto. Sucedeu-lhe Tutankhaton (Nebkheperure), que também teve uma regência muito curta, chegando inclusive a residir em Akhetaton, permanecendo fiel ao culto atoniano. Entretanto, por algum motivo que desconhecemos, transfere-se para Tebas, mudando seu nome para Tutankhamon. Seu sucessor foi Ay (Kheperkheperure), antigo funcionário da corte de Amarna. Seu reinado de quatro anos foi irrelevante, tendo sido sucedido por Horemheb , antigo “Grande Comandante de Armas” de Akhenaton.
A cidade do sol
Akhetaton, atual Tel El Amarna, foi a cidade construída para ser a nova capital do Antigo Egito, no quarto ano do reinado do faraó Amenhotep IV. Resolvendo abandonar a capital Tebas, construiu a nova capital Akhet-Aton, que significa “Horizonte de Aton”.
Akhenaton escolhe para a construção de sua nova capital um local nunca antes ocupado, localizado na margem direita do Nilo, no médio Egito, em frente à cidade de Hermópolis (Khmounou) cidade do deus Thot. Aproveitou um vasto anfiteatro natural existente numa planície, entre o rio e as montanhas. Delimitou a área da nova cidade com quatorze estelas demarcatórias, atuais fontes para o estudo dos principais acontecimentos ocorridos durante seu reinado. Ampliada durante os 12 anos que seguiram à sua fundação, foi abandonada depois da morte do rei.Estima-se que cerca de 20 000 pessoas chegaram a morar lá.
Os primeiros estudos: Em 1714 o sacerdote jesuíta francês Claude Sicard descreve a primeira estela demarcatória conhecida; entre 1798/99 os membros da expedição de Napoleão elaboram o primeiro mapa de Amarna.
Embora em 1824 esse local já tivesse sido visitado por James Burton, que explorou algumas tumbas já violadas, foi em 1826 que, em companhia de John Gardner Wilkinson realizou trabalhos de reprodução dos painéis e de esboços das tumbas.
Como nesse período os estudos de Champollion relacionados à decifração dos hieróglifos ainda estavam num estágio muito inicial, eles não tiveram condições de identificar o nome da cidade que estavam explorando. Nestor LHôte, acompanhou Champollion em 1828, retornando dez anos depois para continuar seus trabalhos.
Entre 1830 e 1833, Robert Hay com sua equipe, realiza o levantamento das tumbas já abertas, complementado com o estudo de outras ainda desconhecidas. Em 1840, o arqueólogo Prisse dAvennes reproduziu as tumbas localizadas no lado norte. 1842 foi o ano de uma grande expedição originária da Prússia, coordenada por Richard Lepsius, discípulo de Campollion. E assim, nos anos de 1843 e 1845, visitaram Amarna, quando realizaram um extenso levantamento da cidade.
Depois é a vez da França encaminhar uma, em 1883, tendo trabalhado seguidamente até 1902.Escavada por Sir. Flinders Petrie a partir de 1891 tem seus estudos continuados até o presente, realizados por arqueólogos de várias nacionalidades.
Durante a década de oitenta do século passado, vários saques ocorreram em Amarna, com venda para estrangeiros de peças e jóias procedentes desses atos.
Entretanto, foi no ano de 1887 que um achado fortuito chamou atenção para a cidade. Foram descobertas cerca de 300 tabuinhas de argila contendo textos escritos em cuneiforme, trazendo à luz a correspondência diplomática do rei Akhenaton, conhecidas como “As cartas de Amarna”.
Data de 1901 os trabalhos dos copistas nas tumbas do norte de Amarna, destacando-se a presença de Norman de Garis Davies, da Grã-Bretanha. Entre 1907 e 1911 o Instituto Alemão do Oriente, sob a direção de Ludwig Borchardt escavou em Amarna, desenvolvendo um trabalho mais sistematizado. Desses trabalhos resultou no achado do famoso busto da rainha Nefertiti. Esses trabalhos tiveram prosseguimento a partir de 1920, sob a orientação de pesquisadores ingleses.
Em 1931 e 1935 a Sociedade de Exploração do Egito pesquisou o vale e a tumba real, a partir de quando grandes nomes da arqueologia passaram pela sua direção, dentre os quais Sir Leonard Wooley e John Pendlebury. A partir de 1977, essa sociedade, sob a orientação de Barry J. Kemp, realiza pesquisas regulares.
Várias missões foram a Amarna na intenção de recuperar dados que subsidiem o entendimento desse período ímpar na história do Egito.
Nomes como o de Donald Redford, da Universidade de Toronto, por exemplo, servem de referência para os estudiosos do período amarniano.
Família Real
PAI – o faraó Amenhotep III.
MÃE – Tiye, a esposa principal do faraó Amenhotep III.
ESPOSA
Nefer-Neferu-Aton Nefertiti(Bela como a beleza de Aton .
A Bela que chegou); seu pai possivelmente tenha sido AY e sua mãe Tey, esposa de Ay. Entretanto, nunca foi encontrada nenhuma referência a Tey como “Mãe real da Esposa Consorte do Rei”, mas somente como “ama” ou “governanta”. Talvez Nefertiti tenha pertencido à família de Yuya e Tuyu, pais de Tiye, mãe de Akhenaton e esposa de Amenhotep III. Foi elevada ao posto de co-regente com seu marido, quando então seu nome passou a ser substituído pelo de sua filha Merytaton. Provavelmente Nefertiti tenha morrido entre os anos 12 e 14 do reinado de Akhenaton. Do seu sepultamento só foi encontrado um fragmento de “ushabti” feito de alabastro, que continha um cartucho com seu nome. Esse fragmento foi achado na tumba real de Amarna, nos primeiros anos da década de 1930. Os últimos estudos consideram a hipótese de que, muitos objetos achados na Tumba de Tutankhamon tenham pertencido à sua tumba.
Nefertiti
IRMÃO – Tuthmoses, irmão mais velho, herdeiro do trono, foi em razão do seu falecimento que Akhenaton assumiu a coroa do Egito.
IRMÃS – Satamon, Baketaton, dentre outras.
FILHAS – Merytaton, nascida por volta dos anos 2 e 4 do reinado de Akhenaton e casada com Smenkhare; Meketaton, nascida por volta dos anos 3 e 5, tudo indica que morreu ainda criança; Ankhesenpaaton, nascida por volta dos anos 5 e 6, casada com Tutankhaton e mais tarde com Aye, morrendo logo no início do reinado desse faraó. Com ela foi encerrada a linhagem sanguínea direta da família amarniana; Neferneferuaton Tasherit, nascida por volta dos anos 7 e 8, tudo indica que morreu durante o reinado de Akhenaton; Neferneferure, nascida talvez entre os anos 8 e 9, vindo a morrer entre os anos 13 e 14; Setepenre, última filha do faraó com Nefertiti, nascida talvez entre os anos 9 e 10, vindo a falecer por volta do ano 13.
SEGUNDA ESPOSA
Kiya, chamada de “A grande amada”, tendo ganho um belo jardim, que foi para ela construído a mando de Akhenaton.
O seguinte texto foi retirado de seu sarcófago: “Possa eu respirar o doce ar que sai de tua boca. Possa eu ver tua beleza diariamente – essa é a minha súplica!
Possa eu ouvir tua doce voz no vento do norte. Possa meu corpo tornar-se mais vigoroso através do teu amor. Que tu possas me dar as tuas mãos, portadoras do teu alimento, sendo que eu o recebo e dele vivo. Que tu sempre chames o meu nome, e que teus lábios não venham a falhar.”
Kyia
Nefertiti e Akhenaton
Akhenaton
Arqueólogos e historiadores continuam a especular sobre o período de Amarna do Egito, que abrangeu os anos de cerca de 1369 a 1344 a. C.
O período refere-se ao Faraó Akhenaton e sua bela mulher e rainha, Nefertiti. Corriam, na época, os anos finais da Décima Oitava Dinastia, quando aquele faraó teve a revelação de se devotar a um só deus, Aton, e atreveu-se a mostrar sua convicção. No esforço para difundir a nova crença ao povo, apenas conseguiu, daí por diante, ser conhecido como o herege.
Remanescentes deste e de outros períodos importantes da história do Egito Antigo continuam a ser investigados e reavaliados.
O que se chamou de Período de Amarna abrangeu no máximo o espaço de alguns anos; mas foi alvo de um interesse dos historiadores e do público que se podia comparar ao dedicado ao Período das Pirâmides de mais de mil anos antes. Akhenaton era uma pessoa controvertida e idealista que deixou com sua presença uma marca indelével na história do mundo.
Esse faraó resolveu introduzir o conceito monoteísta, a crença em um só deus. Parece que ele achava ter chegado o momento de seu povo ter nova religião, e, no intuito de estabelecer essa idéia, procurou desviar do povo o culto aos muitos deuses e levá-lo a devotar-se a um só.
Achava também que o poder dos sacerdotes sobre o povo e os reis devia sofrer restrições e nova orientação.
A Décima Oitava Dinastia teve início por volta de 1570 a. C. e produziu muitos faraós brilhantes, entre os quais Ahmoses, Tutmosis III, Amenhotep III e, naturalmente, a Rainha Hatshepsut. Tutmosis III muitas vezes conduziu o exército até a Síria e ao vasto deserto no noroeste, conseguiu dominar as cidades dos estados vassalos, e derrotar o rei hitita em Kadesh. Tebas tornara-se a mais rica e mais poderosa cidade da terra.
Os tesouros do templo do deus Amon em Karnak estavam repletos de ouro, prata, bronze, cobre e pedras semipreciosas trazidas pelos guerreiros cruzados, Os estados vassalos continuaram a enviar seu tributo anual ao faraó. A mais antiga civilização do mundo estava mais gloriosa que nunca. O deus Amon em Karnak fora igualado ao deus-sol Ra. Os pastores que a invadiram, os hicsos, haviam sido expulsos.
Após os triunfos de Tutmosis III, reinou a paz na terra. A riqueza das províncias conquistadas fluíam para Karnak, em Tebas. O poderio dos sacerdotes, guardiães dos tesouros do templo, quase que se poderia comparar ao do faraó. Sob o reinado de Amenhotep III continuou imperando uma paz suntuosa. Acredita-se agora que Amenhotep sentia-se preocupado com o crescente poder do sacerdócio de Amon e tornou a favorecer o deus-sol Ra, que fora adorado pelos reis do Antigo Reino. Ra era às vezes chamado de Aton, que significava o disco solar físico, o centro de um deus.
No quarto ano de reinado de Amenhotep III, a Rainha Tiy deu-lhe um filho que recebeu o nome de Amenhotep IV. Aos vinte e um anos, este casou-se com a bela Nefertiti, que talvez fosse sua meia-irmã. Ela Também pode ter sido filha de Aye, sacerdote do Templo de Amon, em Karnak, cuja mulher também se chamava Tiy. Mas alguns estudiosos acreditam que Nefertiti era filha de Dushratta, rei de Mitani (o que é mais provável).
No festival Sed de Amenhotep III, quando celebrou seu trigésimo ano de faraó, ele nomeou o filho co-regente. John A. Wilson diz que o jovem príncipe foi associado ao pai no trono como co-regente. Em Tebas, eles reinaram juntos por quatro anos. Tal como o pai, Amenhotep IV sentia que era preciso compensar o poder de Amon, havendo também a necessidade de um deus universal que fosse reconhecido não só no Egito mas também nas províncias estrangeiras. E assim talvez a fidelidade dos povos submetidos pudesse ser mantida sem ser necessária a freqüente demonstração de força do exército.
Segundo a opinião dos pesquisadores, em sua maioria, Amenhotep III morreu no quarto ano da co-regência. Assim, nessa ocasião, Amenhotep IV começou a construir nova cidade e capital a cerca de 380 km ao norte de Tebas, num local virgem da margem leste do Nilo. Dois anos depois, com Nefertiti, deixou Tebas e estabeleceu-se com a corte na nova capital, à qual deu o nome de Akhetaton, “o horizonte de Aton”. Conhecemos suas ruínas hoje pelo nome de Tell el-Amarna.
Ali construiu ele seu grande templo, um edifício sem telhado, cujo santuário ficava aberto aos céus — a Aton. Em contraste, os templos de Amon-Ra eram cobertos com telhados e o santuário localizava-se nas partes mais internas e escuras do prédio.
O famoso decreto que instalou a nova religião em Akhetaton, tinha uma declaração solene: “Este é meu juramento verdadeiro, que é de meu desejo pronunciar, e do qual jamais direi: é falso; eternamente, para sempre.”
Amenhotep IV e Nefertiti permaneceram em Akhetaton durante onze anos, rodeados pelos funcionários e nobres da corte, que mandaram fazer túmulos para si nas colinas a leste da cidade. Neste túmulos há inscrições que nos falam da vida em Akhetaton, com referência a um só deus, Aton, cujo poder vivificante, simbolizado pelo disco solar, é irradiado pelos seus incontáveis braços e mãos.
Quando Amenhotep IV rompeu com os sacerdotes de Amon, em Karnak, mudou seu nome para Akhenaton, que significa “a glória de Aton”, “vivendo em Maat — a verdade”. Em cada túmulo há uma representação do disco solar de onde descem raios, cada um com a extremidade em forma de mão humana, que às vezes toca figuras também humanas. O nome Nefertiti significa “a bela mulher chegou”, “deslumbrante é a beleza de Aton”.
Aye, que talvez fosse o pai de Nefertiti, transferira-se para a nova cidade e se tornara nobre da corte. A nova religião encerrava o amor ao belo na natureza e na arte. Foi ali que Akhenaton compôs seu grande hino, de um tema único, um objeto de culto — o Aton — e com simplicidade revela sua filosofia religiosa. Hoje, os historiadores acreditam que o conceito referia-se não só ao disco solar físico mas também ao seu poder criador de vida. A fé de Aton não era apenas política; era sobretudo religiosa. Em sua convicção, Akhenaton declarou que Ra, o sol, era uma manifestação física, ou símbolo, do Deus único — o símbolo da própria vida. E o culto do sol como um deus mudou para o culto de Deus, simbolizado pelo sol, cuja essência “existe por toda parte e em tudo”.
Não há dúvida alguma de que Akhenaton tinha o apoio integral de Nefertiti para a nova religião, o novo conceito de monoteísmo. Na verdade, parece que ela superava em seu entusiasmo nessa crença. A única preocupação de Akhenaton e Nefertiti parece ter sido a devoção à sua religião e os cuidados com a nova cidade. As necessidades materiais do país ficaram um tanto negligenciadas. Não se dava atenção a conquistas ou guerras. Em Akhetaton, Akhenaton dedicava-se ao seu grande ideal. Ele era de fato um revolucionário em termos de religião; queria libertar o povo da magia e da superstição primitivas e do culto aos muitos deuses.deuses.
Começaram a surgir dificuldades nas províncias do norte. Vieram pedidos de ajuda escritos em plaquetas de argila em caracteres cuneiformes. É de duvidar que ele as tivesse recebido e o mais provável é que fossem interceptadas por traidores da sua corte. Também parece não existirem registros de que tenham obtido resposta. As províncias estavam sendo atacadas. Akhenaton, o poeta e místico, prosseguia em seu objetivo de derrubar a fé politeísta dos seus antepassados. As plaquetas, uma grande quantidade delas encontradas na cidade de Akhetaton — mais tarde chamada Tell el-Amarna pelos árabes — , foram descobertas em 1887. Elas revelam que os governantes já trocavam correspondência diplomática. Estas plaquetas são conhecidas como as Cartas de Amarna. O idioma diplomático usado nessas comunicações era conhecido como cuneiforme babilônico.
Havia cartas-plaquetas de estados vassalos como a Síria, Babilônia e Mitani. Os hititas, oriundos da atual Turquia, avançaram para o sul e deram início ao ataque às cidades leais ao faraó. Seus governadores escrevera-lhe pedindo apoio militar.
Não houve ajuda. A intriga, por certo bastante disseminada, jamais permitiu que as cartas chegassem às mãos de Akhenaton. Ao propor a devoção a Aton, não deixava de se preocupar com o poderio de Amon-Ra em Tebas, e enviou emissários por toda a terra para eliminar o nome deste deus onde quer que aparecesse escrito. Ele não ignorava que havia muita inquietação e confusão; parece que os que viviam fora de Akhetaton não aceitava a nova crença.
Não há dúvida de que Nefertiti, como o próprio Akhenaton, era intensamente dedicada à religião de Aton. Talvez como qualquer idealista, ela jamais pensasse num meio-termo. Parece, porém, que Akhenaton procurou reunir o povo por meio de um compromisso. Sabe-se que após o décimo quarto ano do seu reinado, sua mulher, Nefertiti, deixou o palácio da cidade de Akhetaton e mudou-se para o chamado Palácio do Norte, cerca de uns dois quilômetros de distância.
Nessa época, a filha maior, Maritaton, casou-se com um meio-irmão de Akhenaton, Semencaré, Também conhecido como Sakere. Foram juntos para Tebas, onde Semencaré reinou como co-regente. Akhenaton permaneceu em Akhetaton. É provável que Semencaré e Maritaton tenham partido por insistência de Akhenaton, que acreditava que os sacerdotes poderiam ser influenciados a abalar seu poder. Talvez este fosse um esforço para enfraquecer o poderio de Amon-Ra. Se esta era a intenção, não deu certo. No terceiro ano da sua co-regência, Semencaré começou a restaurar uma forma de culto a Amon-Ra, em Tebas. Isto pode ter sido parte do acordo do faraó e pode, também, ter significado uma cisão na corte, com uma facção que insistia no completo retorno a Tebas.
Akhenaton morreu aos quarenta e um anos de idade, no décimo sétimo ano do seu reinado, conforme se constatou. Seu corpo jamais foi encontrado. Há alguns anos, pensou-se que era sua a múmia descoberta perto do túmulo de Tutankhamon, mas verificou-se que não. Ela seria talvez de seu meio-irmão, Semencaré.
Não se sabe como Akhenaton morreu (?). Parece que Semencaré morreu em Tebas na mesma época. Há alguns anos, acreditava-se que Akhenaton subiu ao trono ainda na adolescência e morreu por volta dos trinta anos. Sabe-se agora, no entanto, que estes dados não são corretos. Ele tornou-se faraó quando contava talvez vinte e quatro anos.
Ao mudar-se para o Palácio do Norte, Nefertiti levou consigo outro meio-irmão mais novo de Akhenaton, Tutankaton, que era apenas um menino. Nefertiti providenciou imediatamente o casamento de sua terceira filha, Anksenpaaton, com Tutankaton. A Segunda filha, Meketaton, morrera. Isto legitimava a ascensão de Tutankaton ao trono, que por costume e tradição tinha de ser pela linha feminina. Tutankaton e Anksenpaaton eram crianças ainda. Ele reinou em Akhetaton por muito pouco tempo e logo foi obrigado ou persuadido a voltar à capital ancestral de Tebas e a adotar novo nome, Tutankhamon. A esposa mudou o seu para Anksenamon.
Seu túmulo continha o símbolo de Aton, o disco solar com raios descendentes. Assim, claro que ele devia adotar a religião de Aton quando subiu ao trono. É provável que Nefertiti tenha morrido nessa época, mas seu corpo também jamais foi encontrado (é evidente que deve ter havido uma conspiração para eliminar Akhenaton e sua bela esposa, Nefertiti). Seu busto magnífico esculpido, que se pôde ver em Tell el-Amarna, comprova sua incomparável beleza. Esse busto encontra-se atualmente no Museu de Berlim.
Já não existia o desejo ou a força de incutir a crença em Aton. Os sacerdotes de Amon-Ra, de Tebas, logo recuperaram todo o poder e a antiga religião foi restabelecida. Despacharam-se emissários por todo o país para apagar dos monumentos o nome do rei herege. Nas paredes dos túmulos situados em Tell el-Amarna e também nas do túmulo do vizir, Ramoses, no Vale dos Reis, encontram-se reminiscências de desfiguração das representações de Akhenaton e de Nefertiti, executada pelos defensores do sacerdócio de Amon-Ra do Templo de Karnak, após a morte de Akhenaton. Parece que a desfiguração de todos os monumentos a ele relacionados foi feita em todo o país.
A cidade de Akhetaton foi abandonada e caiu em ruínas. Anksenamon precisava de um marido para ficar a seu lado como rei; ela via os cortesãos intrigando ao seu redor sequiosos de poder. Então escreveu ao rei hitita pedindo que lhe enviasse um dos filhos para ser seu marido e rei. A solicitação foi atendida, mas o pretendente jamais chegou a Tebas, pois a intriga cuidara da sua eliminação.
O antigo primeiro-ministro de Akhenaton, Aye, agora aparece na História como o faraó seguinte. Aye subiu ao trono por ser pai (?) de Nefertiti. Tutankhamon, o último descendente da família, morreu por volta de 1344 a. C. A Décima Oitava Dinastia logo chegou ao fim. Após a breve reinado de Aye, Horemheb segundo consta tomou o trono, reivindicando-o através do casamento com a irmã de Akhenaton, Beketaton. Quando Horemheb, um militar oportunista, apossou-se do trono, logo restaurou a supremacia do deus tebano, Amon-Ra.
Algumas das opiniões dadas acima foram apresentadas por arqueólogos, John Pendlebury e H. W. Fairman, e pelo famoso escritor e historiador, Leonard Cottrell.
O período da Amarna criou nova arte, uma arte de puro realismo. O antigo estilo formal da escultura e da pintura foi relegado. Akhenaton, Nefertiti e a família não eram representados como deuses, mas como seres humanos e devoção humana. Por qualquer razão, Akhenaton permitiu que seus defeitos físicos fossem destacados no realismo da arte do seu tempo. Ele e a esposa tiveram seis filhas, e Akhenaton e Nefertiti se identificavam nas atitudes e comungavam o mesmo ideal de viver em prol da beleza e da verdade.
A luz da filosofia religiosa de Akhenaton brilhou por tão pouco tempo, mas não apagou. Ela continuou ardendo baixo, para reavivar-se nas futuras gerações de gente esclarecida nos séculos de uma era posterior. O Deus único de Akhenaton até hoje continuou a enviar seus raios.
O Esplendor de Aton
“Numerosas são todas as tuas obras! Elas nos estão ocultas, Ó, Tu, Deus único, cujos poderes nenhum outro possui.” Estas são palavras de beleza e significação, palavras que uma ou outra vez sem duvida já ouvimos ou lemos.
Somos inclinados a pensar que a literatura inspirada é de origem relativamente recente, e também a crer que havia pouca ou nenhuma literatura bela ou significativa antes da compilação da Bíblia. Entretanto, após a descoberta, e eventual tradução, da Pedra de Rosetta, os arqueólogos puderam determinar a importância dos caracteres hieroglíficos que são as palavras de um importante rei egípcio, cujo significado eles consideravam digno da melhor literatura.
Referimo-nos aos hinos gravados nas paredes das capelas-túmulos de pedra, da Décima Oitava Dinastia, o período do reinado do faraó que viveu há mais de três mil anos. Os dois hinos referem-se a Aton e foram compostos pelo rei para suas devoções pessoais ou para os serviços e cerimônias que se realizavam no seu templo. Os hinos em geral são conhecidos como “Louvor a Aton pelo Rei Akhenaton e Rainha Nefertiti”.
Observou-se que existe notável semelhança entre os hinos egípcios e o Salmo 104 dos hebreus. As palavras dos hinos são de Akhenaton, o rei egípcio que governou com sua bela mulher, Nefertiti, de 1367 a 1353 a. C.
Sob a orientação dos sacerdotes dos faraós, o povo do Egito adorava uma multiplicidade de deuses. Quando Amenhotep IV tornou-se rei, estava preocupado com a existência de tantos deuses, sobretudo com o deus-sol Aton. No seu reinado, Aton tornou-se o senhor do sol e o calor vital do sol foi deificado. Dizia-se que Aton era atuante por toda parte através dos seus raios, e seu símbolo era o disco nos céus. Dele, os raios divergentes desciam para a terra, com as extremidades em forma de mãos. Cada mão segurava o símbolo da vida, a cruz ansata (o ankh). Havia extraordinária simbologia nisto, pois representava o poder divino do Deus Supremo. O sol passou a ser o símbolo da divindade. Não era um deus ou um ídolo mas um símbolo físico que representava Aton. Na época em que viveu, Amenhotep teria pouco ou nenhum conhecimento dos aspectos físicos e químicos do sol.
Tebas tornou-se a “Cidade do Brilho de Aton”. Aton ficou sendo não só o Deus supremo mas o deus do império.
Três cidades foram fundadas para representar as três divisões do Império que eram: Egito, Núbia e Ásia. Várias centenas de quilômetros ao sul de Tebas, Akhenaton construiu sua nova cidade santa dedicada a Aton, dando-lhe o nome de Akhetaton — “O Horizonte de Aton”.
Assim, Amenhotep IV, agora Akhenaton, esforçava-se por fazer com que o povo aceitasse sua doutrina ou filosofia.
Uma pessoa que respeitava seus ensinamentos disse: “Como é próspero aquele que ouve teus ensinamentos de vida”. Seus súditos achavam que percebiam uma relação definida entre Akhenaton e Aton, o deus supremo.
Através de revelações, na certa experimentadas durante seus períodos de meditação, Akhenaton compôs os hinos a Aton. Além do que é mencionado aqui, existem sem dúvidas muitos belos hinos de Akhenaton que se perderam.
Em um ou mais dos seus hinos encontramos as palavras: “Ó, tu, Deus único, incomparável”.
Akhenaton deu novo espírito ao Egito. Esforçou-se para que o novo ensinamento superasse o antigo tradicionalismo. Não há dúvida de que ele era capaz de meditação profunda e séria; compreendeu a idéia do Criador, do Criador da Natureza; viu o propósito benéfico em tudo o que fora criado; tinha uma percepção clara do poder e da beneficência de Deus. Sem dúvida, Akhenaton atribuía certa dose de retidão ao caráter de Deus e achava que esta devia refletir-se no caráter dos homens.
A palavra verdade surge muitas vezes nos hinos de Akhenaton, preservados em escrita hieroglífica.
Ao próprio nome ele acrescentou: “Vivendo na Verdade”.
Não há dúvida quanto à intenção desta frase. Ele viveu uma vida aberta e franca, e a verdade, para ele, era indubitavelmente aplicada, pelo menos em parte, na sua aceitação dos fatos cotidianos da existência. Seu reinado deu origem a uma nova arte; os artistas da sua corte, com pincel e cinzéis, deixaram-nos o realismo simples e belo que viam na vida animal. Essa arte reproduzia parte da verdade que Akhenaton viveu.
Em A História do Egito, James Henry Breasted escreveu: “Ele baseou a soberania universal de Deus em seu cuidado paternal dedicado a todos os homens, independente de raça ou nacionalidade; e para o egípcio orgulhoso e exclusivista ele mostrou as maravilhas universais do pai comum da humanidade… É este aspecto do espírito de Akhenaton que é particularmente extraordinário; ele foi o primeiro profeta da História”. Procurou voltar à natureza; reconhecer a bondade e a beleza encontradas nela. Procurou resolver o seu mistério que, como disse Breasted:“acrescenta apenas o elemento adequado de misticismo nessa fé”.
Com referência à filosofia religiosa de Akhenaton, Sir Flinders Petrie, em sua História do Egito, disse que “esta não poderia ser logicamente aperfeiçoada na atualidade”. Para os sacerdotes, Akhenaton era conhecido como fanático; chegou mesmo a ser chamado de “o criminoso de Akhetaton”.
Com a morte de Akhenaton, o antigo sacerdócio de Amon recuperou o controle; a antiga religião foi restabelecida, a religião dos inúmeros deuses. Mas a evolução de Akhenaton e seu reconhecimento da verdade, como ele a viu, de um deus supremo como ele o compreendia, deixara marca indelével na história do mundo. Era o esclarecimento trazido à humanidade há mais de três mil anos. Seu aparecimento no horizonte do seu tempo deixou um sinal que jamais se apagará.
Breasted, um dos mais famosos egiptólogos do mundo, escreveu que Akhenaton, destemido, enfrentou a tradição “para que pudesse disseminar idéias que ficavam muito além e acima da capacidade de compreensão da sua época… O mundo moderno ainda está por avaliar adequadamente, ou mesmo familiarizar-se com esse homem que, num período tão remoto e em condições tão adversas, tornou-se o primeiro idealista do mundo, o primeiro indivíduo do mundo”.
É interessante que hoje em dia a atenção do público se volte para Akhenaton e o período do seu reinado. Um belo filme, que tornou-se um clássico, com o título de O Egípcio, inspirado no livro do mesmo nome, de Mika Waltari, é exemplo desse interesse. Muitas outras obras foram escritas por Akhenaton.
Como dissemos, os hinos de Akhenaton são considerados literatura da melhor qualidade; eles talvez sejam monumentais na sua magnificência e continuarão a existir, tal como as paredes de pedra do Egito onde foram esculpidos.
Na opinião deste autor, alguns dos versos mais significativos e belos dos seus hinos (eles eram divididos em estrofes e começavam com “O Esplendor de Aton”) são:
Teu alvorecer é belo no horizonte do céu,
, Aton vivo, Começo da vida!
Quando surges no horizonte oriental do céu,
Enches toda a terra com tua beleza;
Pois és belo, grande…
Teus raios cobrem as terras,
E tudo o que criaste…
Tu és Ra…
Tu os unes pelo teu amor.
Embora estejas distante, teus raios estão na terra…
Luminosa é a terra.
Quando surges no horizonte,
Quando brilhas como Aton durante o dia.
As trevas são banidas,
Quando lanças teus raios…
Eles vivem quando brilhas sobre eles.Excelentes são os teus desígnios, Ó, Senhor da eternidade!…
Pois teus raios nutrem todos os jardins,
Quando surges, eles vivem, e crescem por ti.
Fazes as estações do ano para criar todas as tuas obras;…
Para contemplar tudo o que criaste…Tu estás em meu coração,
Nenhum outro que te conhece…
Tu o tornaste sábio em teu desígnios
E em teu poder.
O mundo está em tuas mãos,
Como o criaste…
Pois tu és duração…
Por ti o homem vive,
E seus olhos contemplam tua beleza…
Vivendo e florescendo para todo o sempre.
Numerosas são todas as tuas obras”
Elas nos estão ocultas,
, tu, Deus único,
Cujos poderes nenhum outro possui.
Akhenaton
AKHENATON – MISTÉRIO E CORAGEM
A civilização de Amenófis III e o poder de Tebas
A originalidade da obra empreendida por Akhenaton não é contestável, seja qual for o limite que cada historiador queira colocar. No entanto, é preciso entender a realidade do meio em que ele surgiu para melhor avaliar sua caminhada.
Seu pai, o faraó Amenófis III, começa a reinar por volta de 1.408 a.C. Seu governo se estenderá sobre um Egito fabulosamente rico que conhece seu verdadeiro apogeu. O prestígio das Duas Terras, nome tradicional do Egito, é imenso, tanto pela qualidade da civilização, quanto pelo poderio militar. A corte de Amenófis III apresenta um padrão de dignidade muito acima da média e, durante seu reinado, as artes, a arquitetura e as ciências recebem por parte do faraó uma atenção especial.
Sendo um enamorado da beleza, Amenófis III traz para a cultura egípcia elementos da cultura de outros povos com os quais mantém intercâmbio diplomático. Seu reinado porém, esbarra com dois problemas. O primeiro é a ascensão do poder militar dos hititas, que não recebem do faraó a devida atenção gerando, ao longo dos anos, grande inquietação interna e a desconfiança dos países aliados. O segundo é o grande poderio dos sacerdotes de Tebas, que não aceitam a forma centralizadora da administração adotada pelo faraó. Com efeito, Tebas é a cidade santa do deus Amon, O Oculto.
Funcionando como um verdadeiro Estado dentro do Estado, e com o Sumo Sacerdote com poderes de rei, são freqüentes as situações de confronto com o faraó, uma vez que criar e alijar reis era hábito dos sacerdotes de Amon. Neste meio, envolvido pela arte e a beleza, pelos temores da guerra e pelas tensões geradas pelo clero, nasce e cresce o futuro faraó Amenófis IV.
Descobrir Akhenaton é o mesmo que trazer à evidência um tipo de homem que busca ter uma visão do universo, colocando seus ideais acima das circunstâncias materiais e políticas. Sua vida apresenta aspectos de uma procura que podemos qualificar como iniciática. Ela abre nosso coração para uma luz maior e enriquece-nos com uma experiência de grande coragem de alguém que acreditou em seu sentir.
A família e a educação
A formação do jovem Amenófis IV teve forte e positiva participação de seus pais, o faraó Amenófis III e a rainha Tii, um casal que a história registra como sendo de rara inteligência e com princípios morais elevados. Seu pai, homem de pulso forte, soube se fazer cercar de sábios que o assessoravam no governo do Egito e demonstrou grande capacidade de conquistar pacificamente o apoio dos países vizinhos.
Demonstrou também coragem para romper com algumas tradições impostas ao faraó, dentre elas, a de se casar com uma mulher sem origem na realeza, mas sim de origem modesta. O faraó idealizava a formação de uma religião universalista, privilegiando em seu reinado o culto de Aton, apesar da forte influência de Tebas e seu deus Amon, o que certamente influenciou em muito a formação do pensamento de Akhenaton. Mais tarde, ainda vivo e durante o reinado de seu filho, Amenófis III apoiou as mudanças profundas promovidas por ele.
Sua mãe, a plebéia Tii, foi personalidade marcante da história do Egito, participando ativamente das grandes decisões políticas sendo que, em certos casos, chegou mesmo a desencadeá-las. Tii leva uma vida apaixonante e não descansa jamais, sendo vista constantemente nas manifestações públicas ao lado do rei, fato este que era inusitado na história do Egito. Segundo muitos historiadores, foi ela quem preparou todo o caminho para a chegada do filho ao poder.
Além dos pais, dentre os sábios que conviviam com o faraó, houve um de especial importância para o jovem Amenófis. Trata-se de Amenhotep, considerado um dos maiores sábios do Egito e que foi o grande educador do futuro faraó. Amenhotep era um homem que defendia ser fundamental acionar as idéias e conhecimentos de cada um, sem o que de nada valia o conhecimento para o homem. Esta posição foi fundamental na formação de Akhenaton, que possuía, desde jovem, grande tendência mística, e que encontrou em em seu preceptor Amenhotep o conhecimento necessário para buscar o equilíbrio de suas ações.
Início do Reinado
Amenófis IV – que mais tarde ficou conhecido como Akhenaton – foi coroado faraó aos 15 anos de idade, assumindo o poder e co-regência com seu pai, numa época em que Egito vivia uma situação interna tranqüila e de grande prosperidade. Seu reinado durou 13 anos (1.370 à 1.357 a.C.). Amenófis III morreu no 12o ano do reinado de Akhenaton.
Durante os oito anos do período de co-regência, Amenófis III pode passar ao filho toda sua experiência e também servir de apoio para as grandes mudanças promovidas por ele. É o pai também quem controla a impetuosidade do filho, evitando um confronto com o clero de Tebas antes que tivessem sido lançadas as bases da “revolução amarniana”. O jovem Amenófis IV acredita que um ideal justo sempre triunfa, mas aprende com o pai a ser paciente.
Sua mãe, que viveu durante os seis primeiros anos de seu reinado, foi responsável pela estruturação das tendências místicas de Amenófis IV, fazendo com que ele se aproximasse da parte do clero que estava ligada aos antigos cultos do Egito, onde Aton era o deus maior.
Assim, durante os quatro primeiros anos de seu reinado, Amenófis IV vai, lentamente, se afastando de Tebas e amadurecendo a idéia de um Deus universal. Ao final deste período, ele inicia a grande revolução. Proclama sua intenção de realizar a cerimônia religiosa de regeneração – denominada “festa-sed” na qual o faraó “se recarrega”.
Para este ritual mágico, manda construir um templo para Aton e adota o nome de Akhenaton, o filho do sol. O significado destes atos é profundo dentro da cultura egípcia. O faraó indicava claramente que Aton passava à condição de deus do Egito, rompendo com os sacerdotes de Tebas.
No templo de Aton, pela primeira vez, o deus não tinha rosto, sendo representado pelo Disco Solar. Aton era o sol que iluminava a vida de todos. Imediatamente passa a ser conhecido como o faraó herético.
Akhenaton e sua esposa Nefertiti
Não se pode entender a obra de Akhenaton sem se conhecer a figura de sua esposa, Nefertiti, a bela que chegou, bem como a figura de seus pais e Amenhotep. Segundo os historiadores, era uma mulher de rara beleza. Nefertiti, egípcia, pertencia a uma grande família nobre. Não seria ela, no entanto, quem o futuro faraó deveria desposar, o que novamente indica a independência da família real em relação aos usos e costumes impostos à corte.
O casamento, porém, se deu quando Amenófis IV tinha, aproximadamente 12 anos, sendo que Nefertiti era ainda mais jovem que ele. Akhenaton e Nefertiti acabaram por transformar seu casamento estatal em um casamento de amor. São muitas as cenas de arte que retratam o relacionamento carinhoso entre eles, o que, por si só, mostra a intensidade deste relacionamento, uma vez que não era comum na arte egípcia a expressão destes sentimentos. Com efeito, Akhenaton e Nefertiti são, até hoje, citados como exemplo de um dos casais românticos mais famosos da história.
Do mesmo modo de Tii, Nefertiti era muito mais que uma esposa e mãe, embora preenchesse perfeitamente estas funções. Foi também uma das cabeças pensantes da civilização amarniana, como ficou conhecida a obra de Akhenaton. Sob sua doçura e fascínio, ocultava uma vontade de impiedoso rigor. Grã-sacerdotiza do culto de Aton, Nefertiti dirigia o clero feminino e nesta função conquistou o carinho e a admiração do povo. Soube canalizar este sentimento popular de modo a fortalecer o carisma de seu marido diante do Egito. Viveu com o mesmo ardor de Akhenaton a nova espiritualidade.
O casal teve seis filhas e nenhum filho. Quando do declínio da saúde de Akhenaton, foi Nefertiti quem preparou sua sucessão. Segundo os historiadores, foi ela quem preparou o jovem Tut-ankh-Aton para ocupar o trono, que mais tarde reinou sob o nome de Tut-ankh-Amon. No espírito de Nefertiti, este era o único meio de preservar a continuidade monárquica e de garantir um necessário retorno ordem.
Akhenaton – o Edificador
A idéia do deus único e universal foi se tornando cada vez mais consistente para Akhenaton. Com sabedoria e coragem, ele foi dando passos firmes para a construção de seu propósito. Era preciso materializar a idéia. Durante o quarto ano de seu reinado, Akhenaton definiu o local onde seria erguida a nova cidade.
Sua escolha não se deu ao acaso, mas dentro de todo um simbolismo coerente com a nova doutrina.
A cidade se chamaria Tell el Amarna que significa O Horizonte de Aton, portanto, A Cidade do Sol. Estava localizada perto do Nilo, portanto, perto da linha da vida do Egito e a meio caminho entre Mênfis e Tebas, ou seja, simbolicamente seria o ponto de equilíbrio entre o mundo material e o mundo espiritual.
Ao todo foram quatro anos para a construção de Amarna com 8 km de comprimento e largura máxima de 1,5 km, com ruas grandes e largas, paralelas ao Nilo.
Apenas no sexto ano é que ele anuncia oficialmente a fundação da cidade de Amarna.
A proclamação recebeu integral apoio do clero de Heliópolis. Amarna passava a ser a nova cidade teológica onde seria adorado um deus solar, único. Com a construção de Amarna, num local em que o homem jamais havia trabalhado, Akhenaton prova que não é um místico sonhador, mas alguém compromissado em construir seus ideais, disposto a fazer uma nova era de consciência de Deus.
Amarna não é uma cidade comum, mas o símbolo de uma nova forma de civilização, onde as relações humanas, desde a religião até a economia, achavam-se modificadas. Foi uma maneira de dar uma forma inteligível de suas idéias para os homens. Foi o teatro de uma tentativa fantástica de implantação do monoteísmo.
Ali havia gente de todas as nações que se transformaram de súditos em discípulos de Akhenaton. Viver em Amarna, era tentar desafiar o desconhecido e mergulhar na aventura do novo conhecimento, acreditando que o sol da justiça e do amor jamais se deitaria.
A Vida em Amarna
Capital do Egito, cidade protegida, Amarna é antes de tudo uma cidade mística em virtude da própria personalidade do rei. Viver em Amarna era compartilhar da vida do casal real, suas alegrias e suas dores. Era descobrir, no rei, um mestre espiritual que ensinava as leis da evolução interior.
Akhenaton e Nefertiti constantemente passeavam pela cidade, a bordo da carruagem do sol, buscando um contato com seus súditos. Diariamente, cabia a Akhenaton comandar a cerimônia de homenagem ao nascer do sol e a Nefertiti, a cerimônia do pôr do sol.
Para administrar a cidade, tendo como conselheiros políticos o pai, a mãe e um tio de nome Aí, Akhenaton herdou grande parte dos auxiliares de seu pai, que adotaram com entusiasmo a nova orientação religiosa do faraó. Akhenaton cuidou de ensinar a nova espiritualidade a todos seus auxiliares diretos. Esta espiritualidade se baseia numa religião interior e na certeza de que existe um mesmo Deus para todos os homens.
Akhenaton favoreceu a ascensão social de numerosos estrangeiros abrindo ainda mais o Egito para a influência de culturas de outros povos. Assim, rapidamente o perfil social do Egito sofreu uma alteração de grande vulto. É fácil imaginar que muitos foram aqueles que ficaram descontentes com a nova situação, mas a grandiosidade do faraó fazia com que se mantivesse um equilíbrio na sociedade, e de sua sabedoria emanava uma energia que influenciava positivamente todos os aspectos da vida no Egito.
A arte egípcia foi particularmente influenciada durante o reinado de Akhenaton, sendo historicamente classificada como a Arte Amarniana. De forma extremamente inovadora para a época, ela registra a visão que o faraó tinha do homem e do universo. Pela primeira vez surgem obras mostrando a vida familiar, o que vem ao encontro da concepção de Akhenaton de que o fluxo divino passa obrigatoriamente pelo organismo familiar. Em algumas obras, aparecem também membros da família real nus, como indicação da necessidade da transparência interior. Este tema da transparência do ser está presente na mística universal.
Akhenaton permitiu que se registrasse em obras de arte, cenas da intimidade da vida da família real, o que jamais fora feito antes. Também são muito utilizados temas onde aparece a natureza, fauna e flora, considerados a grande dádiva da vida vinda de Aton. Outro aspecto relevante é a representação do faraó com aspectos nitidamente femininos, o que indicava ser ele, como filho do sol, origem da vida para o Egito, e portanto, ao mesmo tempo pai e mãe de seus súditos. A história classifica estas representações como as do Akhenaton teológico.
Na poesia, a contribuição da civilização de Akhenaton é muito rica, especialmente nos escritos religiosos em homenagem ao deus Aton. É através dela que o faraó mostra a unicidade de Deus – o Princípio Solar – que criou o Universo, deu origem à vida em todas as suas manifestações. O Princípio Solar rege a harmonia do mundo, tudo cria e permanece na unidade.
Akhenaton e a religião da Luz
Devemos observar que mesmo durante o período em que Tebas exerce a maior influência na religião egípcia, Mênfis e Heliópolis continuavam a alimentar a espiritualidade do reino. Os sacerdotes destas cidades, sem o poder material de Tebas, consagravam-se ao estudo das tradições sagradas que cada faraó devia conhecer. Foi com estes sacerdotes que Akhenaton foi buscar as bases na nova ordem religiosa. Apesar dos séculos que nos separam da aventura espiritual de Akhenaton, podemos perceber seu ideal e sua razão de ser e nos aproximarmos, passo a passo, de Aton, cetro misterioso da fé do faraó.
Para ele (Akhenaton), Aton é um princípio divino invisível, intangível e onipresente, porque nada pode existir sem ele. Aton tem a possibilidade de revelar o que está oculto, sendo o núcleo da força criadora que se manifesta sob inúmeras formas, iluminando ao mesmo tempo o mundo dos vivos e dos mortos e, portanto, iluminando o espírito humano sendo, por isso, a sua representação o disco solar, sem rosto, mas que a todos ilumina.
Aton é também o faráo do amor, que faz com que os seres vivos coexistam sem se destruir e procurem viver em harmonia. Para Akhenaton, é essencial preservar uma “circulação de energia” entre a alma e o mundo dos vivos. Na realidade, não existe nenhuma ruptura entre o aparente e o oculto. Na religião do Egito não existe a morte, apenas uma série de transformações cujas leis são eternas. Em Amarna, os templos passam a ser visitados integralmente por todos, não mais existindo salas secretas em cujo interior somente os sacerdotes e o faraó podem entrar.
Para Akhenaton todos os homens são iguais diante de Aton. A experiência espiritual de Akhenaton e os textos da época amarniana deslumbraram mais de uma vez os sábios cristãos. Numa certa medida, pode-se dizer que ele é uma prefiguração do cristianismo que viria, com uma visão profunda da unicidade divina, traduzida pelo monoteísmo. É espantosa a semelhança existente entre o Hino a Aton e os textos do Livro dos Salmos da Bíblia, em especial o Salmo 104.
Por outro lado, é fácil encontrar semelhanças entre a vida de Akhenaton e a vida de Moisés. Se um destrói o bezerro de ouro, o outro luta contra a multiplicidade de deuses egípcios, ambos lutando pelo ideal do monoteísmo e se colocando como mestres dos ensinamentos divinos para todo um povo. A religião de Amarna continha uma magia maravilhosa, uma magia que aproxima o homem de sua fonte divina.
O fim de Akhenaton
A implantação da nova ordem religiosa tornou-se quase que a única tarefa merecedora da atenção do faraó. Com isso não combateu os movimentos internos daqueles que se sentiram prejudicados pela nova ordem e também pelo crescimento bélico dos hititas. Por volta do 12o ano de seu reinado, com a morte de Amenófis III, estes movimentos internos tomavam vulto e as hostilidades externas se agravavam. Akhenaton, porém, fiel a seus princípios religiosos, se recusava a tomar atitudes de guerra, acreditando poder conquistar seus inimigos com o poder do amor de Aton.
Nesta altura, a saúde de Akhenaton dá sinais de fraqueza, e ele resolve iniciar um novo faraó. Em Amarna, Nefertiti iniciara a preparação de Tut-ankh-Aton, segundo genro do faraó, para a linha de sucessão, uma vez que o casal não possuía filho homem. Akhenaton no entanto, escolhe Semenkhkare, iniciando com ele uma co-regência do trono.
Embora não existam registros claros sobre este período, tudo indica que durante a co-regência, que durou 5 ou 6 anos, morre Nefertiti, e sua perda é um golpe demasiado forte para Akhenaton, que vem a falecer pouco depois com aproximadamente 33 anos. Seu reinado, no total, durou cerca de 19 anos.
Semenkhkare também faleceu praticamente na mesma época, deixando vazio o trono do Egito e permitindo aos sacerdotes de Tebas a indicação de Tut-ankh-Aton, que imediatamente mudou seu nome para Tut-ankh-Amon, indicando que Amon voltava a ser o deus supremo do Egito.
Por ser muito jovem e não possuir a estrutura de seus antecessores, Tut-ankh-Amon permitiu a volta da influência de Tebas que, por sua vez, não mediu esforços para destruir todo o legado de Akhenaton, incluindo-se a cidade de Amarna.
Akhenaton – um marco na história da humanidade
O fim dramático da aventura amarniana é devido a circunstâncias políticas e históricas que não diminuem em nada o valor do ensinamento de Akhenaton. Se é inegável que o fundador da cidade do sol, a cidade da energia criadora, entrou em conflito com os homens que ele queria unir pelo amor de Deus, não é menos verdade que ele abriu uma nova concepção sobre esta luz que a cada instante se oferece aos homens de boa vontade.
Sua experiência foi uma tentativa sincera de perceber a Eterna Sabedoria e de torná-la perceptível a todos. A coragem que demonstrou na luta constante por seus ideais, sem dúvida, fez dele um marco eterno na história da humanidade.
A história de Akhenaton mostra, mais uma vez, que um homem melhor faz um meio melhor, e que a força de sua convicção em seu objetivo altera a vida do meio, seja ele uma rua, um bairro, uma cidade, um país…. o Universo. Para isto, há de se ter Coragem!
Fonte: www.misteriosantigos.com
Akhenaton
Akhenaton (Dinastia XVIII)
Nascimento: Amenófis (“Amon está satisfeito”).
Anos de Reinado: (1353-1335)
Akhenaton foi o único faraó a impor um monoteísmo religioso em toda a história do antigo Egipto.
Esta época é conhecida hoje de período Amarniano.
História
A infância de Akhenaton foi passada no palácio de Malgata em Tebas. O nome de nascimento de Akhenaton é Amenófis (“Amon está satisfeito”). Tinha o mesmo nome do seu pai, tendo iniciado o seu reinado, com cerca de 15 anos de idade, ainda como Amenófis IV. Ao quinto ano do seu reinado passou a usar o nome de Akhenaton (“Símbolo Vivo de Aton”). Com esta mudança todo o Egipto mudou. Akhenaton levou o culto de Aton, já existente no antigo Egipto ao extremo, abolindo por completo os cultos a outros deuses e começou a construir uma nova capital; Akhetaton na actual Tell el-Amarna num local virgem até então nunca consagrado a nenhum deus, iniciando assim a revolução Amarniana, que iria modificar todos os aspectos da vida egípcia. Reinou durante cerca de 18 anos.
Antecessor
O antecessor de Akhenaton foi o seu pai Amenófis III (“Nebmaatré”) (1391-1353), que foi casado com a raínha Tïe. Akhenaton tornou-se faraó, porque o seu irmão mais velho Tutmósis faleceu (desapareceu misteriosamente) prematuramente. Provávelmente o início do seu reinado foi em co-regência com o seu pai.
Sucessor
Alguns anos antes da sua morte Akhenaton terá nomeado para seu co-regente, Semenkharé, que teria casado com uma das sua filha, Meritaton. A princesa Meritaton tinha sido também sua esposa principal depois da morte (desaparecimento) de Nefertiti no ano 13 ou 14 do seu reinado. Pensa-se que Semenkharé era irmão de Akhenaton. Outros investigadores pensam que Semenkharé foi o nome adoptado por Meritaton, para poder reinar o Egipto.
Esposas
A esposa principal de Akhenaton até ao 12º ano do seu reinado foi Nefertiti, tendo desaparecido da cena política. Viria a falecer no 14ºano do seu reinado. Akhenaton teve seis filhas de Nefertiti. Uma delas, Meritaton, que viria a ser também esposa principal a partir do 12ºano do seu reinado. Meriquetaton e Ankhesenpaaton (Tornar-se-ia esposa de Tutankhamon). Tadukhepa, princesa de Mitanni, reino vizinho e aliado do Egipto, também foi uma das esposas de Akhenaton.
Construção/Arte
A primeira empreitada de Akhenaton foi a construção em Karnak do templo dedicado a Aton, que foi destruído por ordem de Horemheb. No ano 6 do seu reinado começou a construção da sua nova capital em Akhetaton (O horizonte de Aton) na actual Tell el-Amarna, onde reinou (e nunca a abandonou) até à sua morte. Esta nova cidade também foi vítima de Horemheb que mandou arrasá-la. A arte Egípcia mudou radicalmente durante este reinado. O faraó e a sua família deixaram de ser representados em cerimónias protocolares rígidas. A arte Armaniana caracterizou-se pela representação da família real em cenas do quotidiano.
O faraó era sempre representado com o disco solar de Aton e os seus braços que o protegiam. Akhenaton tentou representar o faraó não como um simples mortal mas a de um verdadeiro profeta de Aton e o intermediário entre o seu deus e os homens. A figura do faraó passa a ser representada como um ser andrógino (corpo de características masculinas e femininas).
Política
A política de Akhenaton, virou-se principalmente para questões religiosas. Desde o início do seu reinado que Akhenaton se vê como um sacerdote. Enquanto todos os faraós da dinastia XVIII se vêm como “Governantes de Tebas”, Akhenaton considera-se “Governante Divino de Tebas”. Fez-se sempre representar como um ser andrógino. As colossais estátuas descobertas em 1925 perto do templo de Karnak mostram-no como uma figura de carácter desconcertante, mesmo grotesco. Para os outros assuntos de estado este faraó rodeou-se de colaboradores da sua confiança. Aï, seu sogro, foi primeiro ministro. Maia, o seu tesoureiro real. Paatonemheb (futuro faraó com o nome de Horemheb) era o supremo comandante do exército do norte, o general Minnakht comandava o exército do sul, e alguns estrangeiros como altos colaboradores do estado Egípcio.
Túmulo/Morte
Com a morte de Akhenaton, todo e Egipto entrou num confronto entre os adeptos de Aton e os de Amon. No reinado do faraó seguinte os adeptos de Aton moveram perseguições a todos os que se opunham a este Deus. Mais tarde nos reinados de Horemheb e seguintes as referências a Akhenaton foram alvo de destruição e o seu culto monoteísta foi esquecido e proibido. Akhenaton recusou-se a ser sepultado no Vale dos Reis, tendo preferido ser sepultado no túmulo real de Akhetaton (não há provas disso). O seu corpo nunca foi encontrado
Nefertiti
Busto de Nefertiti, por volta de 1340 aC.. Exposto no Museu de Berlim
Suas origens não são muito claras. É bem possível que ela é a filha de Ay e Tiye (sua ama). No entanto, outros argumentam que ele seria o descendente direto de Amenhotep III.
Outra hipótese existe, mesmo que caia em desuso hoje em dia:Nefertiti ser uma princesa Tadoughepa Mitannian conhecido e trouxe para a terra do Egito por Amenhotep III.
Atualmente, a maioria dos egiptólogos acredita que Nefertiti teria finalmente uma pequena nobreza egípcia.
Ela governou com seu marido Akhenaton e Tutancâmon era o jovem, (Tutankhaton no início de seu reinado) Ankhesenpaamon Real com sua esposa, que lhes sucederam.
Biografia
Todo mundo sabe o nome deste grande rainha do Egito. Ele marcou seu tempo e, apesar de sabermos muito pouco sobre ele e suas origens, seu nome tem sobrevivido aos séculos. Ela era a Grande Esposa Real de Akhenaton. Parte de sua fama pode ser atribuída à sua beleza imortalizada pelo escultor Djehutymes com o seu famoso busto.
O último foi descoberto em Tell el-Amarna, em 1912. No entanto, o busto da rainha foi publicamente revelado em 1925 pelo arqueólogo Bochardt.]
Nefertiti, quando ela era uma mulher jovem, casada com o filho de Amenhotep III, apenas 12 anos. Foi em 1350 aC como o filho subiu ao trono do Egito, e tomou o nome de Amenhotep IV (“Amon está satisfeito”). Assim, tornou-se rainha Nefertiti e grande esposa real.
Inquestionavelmente, Nefertiti teve uma grande influência em todas as áreas do reino. Isto segue representações onde ele ainda está lá com o marido. Ela está fortemente envolvido no governo de seu país. Por exemplo, está presente em todos os eventos, cerimônias, e que assim como o próprio Faraó. Sua influência é tanto político quanto religioso. Ele está em toda parte!
Nefertiti na companhia de seu maridoAkhenaton. Exposto no Museu do Louvre, Paris
Na verdade, quatro anos após o início do reinado de Amenhotep IV, Nefertiti o ajuda a resolver no Egito, o culto do deus sol, apenas Aton, negando totalmente o culto sagrado de Tebas de Amon-Ra. Todo mundo sabia sobre o culto de Aton pela rainha. Portanto, achamos que é ela que sussurrou para seu marido essas reformas importantes. Além disso, isto é, quando Amenhotep IV escolheu para levar o nome Akhenaton (“Prazer em Aton”).
Sempre em continuidade com essas mudanças radicais, o casal real deixou Tebas e estabeleceu-se em uma nova cidade (local atual de Tell el-Amarna): Akhetaton (“horizonte de Aton”).
No entanto, outra coisa incrível: é possível que Nefertiti tenha ocupado a posição de Sacerdotisa do culto de Aton! Posição normalmente reservada para o soberano …
Quando chegamos ao décimo segundo ano do reinado de Akhenaton, Nefertiti desaparece da vida pública de forma estranha. Enquanto isso, ela teve seis filhas por seu marido. Encontrado Merytaton (esposa Semenkharê?), Maketaton (morreu muito jovem), Ankhsenpaaton (esposa de Tutankamon), Néfeméferouaton e Néfeméferourê Setepenre (para os três últimos, só sabemos o seu nome).
Akhenaton e Nefertiti em companhia de suas filhas sob a proteção do deus do sol Aton, no Museu do Cairo, Egito
Infelizmente, muitos deles eram portadores de uma doença desconhecida. Por isso, é possível supor que a rainha, muito afetado pela morte de suas filhas, foi voluntariamente retirado da vida política no Reino. Ela se separou do marido e assim é o seu Mérytaton filha que lhe sucedeu como a Grande Esposa Real.
Acredita-se que durante sua remoção do poder, Nefertiti levou com ela, no palácio do Norte, o jovem Tutancâmon, que teria adotado.
No quarto ano do reinado de Akhenaton, Nefertiti desapareceu completamente da iconografia egípcia. Em alguns lugares, seu nome sequer foi removido com um martelo nas paredes. Não surpreendentemente, este período corresponde ao co-regência de Akhenaton e Smenkhkare. Alguns acreditam que Nefertiti e Smenkhkare são uma ea mesma pessoa. Este nome é apenas uma capa para governar na sombra, ao lado do marido.
Outra hipótese, é possível que Nefertiti tenha sido excluída do poder por um rival chamado Kia. Sabemos apenas pouco sobre ela, exceto que ela recebeu o título de “mais amado do rei.” Porque certamente teria um herdeiro do sexo masculino para Akhenaton (possivelmente Tutancâmon), enquanto Nefertiti não lhe deu apenas filhas. Você perde todos os traços do Ano por Kiya 12 do reinado.
Mais uma vez a especulação estão no bom caminho: Nefertiti teria eliminado ciúme Nefertiti ou Kia seria em si!
Enfim, tudo isso permanece no reino das hipóteses! No entanto, Akhenaton e Smenkhkare morreu quase com o mesmo período.
Outra hipótese, que vai contra o primeiro, seria a de que Nefertiti teria continuado a sua influência nos primeiros anos do reinado de Tutancâmon, por causa de sua idade. Assim, a morte de Nefertiti coincidiria com o retorno ao culto de Amon ordenou no ano 3 do presente reinado. Mas isso é completamente especulativa e nada prova.
Em conclusão, vemos que a rainha era originalmente uma grande revolução religiosa. Saímos de um panteão de largura composta de muitos deuses a um Deus!
Sem dúvida, as ações de Nefertiti ter contribuído para o desenvolvimento do monoteísmo, como inspiração para as religiões atuais.
A Múmia de Nefertiti nunca foi encontrada. Sabemos que seu túmulo deve estar próxima à de Akhenaton, mas nenhuma múmia descansava lá.
O túmulo foi profanado, a múmia foi destruída? Ninguém sabe. A data da morte de Nefertiti e o local de seu sepultamento continua sendo um dos grandes mistérios da egiptologia.
Fonte: www.egyptos.net
Nefertiti
“A beleza está chegando”
Esposa de Akhenaton antes de se tornar rei, ela é mais famosa por sua beleza, imortalizada nos bustos esplêndidas do Cairo e de Berlim, trabalhada pelos escultores.
Não sabe suas origens. Pensa-se que sua enfermeira e preceptor seu marido Ay (que depois se tornou faraó) eram na verdade seus pais.
A coisa não está muito certo, mas é possível. Com efeito, no antigo Egito, era comum para os pais para personagens reais, cuja origem foi a partir da família governante não menciona parentes. A essência divina foi transmitida à esposa real transgredimos, e laços de sangue.
Ao nascer, Nefertiti teve outro nome que não o fazem.
Quanto à hipótese de que Nefertiti era uma princesa de Mitani, parece agora abandonada.
Foi, de fato, o soberano geralmente colocado no mesmo plano que o Faraó.
Estima-se que ele tinha uma influência considerável para incentivar o culto de Aton Aton ea filosofia de seu marido.
Na verdade, é representado nos monumentos ao lado de seu marido durante todas as cerimônias oficiais.
Mostra uma representação – algo único – foi massacrando os inimigos, em uma iconografia geralmente reservado ao soberano.
No Karnak, uma avenida de esfinges era conseguir a cabeça do rei e de Nefertiti. As cenas da vida privada são também, e são características excepcionais da arte de Amarna.
Diferentes aspectos de sua vida na corte estão representados: um carro ao lado de seu marido, que beija carinhosamente, a “janela de aparências”, começando a mostrar a multidão e premiar o que merece, ou em intimidade, juntamente com o marido e as filhas, ou durante uma refeição com Tiye, sua madrasta.
Nefertiti, rainha do Egito
A rainha deu sete meninas para Akhenaton. A suposição de que os dois últimos foram os de um amante (talvez os Djehutymes escultor reais) não é impossível, mas é mais uma questão de “arqueo-gossip”. A rainha foi um influente e levando até o ano de reinado XII, quando ela desapareceu da vista do público. Os muitos objetos com o nome de Nefertiti encontrado no “Palácio do Norte” são uma reminiscência de uma retirada da vida pública por motivos particulares, como as mortes sucessivas de alguns de suas filhas.
A incerteza também a respeito de seu sepultamento: sabemos que o túmulo da rainha era uma ala do rei, no famoso “Real Wadi” Amarna, mas não está claro se a rainha foi colocada lá, porque o túmulo foi encontrado saqueado. No entanto, a hipótese mais plausível é que que Akhenaton em Amarna e pousou sobre a morte de Nefertiti, seu corpo foi colocado ao lado do marido. Também não está claro se os restos mortais foram destruídas durante a profanação ou se eles foram transferidos para Tebas lorsqu’Amarna foi abandonada.
Fonte: www.egypte-antique.com
Nefertiti
Nefertiti (século XIV aC.)
A rainha do Egito, casada com Akhenaton – o faraó, durante o Império Novo.
Nefertiti, rainha do Egito
Nefertiti, rainha misteriosa
Nefertiti, rainha do Egito
Nefertiti, esposa do faraó Akhenaton mítico, continua a fascinar os arqueólogos por seus mistérios: sua múmia nunca foi encontrada.
Nefertiti, esposa do rei Akhenaton famoso que governou o Egito há mais de 3000 anos, continua a inflamar paixões em muitos egiptólogos.
Um deles, Nicholas Reeves, do Instituto de Arqueologia, em Londres, dedicou-se durante anos. Ele nos leva a uma jornada extraordinária para o coração do Vale dos Reis.
O período de Amarna continua sendo um dos períodos mais fascinantes do antigo Egito. Símbolo do reinado de Akhenaton e sua esposa Nefertiti sublime, ele ainda desperta muita pesquisa e controvérsia.
No início do século XX, a descoberta da tumba de Tutankamon foi rastreada tempo e responder a uma série de perguntas sobre a história enigmático da rainha Nefertiti. Inscrições provam que a localização do túmulo famoso foi originalmente reservada para uma mulher. Mistério.
Nós sabíamos que ela muito influente e muito bonita, mas a evidência sugere que ele teria tido um papel normalmente reservado para os homens: a de Faraó.
Nefertiti, cujo nome significa “a bela está chegando”, permaneceram fiéis a adorar o deus do sol Aton depois da morte de seu marido, o grande iniciador do filme revolução monothéiste.Ce diz o fabuloso destino de uma rainha fora do comum.
Richard Denton
Fonte: www.bbcfrance.fr
Nefertiti
Nefertiti, a Bela
Nefertiti
Eles eram rainhas, princesas ou deusas, grandes damas do Egito antigo fascinam os amantes desta civilização maravilhosa. Mas há um que trará o respeito ea admiração eterna devido ao grande mistério que envolve a sua personagem e papel. A Senhora da Graça, a Senhora das Duas Terras, senhora de todas as mulheres, a Grande Esposa Real, mulher do grande rei, esposa do rei Principal e seu amado e está a caminho, como muitos títulos honoríficos reservada para uma única mulher … Você está prestes a ler a história de uma das grandes rainhas pus que a humanidade já viu … Esta é a história da rainha Nefertiti do Egito.
Néferkhéperou Re, um príncipe de 15 anos e filho de Amenhotep III, tornou-se rei após a morte de seu pai. Ele irá agora ser conhecido como Amenhotep IV (ou em grego, Amenófis IV). Ele se casou com uma menina de 12 anos de grande beleza que as pessoas carinhosamente apelidado de Nefertiti, que significa “a bela chegou”. As origens desta nova princesa sontt-nos a este dia em grande parte desconhecido. Alguns dizem que não era de linhagem real, ela era filha de um ministro de Amenhotep III, Ay, que não era outro senão o irmão da rainha Tiy. Outros dizem, que tinha sangue azul, e que este seria Tadoupika, a filha do rei de Mitanni, um reino no norte da Síria. Este rei, Toushratta, teria trazido a filha para dar a mão para o filho do rei do Egito, daí o seu apelido sugere que seria de fato percorreu um longo caminho. Mas esta tese, muitos são aqueles que discordam, porque isso significaria que Nefertiti era estranho para o Egito. Quando sua mãe, mais uma vez o mistério continua. Alguns até acreditam que Nefertiti era filha de Tiye, onde outros dizem que era apenas sua enfermeira.
Nefertiti seis meninas para dar seu marido Amenhotep. O rei terá dois filho, Smenkhkare com outra mulher real, a rainha Kiya, e Tutancâmon, com outra mulher, cujo nome permanece desconhecido até à data.
Estátua de Nefertiti
Nefertiti
Akhenaton tinha uma relação muito profunda com a Grande Esposa Real Nefertiti. Do que estamos dizendo que os relevos dos templos egípcios, o casal real eram inseparáveis. Os murais, eles aparecem em cenas de intensa felicidade, às vezes cercado por familiares e uma quase utópica. Ele mostra, por exemplo, o casal se beijando em público em uma carruagem de ouro maciço, puxada por dois cavalos brancos, onde Nefertiti está sentada no colo de Akhenaton. O rei que amava apaixonadamente composta por ela um amor poema inscrito em uma estela, imortalizado como o ideal rainha.
Aqui está um trecho:
“E o herdeiro, o Grand Palace, o belo rosto, adornado com a pena de casal, Senhora da Alegria, com todos os favores, cuja voz se alegra King, a Grande Esposa Real do Rei, sua amada, Senhora das Duas Terras, Nefertiti-Neferneferouaton, ela vive para sempre.”
Akhenaton
Vale lembrar que nenhum outro rei do Egito havia concedido à mulher tão proeminente que Akhenaton tinha feito. E isso se refletiu em sua vida amorosa, como em seu pensamento ou sua fé. Apesar de ter gostado mais do que qualquer outra mulher Nefertiti e colocado acima de tudo, os afrescos nos dizem que as suas outras mulheres também desempenharam papéis importantes nos cultos ou cerimônias. Cada mulher tinha seu santuário que costumávamos chamar de “guarda-chuva do templo”, localizado em uma planta aquática e de reiterar a importância das mulheres no ciclo de renovação da criação, pela Aton deus. No entanto, é a imagem de Nefertiti que aparecem ao redor do sarcófago de granito de Akhenaton. Sua esposa teve papel aparentemente grande para proteger a múmia depois de sua morte, um papel que era tradicionalmente desempenhado pelas deusas aset tal tem a capacidade, Neb-Hout, Selket e Neith. Esta ainda é uma das muitas manifestações de amor para Akhenaton Nefertiti. O par real viveu em um momento particular na história do Egito. Este é um momento de grande controvérsia religiosa e mudança radical no culto egípcio. O rei ea rainha são eles próprios responsáveis e dispara desta revolução. Akhenaton e Nefertiti serão os iniciadores da adoração do deus do disco solar Atona.
Nefertiti
Nefertiti
Tendências sugerem que Nefertiti foi o iniciador dessa mudança de prática religiosa, o que levou o marido para segui-la em sua nova jornada espiritual. Ele também detém posições importantes nas cerimônias, ela se tornou a grande sacerdotisa do culto Atona. E mais do que iniciadores, ela e seu marido se tornar obrigatório intermediário entre os homens eo deus do disco solar. Todo ser humano que deseja culto deve necessariamente passar por Atona Nefertiti e Akhenaton. A mudança radical tem lugar mesmo em seus nomes, e que o nome de Nefertiti foi previamente mudou seu nome para Néfernéferouaton que significa Belas é a perfeição da Atona. Amenhotep mudou seu nome para Akhenaton, que significa aquele que é bom (ou útil) Atona. Eles deixam seus palácios de Tebas e Memphis viver com Akhet-Aton, “a cidade do Horizonte de Aton”, uma cidade maravilhosa construída na planície entre as falésias eo Nilo, onde toda a corte e administração Real também se move. Quando mudar, a nova residência ainda está em construção. Os templos dedicados ao deus Aton são construídos apenas aberto para permitir que seus raios benéficos para entrar.
Infelizmente, a divisão vai resolver gradualmente ao palácio: os clãs formados ea relação do casal real aumenta. Após 12 anos juntos, o casal decide se separar definitivamente. Akhenaton, finalmente, nega a sua promessa ao seu povo Atona e no retorno a Tebas e deixando apenas a Nefertiti Akhet-Aton. Mas a rainha é uma mulher de caráter feroz e determinado, embora com uma pitada de desespero, ela vai persistir em buscar o sonho incrível.
Além disso, é neste ponto que o grande mestre escultor Djéhoutymosé o famoso busto de Nefertiti tamanho imortal. Ela tinha 25 anos, ela é jovem e já quase caído, mas, mesmo assim, seu olhar continua a ser a eternidade. , Aos poucos, a capital Akhet-Aton foi abandonada por seus habitantes. Nefertiti está sozinho no palácio, revendo as muitas oportunidades de conhecer as promessas feitas a Atona. Akhenaton morreu aos 30 anos após uma longa doença, deixando um Egito enfraquecido e desarmado diante de seus vizinhos.
Falso busto de Nefertiti (arte por Borchardt que queria dar de aparência caucasiana)
Ninguém conhece o destino final do Grande Nefertiti, exceto que ela morreu aos 35 anos e gostaríamos de ter perdido todos os vestígios dela. E por uma boa razão, Horemheb, o último faraó da XVIII Dinastia e amaldiçoarei aqueles que irão tomar a cidade e destruir todos os traços de Akhenaton, Nefertiti e do deus do sol.
Não encontramos nenhum vestígio da mística cidade de Akhenaton e Nefertiti busto policromada em 1912, na sequência das escavações do arqueólogo alemão Ludwig Borchardt. Lembre-se este famoso busto da rainha Nefertiti. Parece que você como uma mulher de grande beleza, com pele clara e as características da raça branca. Não se deixe enganar! Outros pesquisadores alemães que são baseados em uma escultura de 3.400 anos de idade e assinado Djéhoutymosé, foram mostrados de acordo com a tomografia da face deste trabalho que a Rainha tinha uma pequena colisão no nariz e traços que aparentemente eram muito Bordchardt busto isso.
Em junho de 2003, o cientista britânico Joann Fletcher, da Universidade de York e sua equipe anunciou à imprensa que uma múmia foi encontrada em uma cova sem marcação e eles são quase certo se um famoso Rainha egípcia Nefertiti.
Para confirmar a identidade, e eles apelam para dois especialistas britânicos especialistas no campo da investigação forense, Damian Schoffield Universidade de Nottingham e Evison Martin da Universidade de Sheffield. Ambos são especializados em reconstruir rostos de caveiras para vítima de assassinato cuja identidade é desconhecida. Os dois especialistas vão usar o método de raios-X passam ao redor do crânio da múmia para determinar sua identidade. Eles então desenvolveram um software para imagens em 3-D para identificar onde o tecido humano devem ser incorporados. Em seguida, eles acrescentaram músculos faciais para dar a cara a sua aparência e morfologia. Finalmente, é um designer gráfico que irá adicionar a textura da pele, os olhos, a cor, lábios e da coroa.
Para sua surpresa, o rosto de uma mulher que aparece como preto Africano!
Fletcher confidenciou à imprensa: “. Eu estava chateado, e para ser honesto, este é o rosto de uma personalidade forte Ela tinha um belo perfil, era encantador.”
Mas três dias depois, Zahi Hawass, diretor do ESCA (Conselho Supremo de Antiguidades), não há evidências para confirmar a hipótese de Nefertiti se muito, ele fala mesmo engano. Joan Fletcher serão proibidos de Esca, mas continuam a afirmar que a múmia é a de Nefertiti ao Egito.
Aquele rosto, é a de Nefertiti? Uma das maiores rainhas já conheci Kemet? Podemos talvez nunca dizer com certeza.
Por contras, uma coisa nunca deve deixar as nossas mentes não porque os fatos foram comprovados cientificamente e são irrefutáveis: o antigo império egípcio, sediou a primeira civilização e maior na história humana, e que a civilização foi chamado para origem Kemet, o que significa em MEdu Netjer (egípcia) “a terra dos negros”. O povo do antigo Egito estava bem e verdadeiramente BLACK.
Era uma história acerca da vida de Nefertiti, uma das maiores Rainha Africana.
Nefertiti
Rainha Nefertiti, esposa real Grande do faraó Akhenaton (1353-1336 aC.), Era uma mulher de beleza radiante e orgulhosa. Esta é, pelo menos, a imagem dela que mostram os bustos maravilhosos retratos que foram encontrados no local de Amarna, a capital de curta duração do faraó.
O fascínio do nosso dia o reinado de Akhenaton, embora este episódio em particular na história do Egito faraônico, deve muito à figura da rainha.
No entanto, a personalidade de Nefertiti é deixada na sombra dos documentos que sobreviveram ao reinado de Akhenaton.
Vários elementos dão a entender, no entanto, que seu papel não se limita a dar à luz seis meninas que ela deu ao rei e garantir a sua educação.
Nefertiti está relacionado com a família real antes de sua união com o jovem Amenhotep IV, futuro Akhenaton, porque ele é seu primo. Na verdade, é filha de Ai, um dos dois irmãos da mãe da rainha Tiy, mulher do faraó Amenhotep III.
Desde o início do Novo Império, o papel das rainhas surgiu a partir dos faraós, mesmo em seu lugar (Hatshepsut). Este é o caso para Tiye em particular.
Seguindo ele, Nefertiti, provavelmente influenciou a política de seu marido. Ela pode ter desempenhado um papel no progresso da reforma religiosa Aton, ninguém pode especificar sua ação.
Na real Amarna iconografia, ele ainda está intimamente associado com Akhenaton, juntamente com suas filhas, nas cerimónias de culto de Aton. Os artistas também estão fazendo representações oficiais da família real em sua intimidade, imagens que rompem com o clássico popular destacando a rainha e suas filhas, sempre ao lado do faraó.
A partir do reinado de 12 anos, Nefertiti não aparecer em cerimônias oficiais. Ela foi substituída por sua filha Meritaton. Os motivos de suspensão (desentendimento com o rei ou a doença) que não são conhecidos. Mas a rainha continua a residir em Akhetaton, onde ela morreu, ainda jovem, 14 no ano do reinado de seu marido.
Após o desaparecimento de Nefertiti, Akhenaton, nos últimos anos de sua vida, torna-se mais intransigente em matéria de religião. Ele tenta impor este tipo de monoteísmo solar, pela força, perseguindo os seguidores do grande deus Amon de Tebas, batendo-se o nome de deus em seus monumentos. Devemos ver o endurecimento de sua consequência política do final da drag queen tinha por ele até agora? A pergunta permanece sem resposta até à data.
A aventura termina quando Aton espiritual após a morte do faraó-profeta: o deus Amon é restaurado ao seu governo por seu sucessor Tutankhamon.
Nefertiti, temos a imagem de beleza e nobreza de uma rainha provavelmente incomum.
Nefertiti
Hino a Nefertiti
“Com seu esbelto colo e peito radiante tem por cabelos verdadeiro lápis-lazúli; seus braços superam os da deusa do amor e seus dedos são como cálices de lótus. Ela “a de nobres andares” quando pisa a terra faz com que todos se voltem para contemplá-la e é como se contemplassem aquela que é a Única…”
Com o seu lendário carisma, sua beleza venerada e poder, ela é uma das mulheres governantes mais fascinantes do Egito Antigo: Nefertiti. Pouco se sabe do destino da esposa de Akhenaton. Não há registros de sua morte. Nem mesmo a sua tumba até recentemente não havia sido encontrada.
Nefertiti por mais de uma década ela foi a mulher mais influente do Egito. Reverenciada pelo seu povo, ela reinou lado a lado de Amenófis IV, governante da 18.ª dinastia do Novo Reino, que mudou seu nome para Akhenaton depois de subir ao trono em 1353 a.C. Entretanto, praticamente nada se sabe sobre a linda rainha. Ela simplesmente desapareceu da história. Isso aconteceu aproximadamennte em 1336 a.C, quando ela devia ter 30 anos de idade.
Ascensão meteórica e final abrupto
Nefertiti se casou com o faraó Akhenaton, filho de Amenófis III, no quarto ano de seu reinado.
Ela devia ter 15 anos na época, Akhenaton tinha 14. Como resultado desta união, esta linda mulher iria se transformar na governante mais poderosa do Egito.
Ela era amada, celebrada e adorada. Em todas as ocasiões importantes, ela estava presente ao lado do Rei, seu status era praticamente igual ao dele. Mas, repentinamente, a trilha termina. O que aconteceu? Até os dias de hoje, não foi encontrada nenhuma prova que pudesse solucionar este mistério. Acreditava-se que seu corpo havia se perdido, até agora…
De onde veio Nefertiti?
A origem e o passado da adorável rainha também são desconhecidos. De acordo com uma teoria, ela poderia ter sido a princesa Mitânica Tadkhepa, que deveria ter sido noiva de Amenófis III, mas se casou com o seu filho. Outra tese explica que Nefertiti foi o resultado da união entre Amenófis III e a concubina, o que faria de Akhenaton seu meio irmão. Mas esta teoria também é improvável, já que o título “Filha de Faraó” teria sido utilizado por Nefertiti, mas nunca foi encontrado nenhum fato que levasse a esta conclusão.
Uma terceira teoria afirma que Nefertiti era filha de Ti (também escreve-se Ty) e Ay (também escreve-se Aya). Nesses termos, seu pai teria sido um alto oficial da corte de Amenófis III, e conseqüentemente um confidente de Akhenaton. De acordo com esta teoria, que está ganhando credibilidade entre os egiptólogos, o passado de Nefertiti envolve a alta sociedade. Entretanto, provavelmente Ti não era a mãe biológica da linda rainha, mas sim sua ama-de-leite.
Na glória do Deus do Sol
Nefertiti e o Faraó Akhenaton juntos introduziram reformas religiosas e culturais. A ação mais radical que se distanciava da tradição religiosa foi a rejeição dos deuses egípcios e a dedicação ao deus do sol Aton.
No quinto ano do reino de Akhenaton, o casal real mudou sua residência oficial de Tebas para Aketon: “Lugar da luz de Aton” a cidade agora conhecida pelo nome árabe Tel-el-Amarna.
Em Karnak, que até então teria sido o tradicional centro para o culto de Amon, novos templos foram construídos em honra do deus do sol. Estes eram decorados com um grande número de imagens de Nefertiti que tinha, como monarca, o título adicional de “Neferneferuaton” Perfeita é a perfeição de Aton”.
Nefertiti era imortalizada em templos e em monumentos mais do que qualquer outra rainha egípcia, antes e depois dela. É provável que a linda rainha tenha recebido o título de Alto Padre uma posição que era supostamente reservada só para reis.
Nos últimos anos do reino de Akhenaton, Nefertiti desapareceu das imagens e relevos, e foi substituída por duas de suas seis filhas, Meritaton e Ankhesenpaaton.
Destino misterioso
O que aconteceu com a rainha? Por um longo tempo, pesquisadores acreditaram que Nefertiti deixou de ser adorada e foi banida da família real por Akhenaton.
Talvez porque estava ficando óbvio que ela nunca lhe daria um filho homem?
Outra teoria afirma que o casal de soberanos foi rejeitado pelo seu povo, que considerou a adoração a Aton uma heresia. Certamente, assim que Tutankhamon ascendeu ao trono em 1333 a.C., qualquer coisa que pudesse lembrar a memória de Akhenaton e Nefertiti foi sistematicamente apagada.
Na tumba de Akhenaton, até hoje, apenas objetos de sepultamento associados a Akhenaton foram encontrados sugerindo que Nefertiti nunca foi sepultada com ele. Também não há registro oficial da rainha em nenhum outro lugar.
Nefertiti sucedeu Akhenaton no trono?
Apesar de Akhenaton ter tido um filho com sua concubina Kia Tutankhamon o sucessor nomeado por ele foi Smenkhkare. Quem era este regente, ainda não se sabe. Entre os egiptólogos, alguns acreditam que ele era outro filho de Akhenaton com Kia. Outros acham que Smenkhkare era meio-irmão de Akhenaton, ou outro membro da família real.
O fato de que Smenkhkare e Nefertiti usam o mesmo nome adicional Neferneferuaton tem levado alguns estudiosos a acreditar que Nefertiti assumiu o poder com a morte do Faraó Akhenaton em 1336 a.C.
Entretanto, há também evidências que sugerem que Nefertiti morreu durante o 14.º ano do reino de seu marido, numa época em que o Egito estava sofrendo de uma praga epidêmica.
O desaparecimento repentino de Nefertiti é destinado a permanecer um mistério para sempre? Quem sabe mas talvez o corpo mumificado sem nome que uma equipe britânica de arqueológos acredita ser o da rainha glamorosa está prestes a revelar alguns de seus segredos.
O Poder Real
Não é apenas a sua beleza que é lendária, mas sua incrível posição de poder. Juntamente com seu marido, o faraó Akhenaton, Nefertiti foi responsável por uma revolução religiosa. Juntos eles substituíram o tradicional panteão Egito de deuses com uma única divindade, o deus do sol Aton.
A grande esposa real
Nefertiti parece ter sido uma forte credora da nova fé. Ela pode perfeitamente ter utilizado o novo culto religioso para promover ainda mais o seu status.
Egiptólogos estão atualmente nos templos de Karnak e Luxor em busca de provas que sustentariam esta teoria. Durante o período de seu governo, no meio do 14.º século a.C, Akhenaton construiu vários templos para Aton em locais sagrados para Amon. Como isso era considerado uma traição à antiga religião, as construções foram destruídas após o seu reinado. Os blocos de pedra dessas construções foram reutilizados em monumentos erguidos pelos governantes posteriores. Aos poucos, os cientistas estão colocando estas pedras juntas para formar cenas, na esperança de conseguir uma imagem clara do status social de Nefertiti.
Numa pedra, parte de seu nome pode ser decifrado, assim como um de seus títulos honoríficos: “Grande esposa real”. Várias representações mostram Nefertiti conduzindo uma carruagem de batalha e segurando um cetro o símbolo de autoridade suprema no estado. Em outras imagens, ela também é exibida como a governante de seu país, matando os inimigos do Egito com espada ou porrete, viajando numa ninhada real, ou jogando ouro na elite. Nenhuma esposa real foi descrita desta maneira.
Esposas do deus Amon
Gravado nas paredes do templo de Karnak está a história mítica da criação do Egito.
De acordo com a lenda, no começo não havia nada. Então, o deus da criação e fertilidade, Amon, apareceu das trevas, e com ele sua companhia divina Mut.
Amon foi vítima de seus truques sedutores.
As fontes antigas dizem: “ela evocou a sua chama, e na efusão de sua luxúria, o universo foi criado”.
Aqueles próximos ao deus Amon eram os faraós como seus representantes na terra, governando em seu nome. As mulheres também eram associadas a Amon.
Elas poderiam se tornar suas esposas, passando por um ritual.
De acordo com prova encontrada nas descrições, acredita-se que selecionadas mulheres foram ao santuário de Amon no templo em Karnak. Lá, elas reativavam o mito da criação e davam a Amon uma existência terrestre, reafirmando a crença que o universo não se transformou em caos. As mulheres viravam “Esposas e consortes de Amon”. Toda mulher aristocrática egípcia podia adquirir este título honorífico e o prestígio associado a ele.
Poderosa como o faraó
Durante o período do governo de Nefertiti e Akhenaton, o templo de Karnak tinha um enorme portal de entrada no lado leste. No local, foi possível reconstruir quase 100 cenas descrevendo atos rituais. A maioria mostra Nefertiti no centro dos rituais sagrados, assim como a oferenda de presentes de sacrifício.
A tradição pede que sacrifícios religiosos sejam feitos apenas pelo faraó, ou pela “esposa de deus”. O que significa que estas pinturas são prova de que Nefertiti tinha status e poder de faraó. Apesar da nova religião não manter este tipo de status de “esposa e consorte de deus”, Nefertiti fez homenagem ao deus Aton com rituais similares àqueles praticados pelas esposas humanas de Amon. Parece que Nefertiti estava utilizando a tradição religiosa das “esposas” de Deus para elevar o seu próprio status como deusa.
Por mais de uma década, ela foi, apesar de tudo, a mulher mais influente do mundo antigo.
Beleza Infinita
Um olhar orgulhoso, um rosto proporcionalmente estruturado, com os ossos das bochechas elevados e sobrancelhas delicadamente curvadas, o nariz fino, lábios grossos, e um pescoço longo e aristocrático Nefertiti deve ter sido uma mulher charmosa de aparência excepcional.
Seu nome, que provavelmente era pronunciado “Naftayta”, significava: “a beleza chegou”.
A aparência irradiante de Nefertiti é documentada em vários retratos, alguns deles encontrados em Tel-el-Amarna, antes a corte de Akhenaton.
O mais fascinante de todos é um busto pintado e esculpido em pedra calcária e gesso, que é exibido no Museu Egípcio de Berlin desde 1924. Essa escultura, de 50 centímetros de altura, e agora uma das obras de arte mais famosas da era Egípcia dos Faraós, foi descoberta pelo arqueólogo alemão Ludwig Borchardt. Ele descobriu este objeto no dia 6 de dezembro de 1912 enquanto escavava no antigo Aketaton, no local de trabalho do escultor Tutmósis.
Ainda é motivo de discussão se o busto pode ser atribuído a Tutmósis. Entretanto, apenas um dos olhos da rainha foi totalmente pintado, o que sugere que o busto era provavelmente um modelo, usado pelo escultor como rascunho para a peça definitiva.
Outro busto da linda rainha foi encontrado pelo pesquisador britânico John Pendlebury, em 1932, durante escavações em Tel-el-Amarna. Esta cabeça, que o escultor aparentemente tentou colocar numa estátua, não contém inscrição. Mas se parece tanto com outras imagens de Nefertiti, que foi aceita para representá-la. Atualmente ela pode ser admirada no Museu Nacional Egípcio, no Cairo.
Esposa amada
O faraó Akhenaton deve ter adorado sua esposa com um fervor excepcional. Ele ergueu colunas na sua cidade capital que carregavam palavras com as quais ele tenta capturar sua beleza.
“Expressão de lealdade, possuidora de alegria, presenteada com o talento de ouvir, voz que traz alegria, rainha de todas as graças, ricamente dotada de amor, portadora da felicidade do governante de duas terras”.
Aparência magnífica
Durante os primeiros anos de seu reino, Nefertiti parece ter se enfeitado com a insígnia das rainhas. Ela é descrita vestindo coroas e perucas decoradas com chifres de boi, plumas e um disco solar características associadas ao culto da deusa Hathor. Mais tarde, em Amarna, a nova capital real, ela veste uma coroa azul e alta de topo plana, que lembra a coroa de guerra de Akhenaton, do famoso “busto de Berlim”. Ocasionalmente, ela também era vista usando uma coroa bem ajustada. E às vezes a linda rainha vestia um tipo de lenço na cabeça conhecido como “khat”.
Em outros relevos antigos, Nefertiti aparece com um arranjo de cabelo chamado de “peruca afilada nubiana”. Isto consiste num número de camadas de cachos e tranças amontoados um em cima do outro, originalmente usado somente pelos homens do exército real.
A testa da rainha é freqüentemente decorada pela serpente dupla de uraeus, o emblema de sua soberania sobre as Duas Terras, Egito alto e baixo.
Os relevos no sarcófago de Akhenaton mostram a esposa real usando um manto de pregas. Ela também usa uma peruca de cabelo ondulado, um uraeus duplo, e uma coroa elaborada com um disco de sol, um friso de cobra e duas plumas altas.
Como outros membros da casta aristocrática, Nefertiti não apenas usou jóias, perucas e roupas ajustadas e apropriadas, mas também cosméticos usados para realçar sua beleza natural. As mulheres daqueles dias desenhavam uma linha preta grossa ao longo da pálpebra e bem para fora dos olhos. Para os Egípcios Antigos esta linha era associada à pureza ritual. Malaquita verde, moída a pó, e esfregada junto com gordura para fazer uma pasta cremosa, era aplicado s pálpebras. As mulheres também usavam rouge, como várias descrições atestam. Outra substância importante de cosmético era o batom. Ele contava com as mesmas substâncias ocres do rouge, e misturava óleo de semente de alface.
A Descoberta
Esta pode ser a descoberta mais sensacional na arqueologia desde o túmulo de Tutankhamon. A egiptóloga britânica Joann Fletcher está certa de que ela encontrou a múmia da lendária Nefertiti, que uma vez reinou ao lado do Faraó Akhenaton. Atualmente, a pesquisa da Dra. Fletcher está direcionada para descobrir evidência que apóia sua reivindicação de ter descoberto o corpo da mulher embalsamada que junto com Cleópatra deve ser a rainha mais famosa do Egito Antigo.
Múmia no 61072
En junho de 2002 Joann Fletcher, uma acadêmica na Universidade de York, e suas colegas receberam permissão para examinar o túmulo conhecido como “KV35” no Vale do Reis próximo a Luxor. Este túmulo tinha sido aberto antes, em 1898, mas foi fechado novamente em 1907. Uma múmia no túmulo tinha despertado um interesse particular na equipe de pesquisa, já que as fotografias antigas mostravam uma forte semelhança ao celebrado busto de Berlim de Nefertiti.
A múmia catalogada como “No. 61072”, junto com os cadáveres mumificados de uma segunda mulher e um menino, repousa numa galeria dentro da câmara de sepultamento de Amenófis II. Os três foram achados por um arqueólogo francês, Victor Loret, no fim do século 19. Mas como estavam em condições ruins, eles não atraíram muita atenção na época e durante muitos anos.
Mas agora e só depois de muitos detalhes verificados a equipe britânica de pesquisa chegou à conclusão de que a “Múmia 61072” tem grandes probabilidades de ser a rainha Nefertiti.
O corpo de Nefertiti foi descoberto?
Na opinião dos cientistas Britânicos, provas sugerindo que a “redescoberta” realmente seja o corpo de Nefertiti incluem o lóbulo da orelha da múmia furado duas vezes, o que era uma marca de realeza, as impressões deixadas por uma tira de cabeça de ouro isto também era usado exclusivamente por membros do clã real e a cabeça raspada, o que a Dra. Fletcher considera essencial, caso isso prove alguma relação com a célebre coroa azul usada por Nefertiti e feita para assentar perfeitamente em sua cabeça. A avaliação preliminar alcançada pela equipe britânica de pesquisa é a de que no mínimo esta múmia encontrada sob um amontoado enorme de linho tem toda probabilidade de ser uma figura real feminina do período de Amarna.
O pescoço longo, ossos altos das bochecha e o queixo bem estruturado são remanescentes da cabeça fina de Nefertiti. Outra evidência que pode identificar a múmia como a linda governante do reino do Nilo, de acordo com a Dra. Fletcher, é uma peruca encontrada próxima ao corpo mumificado. É uma peruca artificial de cabelo no estilo nubiano, que foi utilizada por mulheres, membros da família real no fim da 18.ª dinastia.
Além do mais, os procedimentos de embalsamamento usados nos três cadáveres sem nome do túmulo KV35, os materiais utilizados e o tipo de mumificação sugerem que eles sejam datados do meio da 18.ª dinastia, a época do reino do faraó Akhenaton e sua esposa. Essa foi a conclusão do Dr. Stephen Buckley, um famoso perito neste campo, que tomou parte do detalhado exame da descoberta.
Sinais de violência
O corpo que pode ser o de Nefertiti apresenta consideráveis marcas de violência, aparentemente feitas com um machado ou alguma forma de machadinha. A múmia está sem a orelha direita e um braço embora o braço tenha sido encontrado no curso de uma segunda expedição que a equipe britânica de pesquisa empreendeu em fevereiro de 2003. Como há evidência considerável, de acordo com o ponto de vista de Joann Fletcher, de que Nefertiti foi maltratada e assassinada, estes ferimentos podem ser mais um pedaço do quebra-cabeça que eventualmente levará a identificação conclusiva do corpo. A morte violenta da rainha pode ter sido vingança do povo, diz Dr. Fletcher, devido a forma que ela e o faraó Akhenaton viraram as costas para a antiga religião. Mais exames revelaram que o rosto da múmia foi atacado com um objeto extremamente pontiagudo talvez um punhal. Isto fortalece a teoria que uma governante odiada havia sido torturada ou o seu corpo desfigurado depois da morte.
O braço direito da múmia mais tarde descoberto separadamente estava numa posição dobrada, mão para cima. Os dedos pareciam ainda estar segurando um cetro real, embora o cetro já havia desaparecido há muito tempo. Na cultura do Egito Antigo, só os faraós podiam descansar eternamente desta maneira. Como alguns sábios consideram Nefertiti ter sido um faraó feminino, isto pode ser mais um indício.
Túmulo familiar
Mais um pedaço de evidência detalhado é proporcionado por um dos dois corpos achado no túmulo ao lado da “Múmia 61072”. Esta múmia parece ser o corpo embalsamado da rainha Ti. Essa, de qualquer forma, foi a conclusão alcançada devido a várias análises de cabelo executadas por cientistas americanos e egípcios durante os anos 70. Ti era a consorte de Amenhotep III e mãe de Akhenaton, em outras palavras um parente próximo de Nefertiti.
Um mistério que nunca será resolvido?
Alguns peritos, no entanto, expressaram ceticismo. Eles acham que Fletcher e seus colegas estão baseando suas conclusões em provas insuficientes. A múmia redescoberta para pesquisa poderia estes cientistas argumentam ser outra pessoa, tal como uma das filhas de Nefertiti, que supostamente tornou-se um faraó feminino misterioso.
E assim, apesar de todas as investigações, a múmia com mais de 3000 anos de idade catalogada número 61072 continua a ser um enigma. Somente um teste comparativo de DNA poderia resolver o mistério do corpo definitivamente. Mas até agora não foram encontrados restos das filhas de Nefertiti ou outros parentes próximos, o que significa que por enquanto não há como utilizar de provas genéticas.
Iluminações
Iluminações proporcionadas pela tecnologia portátil de Radiografia
O corpo catalogado como “Múmia 61072”, descansando ao lado dos corpos mumificados de outra mulher e de um menino numa câmara na tumba KV35, foi examinado diretamente neste local. Isto permitiu que a múmia fosse protegida de interferência ou estrago acidental. A operação só foi possível graças ao “CXDI-31”, da Canon o primeiro sistema digital portátil do mundo da radiografia.
A prática com descobertas deste tipo até agora era retirar as múmias de seus túmulos e fazer as radiografias num hospital um procedimento complicado e caro envolvendo risco considerável de estrago das múmias.
Neste caso, a tecnologia portátil de radiografia de tela plana capacitou os cientistas a trabalharem dentro do túmulo, gerando uma imagem em terceira dimensão instantânea do corpo mumificado sem ter que movê-lo.
Aproximadamente três segundos após o item ter sido transferido para o computador para estudos, as imagens de radiografia aparecem na tela. A função “zoom” permite aproximar por exemplo jóias, dentes ou ossos assim como imagens de corpo inteiro. Usando a nova tecnologia, eles também podem fazer uma “turnê virtual” pela múmia, uma técnica que mostra aos pesquisadores detalhes importantes.
Contas de ouro na cavidade do peito
As imagens de radiografia asseguradas pela equipe de Joann Fletcher da múmia de Nefertiti mostram o físico de uma mulher adulta com curvatura da espinha na região lombar. As fotografias também mostraram um número de contas de ouro dentro da cavidade do peito, que estava quebrado e aberto. Elas foram feitas em formas de padrões reais e essa pode ser mais evidência de que a múmia 61072 representa os restos mortais da rainha tão poderosa e linda.
Os cientistas britânicos acreditam que a localidade rara das contas de ouro é o resultado da ação de ladrões de sepultura que danificaram a múmia no processo.
Os mistérios serão resolvidos?
Os cientistas esperam que as imagens de radiografia ajudem na reconstrução do rosto famoso de Nefertiti. As várias fotos do cadáver também poderão ajudar com indícios que possam levar ao estado de saúde, e até a causa da morte.
Quanto às pessoas que fabricam o equipamento portátil de radiografia… eles também estão encantados: “Nós nunca imaginamos que alguma de nossas tecnologias, inventadas para atender as necessidades médicas do século 20, iriam um dia ser usadas para identificar uma múmia, iluminando os mistérios do Egito Antigo”, diz James Leipnik, Chefe de Comunicação e Relações Empresariais da Canon, na Europa.
Com o auxílio do Governo Egípcio, as três múmias sem nome estão para ser removidas da tumba KV35 e meticulosamente conservadas, para que permaneçam disponíveis a gerações futuras, incluindo futuros pesquisadores.
Egito nega descoberta de múmia da rainha Nefertiti
CAIRO (Reuters) A maior autoridade de antigüidades do Egito negou a alegação de uma egiptóloga britânica de que havia encontrado a múmia da rainha Nefertiti, a madrasta do lendário rei menino Tutankhamon.
Nefertiti, monarca e mulher do faraó Akhenaton, é considerada uma das mulheres mais poderosas do Egito Antigo. Seu marido reinou de 1379 a 1362 a.C.
Joann Fletcher, especialista em múmias da Universidade de York, na Inglaterra, anunciou na segunda-feira que uma das três múmias achadas em uma tumba no vale de Luxor poderia ser de Nefertiti.
Zahi Hawass, chefe do Supremo Conselho de Antigüidades do Egito, refutou a afirmação. “Esse erro e essa declaração não são baseadas em fatos ou evidências”, disse Hawass à agência oficial de notícias do Egito na noite de terça-feira.
Fletcher baseou sua teoria em parte nas semelhanças entre o pescoço longo de uma das múmias e o pescoço de Nefertiti, cuja imagem aparece em um busto de pedra que se encontra no Museu Egípcio de Berlim.
Hawass disse, no entanto, que a teoria não pode ser baseada em semelhanças entre a múmia e as representações artísticas do período Amarna no qual Nefertiti viveu.
“A arte na era Amarna era baseada no embelezamento do rei e da rainha e não na realidade ou na aparência real”, disse ele.
Fletcher encontrou outras pistas, como a cabeça raspada e as orelhas com dois furos. Acredita-se que Nefertiti tenha sido uma das duas únicas mulheres da realeza egípcia que usaram dois brincos em cada orelha.
A tumba do rei Tutankhamon, um menino que reinou no Egito no século 14 a.C.,
foi descoberta em 1922. O local estava tão atulhado de artefatos que foram precisos dez anos para retirá-los da tumba.
Nefertiti
Nefertiti e Akhenaton
Seu nome sifnifica: ”A Bela Chegou”.
Foi casada com o grande faraó Amenhotep IV (Akhenaton) (18ª dinastia) e com ele teve seis filhas: Meritaton, Meketaton, Ankhesenpaaton, Neferneferuaton, Neferneferuré e Setepenré. O casal ficou conhecido pela revolução religiosa ocorrida no Egito.
Nefertiti e Amenhotep condenaram os sacerdotes de Amon e instauraram o culto ao deus único: Áton, representado pelo disco solar. Imediatamente, Amenhotep IV mudou seu nome para Akhenaton, que significa o espírito atuante de Aton.
Logo, o faraó e a rainha abandonaram Tebas (antiga capital) e fundaram uma nova cidade: Akhetaton (o nome significa ”o horizonte de Aton”). Hoje em dia a cidade se chama Amarna.
A cidade era perfeita. Era rodeada por colinas, o que era ótimo para se proteger da fúria dos sacerdotes de Amon e inimigos externos. No fundo da cidade, duas colinas altas ”desciam” e se encontravam, formando uma ”figura” exatamente igual ao hieróglifo que representava o deus Aton. E o sol nascia exatamente entre as duas colinas.
Era o lugar ideal para uma cidade onde o Deus-Sol seria adorado. Os templos dos antigos deuses foram ”fechados”. Consequentemente, o desemprego aumentou. Porém, a nova cidade era esplendida. Akhenaton e Nefertiti eram um casal de reis fora do comum. Eram muito ”simples”, pois andavam pela cidade, falando e brincando com o povo.
Na época, Nefertiti foi considerada a mulher mais poderosa e bela de todo o planeta. Era representada igualmente a Akhenaton, o que prova seu poder diante o Egito. Era uma mulher forte, muito corajosa e independente.
Akhenaton morreu misteriosamente. Após isso, acredita-se que Nefertiti mudou seu nome para Smenkhkare e governou por um curto espaço de tempo.
Porém, quando assumiu o poder, Nefertiti não tinha outra escolha a não ser voltar ao culto dos antigos deuses. Caso contrário, o Império Egípcio entraria em decadencia. Isso devido ao desemprego e ao caos causado por uma mudança repentina no país mais politeísta do mundo. Após a morte de Nefertiti, a cidade de Akhetaton foi destruída pelos sacerdotes de Amon. Os templos que representavam o deus Aton foram queimados e demolidos.
Logo após a morte de Nefertiti, sua filha Ankhesenpaaton casa-se com Tutankhaton (mais tarde, Tutankhamon). Ainda em vida, Akhenaton e sua esposa já tinham escolhido Tutankhaton como futuro faraó e esposo de sua filha. Imediatamente, AnkhsenpaATON muda seu nome para AnkhsenpaAMON e Tutankhaton muda para TutankhAMON (”a imagem viva de Amon”).
A pouco tempo, uma egiptóloga encontrou a suposta múmia de Nefertiti. Está praticamente comprovado de que a múmia encontrada é a antiga rainha. A boca e o torax de Nefertiti estão muito danificados. Provavelmente, isso vou uma vingança dos sacertodes de Amon. Destruir a boca de uma múmia, pela religião egípcia antiga, é um ato TERRIVEL, pois o morto não conseguirá dizer seu nome aos deuses, quando chegar ao paraíso. Sua alma ficaria presa entre o mundo dos vivos e dos mortos.
Na foto, um computador reconstruiu o rosto de Nefertiti a partir de sua múmia. A precisão no rosto é perfeita.
Faraó: Senhor das Duas Terras
A pessoa mais poderosa no antigo Egito era o faraó.
O faraó era o líder político e religioso do povo egípcio, mantendo os títulos: “Senhor das Duas Terras” e “Sumo Sacerdote de cada templo.
Como “Senhor das Duas Terras” o faraó era o governante do Alto e do Baixo Egito.
Ele era dono de todas as terras, fez leis, impostos recolhidos, e defendeu o Egito contra os estrangeiros.
Como Sumo Sacerdote, o faraó representava os deuses na Terra. Ele realizava rituais e os tempo construídos eram em homenagem aos deuses.
Ramsés II
Muitos faraós foram para a guerra quando sua terra foi ameaçada ou quando queriam controlar terras estrangeiras.
Se o faraó ganhava a batalha, os povos conquistados tiveram de reconhecer o faraó egípcio como seu governante e oferecer-lhe os seus melhores bens e o que era de mais valiosos de suas terras.
Faraós egípcios
Akhenaton
Amenhotep III
A hmose I
Cleópatra VII
Hatshepsut
Khufu
Rei Tut (Tutancâmon)
Menes
Ramsés II
Snefru
O Faraó
Eram intitulados como Faraós os reis (com estatuto de deuses) no Antigo Egipto.
O termo é uma derivação grega das palavras egípcias “pr-o”, “Per-aâ” ou “Per-aô”, que designavam, originalmente, o palácio imperial, já que significavam “A Grande Casa”.
O termo, na realidade, não era muito utilizado pelos próprios egípcios.
No entanto, devido à inclusão deste título na Bíblia, mais específicamente no livro do “Êxodo”, os historiadores modernos adoptaram o vocábulo e generalizaram-no.
Fonte www.ancientegypt.co.uk
Faraós
A palavra faraó deriva do egípcio Per-âa, “o grande domínio”, que designa de início uma instituição real, mas acaba por tornar-se, para os próprios egípcios, um homem que os textos às vezes gozam, mas sua função é divina, herdada de Atum ou de Horus, os deuses que supostamente destinaram o rei a este cargo antes mesmo de seu nascimento.
O faraó é o intermediário obrigatório entre o comum dos mortais e as divindades.
Ele é a garantia, durante seu reinado, da boa gestão e da salvaguarda do mundo harmonioso criado por ocasião “da primeira vez”.
Desde a 5ª dinastia os faraós usam, oficialmente, cinco denominações concentradas na apelação de “grande nome”: “de Horus”, “dos Deuses Mestras” (nekhbet e Uadjet), “de Horus de ouro”, “de filho de Ré” (dado no coroamento) e “de rei Alto e Baixo Egito”(sempre o nome de nascença).Os dois últimos são emoldurados por um cartucho.
Alguns destes nomes, notadamente os três primeiros, sofreram modificação ao longo do reinado. De uma forma geral, os reis são conhecidos do público moderno pelo seu nome de “rei do Alto e Baixo Egito”.
O vizir representa, no Egito o número dois do Estado. O rei é o primeiro, sendo o Vizir, antes de tudo, seu assistente e secretário particular. Com este título, o vizir é garantia do respeito de Maát e leva no pescoço uma pequena imagem deste deus. Ele centraliza em seu escritório arquivos colossais, o que o coloca no topo de todos os ramos da administração (irrigação e impostos, transportes, polícia, justiça…).
Para abater este enorme trabalho, os vizires são, em geral, dois no Novo Império: um no sul , outro no norte. No final de seu reinado, Ramsés III reúne os dois cargos em um, beneficiando o vizir To.
Nas paredes de todos os templos, o único sacerdote oficialmente reconhecido é o rei.
Na qualidade de depositário da realeza, outrora exercida pelos deuses na terra, só ele tem o direito de conservar com os deuses. Só ele está habilitado a fazer-lhes oferendas, a pedir-lhes para manter o mundo tal como foi criado, tal como é e tal como deve ser. Pois o mundo foi criado harmonioso e equilibrado.
Maát representa este perfeito equilíbrio das origens e é possível , então, ver o rei que oferece sua imagem aos deuses. Ele é a oferenda por sua excelência.
Faraós
Faraós egípcios: Governantes do Mundo Antigo
O título de “Faraó“, na verdade, vem-nos da língua grega e seu uso no Antigo Testamento.
Origina-se o egípcio Per-aa, que significa “Casa Grande”, uma designação do palácio, que veio pela primeira vez para ser usado como um rótulo para o rei por volta de 1450 aC, embora só se tornou de uso comum alguns séculos mais tarde.
Tutmés III era provavelmente o melhor guerreiro do Egito e um dos governantes mais poderosos do Egito
Quem eram os faraós?
Faraós eram o rei ou a rainha do Egito. A maioria dos faraós eram homens, mas alguns faraós bem conhecidas, tais como Nefertiti e Cleópatra, eram mulheres.
Um Faraó era a pessoa mais importante e poderosa no reino. Ele era o chefe do governo e sumo sacerdote de todos os povos do Egito temple.The considerado o faraó a ser um meio-homem, meio-deus.
O faraó detinha a totalidade do Egito.
A palavra faraó vem da língua grega e foi usada pelos gregos e hebreus para se referir aos reis do Egito.
Quem foi o primeiro rei / faraó do Egito?
O primeiro verdadeiro faraó do Egito foi Narmer (às vezes chamado de Menes), que uniu o Baixo Egito e Alto Egito. Ele foi o primeiro rei da Primeira Dinastia, o início do Antigo Reinado.
Egito uma vez foi dividido em dois reinos. O reino no Baixo Egito foi chamado a coroa vermelha e um no Alto Egito era conhecido como a coroa branca.
Por volta de 3100 aC, o faraó do Norte conquistou o sul eo Egito tornou-se unidos. O nome do faraó era o rei Narmer (Menes). Ele fundou a primeira capital do Egito, onde as duas terras se encontraram. Era chamado de Memphis. (Tebas se tornou a próxima capital do Egito e depois Amarna se tornou a capital durante o reinado de Akhenaton.)
A história do Antigo Egito começa a partir de quando o norte eo sul foram unidos como um país sob o primeiro faraó Menes.
Ramesés II
Ramesés II (1289 -1224 a.C.) foi o terceiro faraó da XIX dinastia, o que mais se destacou no Egito por seus grandes feitos contra seus inimigos do Norte (hititas) e do Sul (núbios), conseguindo com isso alargar seu território.
O comércio dessa época se estendeu a Ásia e as ilhas mar Egeu. Com isso a sociedade egípcia foi assimilando costumes estrangeiros, fato incomum para os egípcios que costumavam se isolar das outras culturas.
Logo cedo, desde de pequeno, Ramesés apresentou forte personalidade ao poder, sendo logo associado ao trono por seu pai Seti I. Durante a maior parte do seu reinado, Ramesés organizou várias campanhas militares importantíssimas, como o pacto assinado com os hititas.
Ramesés ergue vários templos como os de Abu-Simbel e Ramesseum, criando uma nova capital Pi-Rameses, no delta do Nilo. Algumas obras de reinados anteriores foram concluídas ou restauradas.
Ramesseum
Ele também se destacou por Ter numerosos haréns, mas tendo somente oito esposas principais, entre elas duas de suas filhas e uma de suas irmãs.
Mas de todas as suas mulheres, a mais querida foi a primeira Nefertari, dedicando-lhe o Templo de Abu-Simbel.
Nefertari
Mas a velhice debilitou Ramesés, incapacitado de governar o pais, ele teve que passar seu poder para as mãos dos sacerdotes.
Com isso o Egito começou a perder o poder sobre o império Assírio, e não se preparou contra a migração de tribos indo-européias. Foi no reinado de Ramesés II que se deu o grande êxodo dos judeus.
Múmia de Ramesés
Tutancâmon
O maior acontecimento arqueológico deste século foi, a descoberta do túmulo de Tutancâmon em 1922, anda intacto. “O que você está vendo ?” lorde Carnavon, perguntou.
Carter respondeu : “Vejo coisas maravilhosas, cintilando de ouro.” Depois de muitas pesquisas e cavando por seis anos em Tebas no Vale dos Reis.
A entrada do túmulo foi encontrada próxima de um povoado onde descobriu uma escada que conduzia até a porta onde estava o selo de Tutancâmon.
O sarcófago em que repousava a múmia de Tutancâmon era um ataúde de ouro maciço que pesava quase uma tonelada.
Sarcófago de Tutancâmon
A múmia imperial estava protegida por três sarcófagos: um de madeira dourada, outro também de madeira, mas com incrustações preciosas e, finalmente, o que continha o corpo do faraó, em ouro maciço com aplicações de lápis-lazil, coralinas e turquesas. O faraó é representado como Osíris, deus dos mortos.
Nas suas mãos, os símbolos do poder: o cetro hekat e o látego nekhakha, enquanto a cabeça está coberta com um ornamento listrado chamado nemes, adornado com a cobra e o abutre, animais que representavam as deusas Uadjit e Nekhebet, protetoras do faraó. Tutancâmon era um faraó quase que desconhecido, cujo nome tinha sido riscado das listas reais, morreu aos 19 anos de idade, em 1352 a.C. .
O túmulo desse faraó é uma grande construção formada por um salão de entrada, onde duas portas secretas dão acesso à sala sepulcral e à chamada câmara do tesouro. Era um dos menores no Vale dos Reis, e foi terminado as presas, pois todos os objetos estavam uns em cima dos outros enchendo as câmaras apertadas do túmulo.
Faraós
Faraó
O Faraó era o líder político e religioso do povo do Antigo Egito, e detinha os títulos de Senhor Das Duas Terras e Sumo Sacerdote De Todos os Templos.
A palavra “faraó” é a forma grega do egípcio Per-aa, que era a designação para o palácio real. O nome do palácio real tornou-se associado ao governador e, com o tempo, passou a ser usado exclusivamente para designá-lo.
Em 3000 a.C., as primeiras dinastias surgiram no Egito, com a unificação do Alto e do Baixo Egito. Os governantes dessas dinastias foram equiparados aos deuses e com os deveres e obrigações decorrentes desses deuses. Como governante supremo do povo, o faraó era considerado um deus na terra, o intermediário entre os deuses e as pessoas, e quando ele morria, acreditava-se que ele se tornava Osíris, o deus dos mortos.
No papel de “Sumo Sacerdote De Todos os Templos”, era dever do faraó construir grandes templos e monumentos celebrando suas próprias realizações e prestando homenagem aos deuses da terra. Além disso, o faraó poderia oficiar cerimônias religiosas, escolher os locais dos templos e decretar qual trabalho seria feito (embora ele não pudesse escolher sacerdotes e muito raramente participava do projeto de um templo). Como “Senhor das Duas Terras” o faraó criava as leis, dominava toda a terra do Egito, recolhia impostos, guerreava e defendia o país contra agressões.
Os governantes do Egito eram geralmente os filhos ou herdeiros declarados do faraó anterior, nascidos da Grande Esposa (consorte do faraó) ou, as vezes, uma esposa de menor hierarquia, à quem o faraó favorecia. Inicialmente, os governantes se casavam com aristocratas femininas em um esforço para estabelecer a legitimidade de sua dinastia, ligando-o às classes superiores de Mênfis, que era a capital do Egito. Para manter a linhagem sanguínea pura, muitos faraós casavam com suas irmãs ou meias-irmãs. O Faraó Akhenaton casou com suas próprias filhas.
A principal responsabilidade dos faraós era manter o equilíbrio de Ma’at (a harmonia universal) no país. Acreditava-se que a deusa Maat (pronuncia-se ‘may-et’ ou ‘my-eht’) operava a sua vontade através do faraó, mas cabia ao governante interpretar a deusa corretamente e, em seguida, agir de acordo com ela. Assim, a guerra era um aspecto essencial do governo do faraó, especialmente quando era vista como necessária para a restauração do equilíbrio e harmonia da terra. O faraó tinha o sagrado dever de defender as fronteiras da terra, e também de atacar os países vizinhos por recursos naturais se isso fosse de interesse da harmonia.
Faraós do Antigo Egito
Durante a 3ª dinastia, o faraó Djoser obteve riqueza, prestígio e recursos suficientes para que a Pirâmide de Degraus pudesse ser construída, em honra da prosperidade da terra e outros faraós do Reino Antigo, em seguida, seguiram o seu exemplo, culminando na construção da Grande Pirâmide de Giza, imortalizando o faraó Khufu e tornando manifesto o poder e governo divino do faraó no Egito
Com o colapso do Médio Império Egípcio, em 1640 a.C., o Egito passou a ser governado pelo misterioso povo semita conhecido como os hicsos. Os hicsos, no entanto, emularam todas as práticas dos faraós egípcios e mantiveram os costumes vivos até que seu reino foi derrubado pela linhagem real da 17ª dinastia egípcia, que depois deu origem a alguns dos mais famosos faraós, como Ramsés, o Grande e Amenhotep III. Embora os faraós fossem predominantemente do sexo masculino, a rainha Hatshepsut da 18ª dinastia (também conhecida como Ma’at-kare) governou com sucesso por mais de vinte anos e, durante o seu reinado, o Egito prosperou bastante. Hatshepsut foi responsável por mais projetos de obras públicas que qualquer faraó, exceto Ramsés II, e seu governo foi marcado pela paz e prosperidade em todo o Egito. Quando Tutmés III chegou ao poder, Hatshepsut teve sua imagem removida de todos os seus templos e monumentos, em um especulado esforço para restaurar a “ordem natural” em que uma mulher nunca deveria ter o título de faraó e ele temia que o exemplo de Hatshepsut pudesse inspirar outras mulheres a “esquecerem o seu lugar” na ordem sagrada e aspirassem ao poder que os deuses reservaram para os homens.
O prestígio da figura do faraó diminuiu consideravelmente após a derrota dos egípcios para os persas na batalha de Pelusa, em 525 a.C., e, ainda mais, após as conquistas de Alexandre, o Grande. Na época da última faraó, a famosa Cleópatra VII Philopator da dinastia ptolomaica, o título já não tinha o mesmo poder de outrora, poucos monumentos foram erguidos em seu governo e, com sua morte, em 30 a.C. , o Egito se tornou uma província romana e a glória e o poder dos faraós do Egito ficaram somente na memória.
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